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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

01
Mai10

Ministro da Saúde recomenda sexo 5 vezes por dia

olhar para o mundo

Sexo desenfreado. É esta a invulgar receita do ministro luso-brasileiro da Saúde do executivo de Lula da Silva para prevenir a hipertensão. A doença afecta um em cada quatro brasileiros e os últimos indicadores não são animadores

 

Esta segunda-feira, o ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, apresentou dados oficiais sobre a hipertensão no país sul-americano e encontrou uma forma curiosa de incentivar os brasileiros a combater a doença.

Para além de recomendar o consumo de cinco peças de fruta por dia, a prática de exercício físico e a medição regular da pressão arterial regularmente, o ministro recomendou ainda aos brasileiros que tenham relações sexuais cinco vezes por dia, uma vez que o sexo pode ser visto como uma agradável forma de exercício.

«Além de comer cinco peças de fruta por dia, recomendaria fazer sexo cinco vezes ao dia. Dancem, façam sexo, percam peso!», sugeriu o ministro, nascido em 1951 em Monção, Portugal.

A hipertensão afecta todos os sectores da sociedade brasileira e está em acentuada subida, revelam os mais recentes indicadores.

 

Via Sol

17
Jul09

E que tal conhecer a Constituição que quer rever?

olhar para o mundo

 

Alberto João Jardim, depois do seu disparate, tentou emendar a mão: «o que eu digo é que se na constituição está inscrito que não poder haver um regime fascista, também devia ficar contemplado o impedimento de um regime totalitário comunista», explicando que não quer proibir partidos comunistas.

Ou seja, Jardim quer alterar uma Constituição que desconhece. O que a Constituição diz, sobre esta matéria, no seu artigo 46º, é que “não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista“. Não proibe um regime fascista nem qualquer outro, porque tal seria redundante em relação a todo resto da Constiuição, que define o regime democrático em que vivemos. Mesmo para montar, em vesperas de Chão da Lagoa, o circo do costume, não seria mau que Jardim soubesse do que fala.

 

Via Arrastão

16
Jul09

O que dirá o ser Presidente disto:João Jardim quer proibir comunismo em Portugal

olhar para o mundo

João Jardim quer proibir o comunismo em Portugal 

 

 

A proposta de revisão constitucional do PSD/Madeira vai ser apresentada e discutida na próxima segunda-feira no Parlamento madeirense numa sessão que contará com a presença de Alberto João Jardim, naquela que é uma das suas raras presenças naquele plenário.

Este projecto extremamente polémico defende o aprofundamento dos poderes legislativos, a criação de partidos regionais e a extinção do cargo de Representante da República.

Mas também entre os pontos secundários do documento se sugere "o esclarecimento de que a democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, não apenas de Direita - como é o caso do Fascismo, esta expressamente prevista no texto constitucional - como igualmente de Esquerda - como vem a ser o caso do Comunismo, não previsto no texto constitucional".

Num documento bastante polémico as reacções não se fizeram esperar e a primeira chegou do território madeirense por parte do coordenador regional do PCP na Madeira que desde logo desvalorizou a proposta considerando-a igual à apresentada em 2003/2004 e que terá o mesmo destino, ou seja "caixote do lixo".

Em declarações à Agência Lusa, Edgar Silva salientou que "só quem tem memória curta é que dá crédito" a esta iniciativa, lembrando que "já em 2004 a proposta de revisão constitucional de Alberto João Jardim apontava para estes aspectos e nem mereceu crédito por parte do PSD na Assembleia da República, incluindo os deputados eleitos pela Madeira e teve como destino o caixote do lixo".

O coordenador do PCP-Madeira lembrou ainda que este tipo de propostas acontecem sempre antes a festa anual do partido, no Chão da Lagoa, que decorre no próximo dia 26 de Julho e que este ano contará com a presença da líder nacional do partido, Manuela Ferreira Leite.

PSD não toma posição

Quem não quer tomar posição sobre este assunto é o PSD nacional tendo o vice-presidente do partido, José Pedro Aguiar Branco, remetido para mais tarde o debate sobre o assunto, ou seja, quando se discutir a revisão constitucional.

"Julgo que isso se insere na questão da revisão constitucional. Esta legislatura vai ter um momento para se discutir a revisão constitucional. Nessa altura com certeza o PSD terá uma posição sobre a revisão constitucional", respondeu Aguiar Branco.

