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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

20
Set10

Professor impedido de utilizar piercing na orelha durante as aulas

olhar para o mundo

Um professor de educação física colocado no Centro Educativo dos Olivais, em Coimbra, foi impedido de usar "piercings" nas aulas pela direção deste estabelecimento da Direcção-Geral de Reinserção Social, uma decisão que vai contestar em tribunal.

Uma fonte do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) disse hoje à agência Lusa que o docente visado "está a ser acompanhado pelos serviços jurídicos" da organização sindical com sede em Coimbra.

"Tudo indica que há aqui um ato de discriminação ilegal e absurda", adiantou o sindicalista João Louceiro, coordenador da direção distrital de Coimbra do SPRC.

O professor em causa, de 31 anos, usa diariamente numa orelha "uma pequena argola e mais dois adornos de tamanho reduzido", tendo sido intimado pela diretora do Centro Educativo, Ângela Portugal, para remover as peças durante as actividades escolares.

Docente alegou "promessa de ordem pessoal"

 

A Lusa apurou que a direção ter-se-á baseado no regulamento interno da instituição dos Olivais, que proíbe aos jovens ali acolhidos o uso de piercings, regra que entendeu dever aplicar também aos docentes, apoiada nas orientações da Direcção-Geral.

O professor visado, que se escusa a falar do assunto, comunicou inicialmente à diretora que não pretendia retirar ospiercings, justificando o seu uso com "uma promessa de ordem pessoal feita há dois anos".

Na segunda feira, ao apresentar-se no Centro Educativo para lecionar, foi-lhe reiterado na portaria que não poderia aceder às instalações escolares com os adornos, devendo ali aguardar por Ângela Portugal, que de imediato lhe confirmou a decisão tomada na semana passada.

O docente, após ter conversado com a direção do Agrupamento de Escolas Martins de Freitas, a que pertence, ainda faltou dois dias às aulas.

Sindicato considera "ilegal"

 

Aconselhado pelos serviços jurídicos do SPRC, acatou depois a ordem da superiora hierárquica, retirou os piercings e regressou esta quinta feira ao Centro Educativo, onde foi apresentado às turmas na companhia da diretora.

João Louceiro admitiu que a ordem da diretora para que o professor, ali colocado com outra colega de educação física, ambos adstritos ao Agrupamento Martins de Freitas, "até poderia ter justificação se fosse por motivos de segurança". "Mas tudo indica que não é isso que está em causa", sublinhou.

Um advogado do SPRC está a preparar uma contestação ao ato da instituição, que o sindicato considera ilegal.

Diretora recusa falar

 

A agência Lusa tentou obter desde sexta feira uma reação da diretora do Centro Educativo dos Olivais.

Ângela Portugal remeteu o assunto para o secretariado da Direcção-Geral de Reinserção Social, escusando-se a falar, mas todas as diligências se revelaram infrutíferas.

A Lusa insistiu também junto das relações públicas do Ministério da Justiça, mas igualmente sem resultado.

 

Via Expresso

16
Mar10

Professor quis deixar as queixas em acta. O documento desapareceu

olhar para o mundo

Queixas do professor que se suicidou desapareceram

 

No dia 27 de Janeiro, o professor de música da Escola Básica 2+3 de Fitares, em Sintra, fez mais um pedido de ajuda. O último antes do suicídio. Na reunião do grupo da sua disciplina, L. V. C. alertou os colegas para a sua dificuldade em dar aulas a uma turma do 9º ano devido à indisciplina de alguns alunos. O relato deveria constar na acta, mas o professor de música - que foi destacado como o secretário daquela reunião -, morreu antes de redigir o documento. Após a sua morte, a tarefa foi delegada a outra colega que escreveu o relatório, mas terá omitido a queixa do docente.


Agora, são os outros professores que também estiveram presentes na reunião a exigir uma rectificação da acta. Querem que no documento seja incluída a queixa do professor de música que se atirou da Ponte 25 de Abril na manhã de 9 de Fevereiro. Querem que a Direcção Regional de Educação de Lisboa tenha acesso a toda informação sobre este caso no âmbito do inquérito instaurado na sequência da notícia publicada no i. E, portanto, pediram à direcção da escola uma reunião extraordinária entre o grupo disciplinar com um único ponto na agenda de trabalhos: rectificar a acta. 

