Georg Mueller, bispo de Trondheim, que se demitiu no ano passado do cargo, admitiu ter abusado sexualmente de um menor, há 20 anos, anunciou hoje a Igreja Católica da Noruega. Georg Mueller, de origem alemã, tinha abandonado o posto em junho passado, alegadamente devido a problemas de cooperação com a comunidade.
Este é o primeiro caso confirmado de abuso sexual cometido por um responsável da Igreja católica da Noruega, país de maioria protestante.
"A Igreja católica norueguesa está em estado de choque depois de o bispo (Georg) Mueller de Trondheim (sul) se ter confessado culpado de abuso sexual contra um menor e ter admitido ter sido essa a razão do afastamento das suas funções, no ano passado", refere um comunicado.
"Em primeiro lugar, quero expressar a minha compaixão para com a vítima e a vergonha, por parte da Igreja, frisando, contudo, que Mueller atuou contra todas as orientações e juramentos que proferiu", afirma, no mesmo comunicado, o atual bispo de bispo de Trondheim e Oslo, Bernt Eidsvig.
Vaticano sabia deste caso
Segundo o diário norueguês "Adresseavisen", que denunciou este caso, o episódio de abuso sexual ocorreu há 20 anos. A vítima tem hoje 30 anos.
O Vaticano conhecia os factos desde janeiro de 2009, mas os pormenores não foram revelados "a pedido da vítima", acrescentou a Igreja aatólica norueguesa.
Georg Mueller, ordenado padre em 1978 e bispo de Trondheim entre 1997 e 2009, admitiu ter abusado sexualmente da criança, mas garantiu que não houve mais vítimas, segundo a Igreja.
Via Expresso