Apesar da insistência dos jornalistas para que o vice-presidente do PSD se referisse a esta proposta concreta de Alberto João Jardim, Aguiar Branco foi repetindo que "esta legislatura tem um momento para discussão da revisão constitucional, é uma revisão ordinária que tem necessariamente que acontecer".

 

Via RTP

 

E achamos nós mal os corninhos do outro..... o que será que o Sr. Cavaco Silva, que tão inbdignado ficou no outro dia, de tudo isto?

14
Jul09

Há pessoas que só mesmo à pedrada

olhar para o mundo

E se o corressem à pedrada, Fernando Ruas

 

O presidente da Câmara de Viseu e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, foi hoje condenado a 100 dias de multa, à taxa diária de 20 euros, por ter incitado a "correr à pedrada" os vigilantes da natureza.

Ruas foi, assim, condenado a um total de dois mil euros de multa, uma decisão da qual o seu advogado, Marçal Antunes, prometeu recorrer.

Hoje, na leitura da sentença, Fernando Ruas não esteve presente por ter sido dispensado devido a um compromisso no Brasil em representação da ANMP. 

Na sessão anterior, o Ministério Público havia pedido a condenação do autarca a uma pena de multa não inferior a 120 dias. 

No julgamento estiveram em causa declarações feitas na Assembleia Municipal de 26 de Junho de 2006, onde o presidente da Junta de Freguesia de Silgueiros fez queixas dos vigilantes da natureza, o que levou Fernando Ruas a afirmar: "Arranjem lá um grupo e corram-nos à pedrada. A sério, nós queremos gente que nos ajude e não que obstaculize o desenvolvimento. Estou a medir muito bem o que estou a dizer". 

No mesmo dia, perante a intervenção de um deputado do PS, que disse a Fernando Ruas ser "grave" o que estava a afirmar, este justificou que falava em "sentido figurado", como se pôde ouvir na gravação áudio daquela reunião levada a tribunal. 

No entanto, o procurador da República disse nas alegações finais que nunca foi explicado o sentido real da expressão "corram-nos à pedrada".

 

Via Publico

 

Ele estava a medir muito bem o que estava a dizer... mas agora diz que eram afirmações politicas, de onde podemos concluir que nas declarações politicas vale tudo.... há pessoas que só mesmo à pedrada.. alguns autarcas deste país, por exemplo.

07
Jul09

As histórias não contadas ....

olhar para o mundo

 As viagens oficiais ou de férias dos políticos são sempre  motivo de curiosidade. Que fazem eles, que lhes acontece à margem? Há sempre pequenas histórias que rodeiam cada viagem. As que os media captam e as que os politicos depois revelam. Relatamos algumas delas. E abrimos também o apetite para.. histórias não contadas.

 

Será que vamos ter, ainda este Verão, a 'aventura exótica' de os candidatos a primeiro-ministro escalarem a montanha da ilha do Pico, nos Açores? A crer no quer se desenha para as legislativas, esse 'exotismo' poderia ser de bom augúrio para José Sócrates ou talvez ajudasse Manuela Ferreira Leite, se tiver fôlego para isso. A brisa fria do cume do Pico empurrou Guterres e Durão Barroso para S. Bento. Mas foram aventuras breves e de fim menos prazenteiro: nenhum deles levou os seus mandatos até ao fim. De qualquer modo, histórias não contadas hoje. Nem haverá outras para o futuro - não está prevista essa escalada na agenda dos actuais pretendentes.

Pela sua personalidade e peculiar jeito de estar, nisto de histórias exóticas Mário Soares ganha a todos. Há mesmo uma galeria de fotos com os inúmeros chapéus que ele colocou na cabeça, em viagens oficiais ou particulares. O exotismo está estampado em cada foto - uma imagem vale mil palavras e esconde uma história. Recorde-se a foto (página ao lado) de Soares e sua mulher, durante a visita à Índia, e como o laranja dos turbantes ilumina de exotismo a viagem. E Soares montado na carapaça de uma tartaruga ou sentado na cadeira da 'Emanuelle', nas Seychelles . Que 'aventuras exóticas' passariam pela imaginação do nosso mais famoso político?.

