No estaba muerto estaba de parranda!
Ademir Jorge Gonçalves passara afinal aquela noite num bar de estrada a beber cachaça com amigos e só soube que tinha sido dado como morto no dia seguinte quando – como é hábito no Brasil – já decorriam as cerimónias fúnebres, explicou a sobrinha do suposto finado, Rosa Sampaio, ao jornal brasileiro “O Globo”.
Já o velório decorria há cinco horas quando Ademir apareceu na funerária, às 8h da manhã (locais) e se identificou como sendo a pessoa que estava a ser velada pelos familiares. “Os familiares ficaram de cabelos em pé e muito assustados”, contou o gerente da funerária, Natanael Honorato.
A sobrinha de Ademir, um servente de pedreiro da cidade de Santo António de Platina, assim como a própria mãe e um amigo com quem partilha a casa onde mora tinham identificado o corpo, apesar das dúvidas que a desfiguração do cadáver lhes levantou. “Mas era uma pessoa muito parecida, e as roupas também”, disse Rosa Sampaio, explicando que por isso decidiram fazer o funeral. “O que mais podíamos fazer?”, questionou com embaraço.
A polícia respondera a um alerta de atropelamento às 22h00 da noite anterior junto a um motel e posto de gasolina da cidade, tendo levado o corpo da vítima para a morgue e daí para uma funerária, onde os familiares e amigos de Ademir apareceram e identificaram positivamente o cadáver. A família escolheu a urna e deu ordem para se fazer o funeral. Ao constatarem que Ademir estava afinal vivo, foram embora recusando pagar os 1,3 mil reais (pouco mais de 500 euros) do serviço fúnebre.
O cadáver foi posteriormente e correctamente identificado por uma família oriunda de uma cidade próxima, Joaquim Távora, onde o morto acabou por ser enterrado ainda na tarde de segunda-feira, precisavam fontes policiais ao “Globo”.
Via Público