A directora do agrupamento escolar de Fitares, porém, terá dito aos docentes que nenhuma alteração ao relatório poderia ser feita enquanto a escola não receber a visita do instrutor da Inspecção-Geral de Educação. Ontem, logo pela manhã, os professores tentaram consultar a acta. O documento, contudo, terá desaparecido da sala dos professores. Os dois últimos relatórios das reuniões entre o grupo disciplinar de L. V. C. - datados de 27 de Janeiro e 3 de Março - já não estarão arquivados no dossiê do departamento de música.

Na acta que agora se encontra em parte incerta estará quase tudo o que foi discutido na penúltima reunião dos professores de Educação Musical da Escola Básica 2+3 de Fitares. Está a discussão sobre as iniciativas a tomar para assinalar o centenário da República; estão também as medidas a tomar para preparar a visita de uma orquestra de música ao estabelecimento de ensino. 

Só falta a queixa do professor de música que terá desabafado que dar aulas a uma turma do 9º ano estaria a "tornar-se impossível". Após a confissão, um dos colegas terá perguntado a L. V. C. se entregou as participações disciplinares ao director de turma e terá obtido uma resposta afirmativa. Ao todo, explicou L. V. C., entregou sete participações de ocorrência disciplinar. Resta agora encontrar os documentos que comprovem isso.
 

Alertas. Tanto a Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) como a Inspecção-Geral de Educação já teriam sido alertados para o o suicídio do professor de música, antes do caso ser divulgado na imprensa. O i apurou que no dia 4 de Março, foi enviado à DREL um e-mail dirigido ao director regional José Joaquim Leitão dando conta de alegadas irregularidades que terão ocorrido no agrupamento escolar de Fitares. Entre os episódios relatados, constará também o caso do docente que se atirou ao Tejo. No dia 10 de Março, foi a vez da Inspecção-Geral de Educação (IGE) ter recebido outro e-mail, desta vez com o único propósito de denunciar o suicídio do professor de música. Como resposta, a IGE terá informado que reenviou a queixa à directora do agrupamento escolar e solicitado mais informação sobre o caso. O Ministério da Educação não conseguiu confirmar estas informações até à hora de fecho desta edição.

Via ionline

12
Mar10

Quando a morte é a solução...

olhar para o mundo

 

Bullying, a morte não pdoe ser a solução

 

 

Noticia e imagem do Público

 

Na véspera das aulas com aquela turma, Luís ficava nervoso. Isolava-se no quarto e desejava que o amanhã não chegasse. Não queria voltar a ouvir que era um "careca", um "gordo" ou um "cão". Não queria que o burburinho constante do 9.º B e as atitudes provocatórias de alguns alunos continuassem a fazê-lo sentir aquela angústia. O peso no peito. O sufocante nó na garganta. Luís não era um aluno. Tinha 51 anos e era professor de Música na Escola Básica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra. Era. Na semana antes do Carnaval, decidiu que não voltaria a ser enxovalhado. Pegou no carro e parou na Ponte 25 de Abril. Na manhã do dia 9 de Fevereiro, atirou-se ao rio.

 

Luís não avisou ninguém do acto radical. Mas radicalizou, segundo a família e os colegas, os apelos junto da direcção da escola para que resolvesse a indisciplina, em particular naquela turma. Fez várias participações que não terão tido seguimento. O PÚBLICO tentou ouvir a directora da escola, que justificou que só presta declarações mediante autorização da Direcção Regional de Educação de Lisboa. Fizemos o pedido e não recebemos resposta. Contudo, foi possível apurar que a Inspecção-Geral da Educação tem participações do alegado incumprimento da legislação sobre questões disciplinares por parte da direcção daquela escola.

Personalidade frágil
Na escola, impera o silêncio e os funcionários fazem um leve encolher de ombros. Alguns, sob anonimato, asseguram, tal como a família, que Luís era alvo de bullying e estava "profundamente desesperado e deprimido". A irmã de Luís, também professora, admite que o irmão era "uma pessoa complicada, frágil e reservada", mas assevera que era "um professor competente", cujos apelos "a escola ignorou". "Apenas lhe propuseram assistir a aulas de colegas para aprender a lidar com as provocações", diz.

A irmã descreve a profunda tristeza do professor nos últimos meses, ao longo dos quais "desabafou muito" com os pais, com quem ainda vivia. Nunca deu indícios do acto. Foram encontrados, depois da morte, no seu computador. "Se o meu destino é sofrer dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim - e não tendo eu outras fontes de rendimento -, a única solução apaziguadora será o suicídio." A frase encontrada não deixa dúvidas. Há vários desabafos escritos em alturas diferentes que convivem lado a lado com as participações sobre alguns alunos.

