Foi Julian Assange quem ganhou votação para Pessoa do Ano da revista TIME
Revista decidiu censurar maioria pelo fundador do WikiLeaks e seleccionar Marck Zuckerberg, fundador do Facebook, como pessoa do ano
Os leitores da TIME votaram e, pelas leis democráticas da imprensa, teriam visto a sua escolha encabeçar a famosa lista da revista norte-americana com as personalidades mais influentes do ano.
Com maioria quase absoluta, Julian Assange foi a Pessoa do Ano eleita pelos leitores. Mas os editores da revista decidiram conceder o prémio final ao número dez da lista, Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook e inspiração do biópico "A Rede Social", que arrecadou milhões nas bilheteiras de cinema internacionais há um mês.
O "acto de censura" que está a gerar uma onda de criticismo no mundo cibernético, dizem, já podia ser adivinhado pela capa da TIME de há duas semanas, em que Assange aparece com uma mordaçaversão bandeira dos EUA na boca, sob o título: "Do you want to know a secret?"
A maioria dos media norte-americanos classificam o australiano - que sabe hoje se será ou não extraditado para a Suécia, onde é acusado de dois crimes sexuais - de "terrorista digital". Esta nova polémica inaugurada pela TIME traz à actualidade o que aconteceu com a mesma votação em 2001, quando a maioria dos leitores elegeu Osama Bin Laden como a pessoa mais influente do ano e a revista decidiu atribuir o lugar a Rudolph Giuliani, então autarca de Nova Iorque.
Desta vez, dizem os leitores, o caso é diferente: "Julian Assange merecia o prémio" e os números mostram-no. Contra os 382.026 votos no fundador da WikiLeaks, Zuckerberg teve apenas 18.5523 votos.
Via Ionline