Também não consta desta súmula de histórias a forma 'exótico-desportiva' como o então primeiro-ministro Cavaco Silva trepou a um coqueiro, em S. Tomé, ou saltou sobre um obstáculo de rua, no Rio de Janeiro. Nem a divertida aventura que era, para Alberto João Jardim, desfilar, com uma escola de samba, nos carnavais da Madeira.

Talvez o mais interessante fosse poder relatar histórias não conhecidas. Mas o jornalista é um ser limitado. Além respeitar regras, quanto ao que sabe, nunca sabe tanto quanto o leitor desejaria que ele soubesse... Mas vale a pena ler as histórias que temos.

Do actual Presidente da República não se conhece o gosto por viagens exóticas. Talvez a imagem mais excêntrica de Aníbal Cavaco Silva tenha sido recolhida em São Tomé e Príncipe, ainda era primeiro-ministro, quando decidiu subir a um coqueiro, tal qual um nativo. De resto apenas foi apanhado em 1994, numa curta visita a Cabo Verde para inaugurar as emissões da RTP e da RDP para aquele antiga colónia, a tomar banhos de sol na praia do Tarrafal. Ainda assim estava acompanhado pelo então primeiro-ministro de Cabo Verde, Carlos Veiga. Em 1998 retorna a África, a Moçambique, o "lugar especial" onde então alferes passou os dois primeiros anos de casado com Maria. Nessa viagem deu lastro à memória e deixou-se fotografar para o expresso nos locais onde foi feliz. Ni Verão de 2005, já estando em pré-campanha (embora não assumida) para as eleições presidenciais, levou a família toda ao Brasil. A família bem como, de forma muito autorizada, um repórter da revista "Sábado", que relatou todos os pormenores da viagem. Uma família feliz, foi o retrato que se viu.

Em Abril de 2005, após quase três anos como ministro da Defesa e número 2 dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes, Paulo Portas optou por uma semana de férias num local exótico e sibarítico: o Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

P líder do CDS-PP instalou-se num dos melhores hotéis da região, o Palace of the Royal Mirage - luxuoso resort junto à praia onde uma noite podia então chegar aos 4000 euros. Os relatos dessa semana divergem, conforme feitos pela imprensa - "Os 1001 luxos de Portas nas Arábias", escreveu o 24 Horas - ou pelo próprio Paulo Portas: "Não tenho à minha disposição qualquer casa com dois quartos, sala de estar e jantar, casa de banho, escritório e até kitchnete (...) tão pouco aluguei qualquer piscina privada ou jardim privativo" ou sequer seguranças privados. Mas foi numa dessas "Garden Villa" que o jornal o contactou.

 

Via DN

05
Jul09

Este país é fodido

olhar para o mundo

 Miguel Sousa Tavares

Via Cartoonices

 

“Esta noite sonhei com Mário Lino”, por Miguel Sousa Tavares (Expresso)

 

Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:

 

- É sempre assim, esta auto-estrada?

 

- Assim, como?

 

- Deserta, magnífica, sem trânsito?

 

- É, é sempre assim.

 

- Todos os dias?

 

- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.

 

- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?

 

- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.

 

- E têm mais auto-estradas destas?

 

- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. – respondi, rindo-me.

 

- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?

 

- Porque assim não pagam portagem.

 

- E porque são quase todos espanhóis?

 

- Vêm trazer-nos comida.

 

- Mas vocês não têm agricultura?

 

- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.

 

- Mas para os espanhóis é?

 

- Pelos vistos…

 

Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:

 

- Mas porque não investem antes no comboio?

 

- Investimos, mas não resultou.

 

- Não resultou, como?

 

- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.

 

- Mas porquê?

 

- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não ‘pendula’; e, quando ‘pendula’, enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de ‘modernidade’ foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.

 

- E gastaram nisso uma fortuna?

 

- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos…

 

- Estás a brincar comigo!

 

- Não, estou a falar a sério!

 

- E o que fizeram a esses incompetentes?

 

- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa… e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.

 

- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?

 

- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.

 

Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.

 

- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?

 

- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.

 

- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?

 

- Isso mesmo.

 

- E como entra em Lisboa?

 

- Por uma nova ponte que vão fazer.

 

- Uma ponte ferroviária?

 

- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.

 

- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!

 

- Pois é.

 

- E, então?

 

- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.

 

Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.

 

- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta…

 

- Não, não vai ter.