Luís somava à Música uma licenciatura em Sociologia e chegou a ser jornalista durante alguns anos. Era também cronista no Boletim Actual da Câmara de Oeiras, onde, no ano passado, dedicou algumas palavras aos problemas das escolas: "O clima de indisciplina nas escolas está a tornar-se insustentável. E ainda há quem culpe os professores, por falta de autoridade. Essas pessoas não fazem a mínima ideia do ambiente que se vive numa escola. Aconselho-as a verem o filme A Turma". No último boletim, o autarca Isaltino Morais dedicou-lhe um texto onde recorda a "perspicácia e apurado sentido crítico" de Luís.

Os alunos dividem-se sobre o professor, mas concordam que "era muito calado" e que "não convivia muito nem com alunos nem com professores". Uns recordam com saudade as aulas onde puderam tocar instrumentos e ver filmes relacionados com música e dança. Outros insistem que "ele era estranho" e que "não impunha respeito". Mas não negam que eram "mal comportados". "Portava-me sempre mal, mas não era por ser ele. Somos assim em todas as aulas, é da idade", reconheceu um dos alunos que tiveram mais participações por indisciplina.

Outra aluna, a única que, no fim das aulas, ficava para trás para conhecer melhor o silêncio de Luís, lamenta a partida "prematura" e arrepende-se de não ter ficado mais tempo a conversar com ele. "Tive medo do que as pessoas podiam dizer se me aproximasse. Sinto-me muito mal por não ter ajudado mais. Uma vez arrancámos-lhe um sorriso. Quando sorria era outra pessoa."

11
Mai09

O sr professor

olhar para o mundo

 O Professor está sempre errado.


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor! 

(JôSoares)





É jovem, não tem experiência.

É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um pobre coitado.

Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.

Fala em voz alta, vive gritando.

Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta ao colégio, é um 'caxias'.

Precisa faltar, é um 'turista'.

Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.

Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó do aluno.

Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.

Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.

Não chama a atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.

A prova é curta, tira as chances do aluno.

Escreve muito, não explica.

Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala correctamente, ninguém entende.

Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.

Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.

O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.



(Fonte - Revista do Professor de Matemática, no.36,1998.)

 

Via Anovis Anophelis

17
Mar09

A Parábola do professor

olhar para o mundo

 

 

Naquele tempo, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Depois, tomando a palavra, ensinou-os dizendo:

Em verdade vos digo, bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles...

Pedro interrompeu: Temos que aprender isso de cor?
André disse: Temos que copiá-lo para o caderno?
Tiago perguntou: Vamos ter teste sobre isso?
Filipe lamentou-se: Não trouxe o papiro-diário.
Bartolomeu quis saber: Temos de tirar apontamentos?
João levantou a mão: -- Posso ir à casa de banho?
Judas exclamou: Para que é que serve isto tudo?
Tomé inquietou-se: Há fórmulas, vamos resolver problemas?
Tadeu reclamou: Mas porque é que não nos dás a sebenta e pronto!?
Mateus queixou-se: eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!


Um dos fariseus presentes, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada, tomou a palavra e dirigiu-se a Ele, dizendo:

Onde está a tua planificação?
Qual é a nomenclatura do teu plano de aula nesta intervenção didáctica mediatizada?
E a avaliação diagnóstica?
E a avaliação institucional?
Quais são as tuas expectativas de sucesso?
Tendes para a abordagem da área em forma globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contextos, tendo em conta a bipolaridade da transmissão?
Quais são as tuas estratégias conducentes à recuperação dos conhecimentos prévios?
Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem?
Incluíste actividades integradoras com fundamento epistemológico produtivo?
E os espaços alternativos das problemáticas curriculares gerais?
Propiciaste espaços de encontro para a coordenação de acções transversais e longitudinais que fomentem os vínculos operativos e cooperativos das áreas concomitantes?
Quais são os conteúdos conceptuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos lógico, praxeológico e metodológico constituídos pelos núcleos generativos disciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares e metadisciplinares? Caifás, o pior de todos, disse a Jesus:
Quero ver as avaliações do primeiro, segundo e terceiro períodos e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus discípulos, para que ao Rei não lhe falhem as previsões de um ensino de qualidade e não se lhe estraguem as estatísticas do sucesso. Serás notificado em devido tempo pela via mais adequada. E vê lá se reprovas alguém! Lembra-te que ainda não és titular e não há quadros de nomeação definitiva.

... E Jesus pediu a reforma antecipada aos trinta e três anos...

 

Via Anovolis Anophelis

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