Os alunos da Universidade de Sevilha já podem copiar nos exames. Isto porque a Universidade reconheceu o seu "direito" a fazê-lo, pelo que os professores já não poderão chumbar, expulsar ou suspender os alunos que forem apanhados a copiar.
Mas não se indignem os que não copiam e se sentem insultados pela medida. Sempre que um aluno da Universidade for apanhado a olhar para o teste do lado, o professor não deverá dizer nada. Em vez disso, deverá anexar ao exame uma nota a informar que o aluno parecia estar a copiar durante a execução do exame, para que uma comissão composta por três professores e três alunos decida se houve ou não cópia.
Na prática, os alunos não podem copiar, simplesmente podem olhar para os testes dos colegas sem sofrerem punições por isso. Ainda assim, professores consultados pelo "El Mundo" classificam a permissividade das novas regras (incluídas nas Normas Reguladoras da Avaliação e Qualificação das Assinaturas, aprovadas em Setembro pelo Conselho da Universidade) como uma "barbaridade".
A Universidade Bandeirante publicou hoje um comunicado nas edições dos jornais mais importantes de São Paulo a informar que a aluna do curso de turismo, Geysi Villa Nova Arruda, foi afastada “do quadro discente da instituição, devido ao claro desrespeito pelos princípios éticos, dignidade académica e moralidade”.
Contactado pela Globo News, o assessor jurídico da Universidade, Décio Lecioni Machado, disse que o vestido curto que Geysi usava no dia da confusão não motivou a expulsão. Segundo o mesmo, foram os gestos e atitudes que a aluna manifestava já “há tempos”, que levaram ao afastamento. “Primeiro quero ter a certeza de que isso é verdade. Se isso for confirmado, alguma coisa tem de ser feita”, disse Geysi, que garante que, nem ela, nem os seus advogados foram notificados da decisão da universidade. Por sua a vez, a instituição afirma que ainda não conseguiu notificar a aluna. No comunicado publicado hoje na imprensa brasileira, a universidade sustenta a sua atitude no facto de “a aluna, apesar de alertada, frequentar as dependências da unidade em trajes inadequados, indicando uma postura incompatível com o ambiente da universidade”. Já a versão de Geysi é bem diferente. "A faculdade não me disse nada, nem aos meus advogados. Estou a ler na internet e não estou a acreditar". "Isto é um absurdo, é uma falta de respeito. É uma injustiça. Vão fazer de novo, de novo e de novo, assim como agrediram aquela rapariga e atacaram o carro dela, porque ninguém os pune. Foi uma maldade o que fizeram. Alguém vai ter de fazer alguma coisa", concluiu. Segundo o assessor jurídico da Universidade, a decisão foi tomada depois de a instituição ter considerado a opinião de alunos, professores e funcionários sobre a estudante. Nas imagens que circulam agora pela internet, é possível ver Geysi a sair da faculdade acompanhada pela polícia, ao mesmo tempo que á insultada pelos colegas. Os alunos juntam-se à porta de uma sala de aula que está fechada. Aí gravam vídeos e tiram-lhe fotografias com os telemóveis. À saída da faculdade e já com um avental de um professor, é possível ver a aluna a atravessar um corredor de cabeça baixa e enquanto os alunos lhe gritam palavrões.
Uma mulher de 27 vai processar a faculdade por não conseguir arranjar emprego. O processo já deu entrada num tribunal de Nova Iorque, revela a "BBC Brasil".
A responsável diz-se sentir lesada por a universidade não lhe ter dado apoio suficiente para arranjar emprego e pede uma indemnização que ronda os 50 mil euros, ou seja, o mesmo valor que gastou em propinas e em outras despesas.
Daniel Luís escreve desde 2004 no blogue Dissidências, onde faz sátira social. No início não assinava os textos, mas a partir de 2007 o sucesso do blogue trouxe--lhe uma projecção que o obrigou a revelar a identidade. Foi nessa altura que Daniel Luís, o docente de Sociologia da Educação da Universidade do Minho, começou a ter problemas.
"Em Dezembro de 2007, os meus colegas disseram-me que o blogue trazia má imagem para a universidade e devia fechar o blogue, porque se não o fizesse iriam até às últimas consequências, em termos disciplinares", conta o professor. O caso teve eco na opinião pública e Daniel Luís, que se sentiu "pressionado a fechar o blogue por medo de perder o emprego", acabou por reabri-lo depois da garantia do reitor da universidade, Guimarães Rodrigues, de que manteria o emprego.
Ano e meio depois, o docente, que também é doutorando no departamento, foi surpreendido pela notícia de que poderia não ver o seu contrato de trabalho renovado. Para o departamento é uma questão profissional, relacionada "com o prazo de entrega dos capítulos do doutoramento e não com a actividade de Daniel Luís como autor", defende Paulo Silva Dias, presidente do Instituto de Educação e Psicologia (IEP). Daniel Luís reconhece o atraso, mas liga a decisão aos textos que escreve. "É uma facada nas costas, um atentado à liberdade de expressão", acusa. Silva Dias nega: "Podemos não concordar com o conteúdo, mas o autor é livre de publicar o que quiser."
A decisão sobre a continuidade de Daniel Luís como docente será tomada ainda hoje, na reunião do instituto, em Braga.