 

- Não vai? Então, vai ser uma ruína!

 

- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína – aliás, já admitida pelo Governo – porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.

 

- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?

 

- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!

 

- E vocês não despedem o Governo?

 

- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo…

 

- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?

 

- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.

 

- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?

 

- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.

 

- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?

 

- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.

 

Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:

 

- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?

 

- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.

 

- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?

 

- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.

 

- Não me pareceu nada…

 

- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.

 

- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?

 

- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.

 

- E tu acreditas nisso?

 

- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?

 

- Um lago enorme! Extraordinário!

 

- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.

 

- Ena! Deve produzir energia para meio país!

 

- Praticamente zero.

 

- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!

 

- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.

 

- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar – ou nem isso?

 

- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.

 

- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?

 

- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.

 

Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:

 

- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?

 

- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.

 

Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:

 

- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

 

~ por omeuinfinitoparticular em Julho 3, 2009.

 

Via O meu infinito particular

03
Jul09

Ele é educado!

olhar para o mundo

Manuel pinho e os cornos

 

Manuel Pinho é desde hoje o ex-ministro da Economia do Governo de José Sócrates na sequência de um gesto no Parlamento. Uma situação que lamenta mas que deu por encerrada numa entrevista à SIC onde admitiu não querer fazer carreira na política. Sobre o futuro não quis abrir o jogo. “Agora o que quero passar é umas belíssimas férias”, disse Pinho, que aproveitou para elogiar as reformas do Executivo e dizer que ainda há muito a mudar.


A este propósito contou que espera por uma resposta da Ordem dos Médicos sobre uma queixa que fez há mais de seis anos. Em causa está uma operação aos olhos da sua mulher que correu mal e da qual reclamou. Para Pinho este é apenas um dos exemplos do que é preciso fazer num país onde há uma sensação generalizada de “impunidade”.

Sobre a sua passagem de quatro anos e meio pela política, lembrou que não era um membro do partido e que, como tal, sempre encarou a sua vida activa nesta área como temporária. “Não faz parte dos meus planos ter uma carreira política durante toda a minha vida”, afirmou. Ainda assim, assumiu que leva boas recordações do seu trabalho, em especial no campo das energias renováveis. Do lado mais humano, recorda os postos de trabalho que conseguiu “salvar” e os momentos que passou fora do ministério e onde conviveu de perto com empresários e trabalhadores.

A este propósito admitiu estar bastante cansado e, por isso mesmo, lamentou a atitude do líder do partido comunista, Bernardino Soares, a quem dirigiu o gesto em que simulou um par de chifres. “Num momento tão difícil que o país está a viver acho que a melhor atitude não é fazer graçolas e usar os trabalhadores como arma de arremesso”, disse Manuel Pinho, a propósito das declarações daquela bancada sobre os empregos nas minas de Aljustrel. E acrescentou: “O deputado do partido comunista estava a fazer umas graçolas quando a pessoa passa noites sem dormir para tirar as pessoas de situações miseráveis.”

No que diz respeito à forma como tomou a decisão de sair do cargo assegurou que a tomou sozinho dentro do Governo. “Falei comigo próprio e falei à minha mulher primeiro, que ficou muito satisfeita”, precisou. Depois explicou que sente que não é uma altura para as atenções se virarem para episódios como estes: “É bom que agora os portugueses estejam atentos às propostas alternativas dos partidos.” Ainda assim, o governante não deixa de reconhecer que “vai ser muito difícil atrair gente para a política” de fora dos partidos perante as situações a que os políticos são sujeitos e às falsas coisas que se diz sobre eles. “É uma situação dura de gerir”, confessou.

Em relação ao Governo confessou apenas ter “uma grande ligação ao primeiro-ministro”, mas não destacou mais ninguém a não ser, como personalidade política internacional, o presidente brasileiro Lula da Silva. Sobre a sua passagem como ministro assumiu que não era um sonho por si só: “Tinha o sonho de ser ministro num governo que rasgasse as coisas” nalgumas áreas estruturais, disse. A propósito do futuro não confirmou se voltaria para o Banco Espírito Santo depois de umas “belíssimas férias”. “Não estou convencido que tenha de ter angústias a esse propósito”, asseverou.

 

Via Publico

 

É?... nem queremos imaginar o que teria acontecido se ele não fosse educado....

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