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Um olhar sobre o Mundo

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Um olhar sobre o Mundo

27
Fev12

'Ir ao Porto e não saborear uma francesinha equivale a ir a Roma e não ver o Papa'

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'Ir ao Porto e não saborear uma francesinha equivale a ir a Roma e não ver o Papa'

O especialista brasileiro em gastronomia e vinhos Dias Lopes, jurado no Essência do Vinho, considera, numa crónica assinada no O Estado de S. Paulo, que «ir ao Porto e não saborear uma francesinha equivale a visitar Roma e não ver o papa».

 

O artigo saiu esta semana no suplemento Paladar do diário brasileiro, conhecido também por 'Estadão', com o título 'O melhor de tudo', depois de o autor ter estado recentemente no Porto, onde integrou o júri do 'TOP 10 Vinhos Portugueses' do Essência do Vinho.

 

J. A. Dias Lopes é tido como um dos mais experientes e conceituados jornalistas brasileiros de gastronomia e vinhos, chefia a revista Gosto (publicação brasileira especializada em gastronomia e vinhos), começou recentemente a colaborar com a revista portuguesa WINE-A Essência do Vinho e é ainda colunista de O Estado de S. Paulo.

 

Enquanto esteve no Porto, aproveitou uma das tardes passadas na cidade para visitar alguns dos mais emblemáticos locais onde se aprecia a famosa iguaria.

 

«A cidade onde essa sanduíche foi inventada tem outras atracões gastronómicas clássicas», regista, mencionando, nomeadamente, os rojões, as tripas à moda do Porto e o bacalhau à Gomes de Sá. «Mas a francesinha continua no pódio», considera.

 

O jornalista recorda que, em 2011, o site americano AOL Travel colocou a francesinha entre as «dez melhores sanduíches do mundo».

 

«Convém lembrar que a lista ignorou preciosidades - o beirute do Frevinho, em São Paulo, e a sanduíche de pernil com abacaxi do Cervantes, no Rio de Janeiro, mereceriam a distinção», lamenta Dias Lopes, acrescentando, porém, que «o reconhecimento da gostosa francesinha foi merecido».

 

O especialista considera que, «na prática, ela não deveria ser chamada de sanduíche, mas de refeição completa», e diz que «todas as versões de francesinha são criticadas pelos médicos», os quais «a acusam a sanduíche ex-líbris do Porto de atentar contra as artérias e a silhueta».

 

No entanto, refere, «a advertência não impressiona seus milhares de apreciadores» e «cada portuense tem seu lugar favorito para saborear a francesinha e torce pela sua como se fosse um time de futebol».

 

Via Sol

19
Nov10

Francesinha, a verdadeira história

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Francesinha, a verdadeira história

 

Há uma história da francesinha que ninguém conhece, mas que esta sexta feira vai ser revelada no primeiro percurso pedonal de reconstituição do percurso do prato, no Porto: a sua relação próxima com a figura feminina.

O percurso, orientado por Graça Lacerda, irá conduzir os curiosos pela história deste petisco portuense, porque “Comer uma francesinha” é mais do que saborear um prato, é “um convívio à moda do Porto”.

A guia do original roteiro contou hoje à Lusa quais são as origens da francesinha.

De acordo com mentora do percurso, o criador do prato, Daniel David Silva, era “bastante mulherengo”. Depois de um périplo internacional, aterrou no Porto e descobriu que as mulheres eram demasiado discretas para o que estava habituado, andando muito tapadas e sendo muito reservadas.

A desilusão com as mulheres portuenses levou-o, segundo Graça Lacerda, a querer criar um prato “apurado”.

“Ele dizia que a mulher mais picante que conhecia era a francesa. Quis dar um toque picante ao prato e chamou-lhe francesinha”, disse.

O petisco, que nos anos 50 era uma comida fora de horas - um lanche reforçado ou uma merenda depois de uma sessão de cinema tardia - estava conotado com o universo masculino.

“Ainda sou do tempo em que a francesinha era vista como um prato para rapazes solteiros. As raparigas que comiam francesinha eram mal vistas”, recordou.

Os tempos mudaram e com ele os preconceitos relativos à francesinha e até a sua própria “fisionomia”: um petisco que era pouco mais do que uma tosta mista com molho tornou-se num parto mais do que sustentado, para responder à evolução da sociedade.

“Hoje em dia, já não temos tempo para o lanche e as sessões de cinema proliferam. A francesinha passou a ser um prato de almoço ou jantar, ao qual se juntou a batata frita”, explicou Graça Lacerda, que se tornou especialista na matéria depois de longas pesquisas.

Documentação, imagem, cartazes, livros de receitas, entrevistas a pessoas, entre as quais o atual dono do restaurante “A Regaleira” - que conheceu pessoalmente o inventor do prato que é o rosto do Porto - tudo serviu para reconstruir os passos da francesinha.

“Não temos bibliografia, mas temos testemunhos vivos”, disse, reconhecendo que há vantagens e desvantagens derivadas da subjetividade dos relatos e das opiniões diferentes.

Esta sexta feira, 60 pessoas vão percorrer um percurso que tem seis etapas: “Receita típica do Porto no Século XX”, “E tudo começou na Rua do Bonjardim…”, “Onde comer as melhores francesinhas?”, “Pão, queijo, recheio e molho”, “Para si, uma boa francesinha é…” e “Qual será o segredo da francesinha?”.

O passeio gastronómico tem início perto das 15:00 na Biblioteca de Assuntos Portuenses e termina no Restaurante “Jardim da Irene” e no Café “Universidade”, cerca das 17:00.

 

Via Ionline

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