O ADEUS DO COMEDIANTE
Via HenriCartoon
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Manuel Pinho é desde hoje o ex-ministro da Economia do Governo de José Sócrates na sequência de um gesto no Parlamento. Uma situação que lamenta mas que deu por encerrada numa entrevista à SIC onde admitiu não querer fazer carreira na política. Sobre o futuro não quis abrir o jogo. “Agora o que quero passar é umas belíssimas férias”, disse Pinho, que aproveitou para elogiar as reformas do Executivo e dizer que ainda há muito a mudar.
A este propósito contou que espera por uma resposta da Ordem dos Médicos sobre uma queixa que fez há mais de seis anos. Em causa está uma operação aos olhos da sua mulher que correu mal e da qual reclamou. Para Pinho este é apenas um dos exemplos do que é preciso fazer num país onde há uma sensação generalizada de “impunidade”.
Sobre a sua passagem de quatro anos e meio pela política, lembrou que não era um membro do partido e que, como tal, sempre encarou a sua vida activa nesta área como temporária. “Não faz parte dos meus planos ter uma carreira política durante toda a minha vida”, afirmou. Ainda assim, assumiu que leva boas recordações do seu trabalho, em especial no campo das energias renováveis. Do lado mais humano, recorda os postos de trabalho que conseguiu “salvar” e os momentos que passou fora do ministério e onde conviveu de perto com empresários e trabalhadores.
A este propósito admitiu estar bastante cansado e, por isso mesmo, lamentou a atitude do líder do partido comunista, Bernardino Soares, a quem dirigiu o gesto em que simulou um par de chifres. “Num momento tão difícil que o país está a viver acho que a melhor atitude não é fazer graçolas e usar os trabalhadores como arma de arremesso”, disse Manuel Pinho, a propósito das declarações daquela bancada sobre os empregos nas minas de Aljustrel. E acrescentou: “O deputado do partido comunista estava a fazer umas graçolas quando a pessoa passa noites sem dormir para tirar as pessoas de situações miseráveis.”
No que diz respeito à forma como tomou a decisão de sair do cargo assegurou que a tomou sozinho dentro do Governo. “Falei comigo próprio e falei à minha mulher primeiro, que ficou muito satisfeita”, precisou. Depois explicou que sente que não é uma altura para as atenções se virarem para episódios como estes: “É bom que agora os portugueses estejam atentos às propostas alternativas dos partidos.” Ainda assim, o governante não deixa de reconhecer que “vai ser muito difícil atrair gente para a política” de fora dos partidos perante as situações a que os políticos são sujeitos e às falsas coisas que se diz sobre eles. “É uma situação dura de gerir”, confessou.
Em relação ao Governo confessou apenas ter “uma grande ligação ao primeiro-ministro”, mas não destacou mais ninguém a não ser, como personalidade política internacional, o presidente brasileiro Lula da Silva. Sobre a sua passagem como ministro assumiu que não era um sonho por si só: “Tinha o sonho de ser ministro num governo que rasgasse as coisas” nalgumas áreas estruturais, disse. A propósito do futuro não confirmou se voltaria para o Banco Espírito Santo depois de umas “belíssimas férias”. “Não estou convencido que tenha de ter angústias a esse propósito”, asseverou.
Via Publico
É?... nem queremos imaginar o que teria acontecido se ele não fosse educado....
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