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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

29
Jan11

húmido ou úmido com o novo Acordo Ortográfico? connosco ou conosco?

olhar para o mundo

 

Acordo ortográfico

 

Em relação ao acordo ortográfico, não vi referências específicas sobre: 1. Connoscoem Portugal, que os brasileiros escrevem com um "n" (conosco). 2. Húmido (e derivados) que no Brasil são escritos sem "h" vão perder ou não o "h"? (aplica-se o ponto 1 ou 2 da Base II do acordo?)
Pierre Filipe (Brasil)


O Acordo Ortográfico não é explícito relativamente à questão colocada, mas permite-nos verificar que, neste e em outros casos, as diferenças ortográficas entre o português europeu e o português do Brasil não vão desaparecer com a aplicação deste acordo.

Em relação às formas connosco/conosco, mas também em relação a outros contextos análogos, como comummente/comumente, não há no Acordo Ortográfico de 1990, nomeadamente na Base IV, que diz respeito às sequências consonânticas, qualquer indicação sobre este contexto consonântico, o que permite manter as tradições ortográficas de Portugal (ex.: connosco, comummente) e do Brasil (ex.: conosco, comumente).

Relativamente ao uso do h inicial, a Base II do Acordo Ortográfico preconiza, na alínea a) do ponto 1, que o h inicial se emprega "por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor", o que justifica o uso de húmido com agá (válido na norma europeia do português) ou sem agá (válido na norma brasileira do português), uma vez que este pode derivar do adjectivo latino humidus que tem também uma varianteumidus.
Por outro lado, a alínea a) do ponto 2 da mesma base indica que o h inicial se suprime "quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva, em vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste comherbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita)", o que justifica o uso deúmido sem agá (válido na norma brasileira do português), mesmo que não houvesse o adjectivo latino umidus.
Se compararmos a Base II do Acordo de 1990 com a correspondente Base III do Acordo de 1945 (para o português de Portugal) ou com o ponto III do Formulário Ortográfico de 1943 (para o português do Brasil), verificamos que não há nenhuma alteração pertinente nas prescrições ortográficas, mas antes que húmido ou úmido são justificáveis segundo os critérios explicitados, apesar de as tradições ortográficas das duas normas consagrarem apenas uma das formas em cada norma.

 

 

Via Flip

17
Dez09

Sexting: sabe o que significa?

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Sexting

 

 Um em cada seis adolescentes já o fizeram, e "sexting" é uma das palavras que a maioria dosjovens norte-americanos conhece actualmente. De acordo com um novo estudo"Adolescentes e Sexting", organizado pelo "The Pew Internet & American Life Project", ofenómeno é a razão para o aumento das contas de telemóvel. Mas do que se trata afinal?Sexting designa o fenómeno de enviar fotografias em que o dono do telemóvel está nu ouseminu a outras pessoas. 15% dos inquiridos assume ter recebido mensagens deste tipo e, num país onde 58% dos adolescentes com 12 anos e 83% dos jovens com 17 têm telemóveis, não admira que as imagens circulem pelos ecrãs de muitíssimos iPhone.

"Os adolescentes explicaram-nos que este tipo de imagens de carácter sexual tornaram-se recorrentes nas relações. Estas imagens são partilhadas como parte de uma relação sexual, ou mesmo como substitutas dessa mesma relação. E também entre amigos, como entretenimentoou piada" explicaram os investigadores. 

08
Jun09

A NOVA LÍNGUA PORTUGUESA

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 A nova língua portuguesa

 

A NOVA LÍNGUA PORTUGUESA 


Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos 
pretos 'afro-americanos', com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado!

As 
criadas dos anos 70 passaram a 'empregadas domésticas' e preparam-se agora para receber a menção de 'auxiliares de apoio doméstico
' .

De igual modo, extinguiram-se nas escolas os '
contínuos' que passaram todos a 'auxiliares da acção educativa
'.

Os 
vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por'delegados de informação médica
'. 

E pelo mesmo processo transmudaram-se os 
caixeiros-viajantes em 'técnicos de vendas
'.

aborto eufemizou-se em 'interrupção voluntária da gravidez
';

Os 
gangs étnicos são 'grupos de jovens


Os 
operários fizeram-se de repente 'colaboradores
';

As 
fábricas, essas, vistas de dentro são 'unidades produtivas' e vistas da estranja são 'centros de decisão nacionais
'.

analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à 'iliteracia
' galopante.

Desapareceram dos comboios as 
1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes 'Conforto' e 'Turística
'.

A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou 
mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental
...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.

Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes 
crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um 'comportamento disfuncional hiperactivo'


Do mesmo modo, e para felicidade dos 'encarregados de educação', os brilhantes programas escolares extinguiram os 
alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, 'crianças de desenvolvimento instável'.


Ainda há 
cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado 'invisual'. (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o 'politicamente correcto' marimba-se para as regras gramaticais...)

As 
putas passaram a ser 'senhoras de alterne
'.

Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em '
implementações', 'posturas pró-activas', 'políticas fracturantes
' e outros barbarismos da linguagem.

E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico. 

Estamos lixados com este 'novo português'; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma 'politicamente correcta'.

 

Via www.jocortez.com

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