Calendário Pirelli. Karl Lagerfeld assina 36 fotos
Mulheres semidespidas, uma marca de pneus e um calendário. Estas três referências transportam-nos imediatamente para uma oficina de automóveis, mas a verdade é que todas juntas têm um significado bem mais glamoroso. A 38.a edição do Calendário Pirelli foi desvendada esta terça-feira, em Moscovo, numa daquelas cerimónias para onde se leva sapatos mais caros do que alguns carros usados.
A mais recente versão do calendário mais famoso do mundo - que sim, tem lá os 12 meses do ano com os seus respectivos 365 dias - é da autoria do estilista, guru da moda e único homem no mundo que pode usar rabo-de-cavalo e não ser julgado por isso, Karl Lagerfeld.
Depois do calendário assinado pelo polémico Terry Richardson, no Brasil, Lagerfeld fez um conjunto de 36 imagens mais clássicas. Partindo da mitologia greco-romana, o estilista alemão fotografou a preto e branco actrizes (como Julianne Moore, em baixo, à direita) e modelos que "representam a nova ideia de beleza", contou na apresentação do calendário.
Julianne Moore é a figura central no elenco de "Mythology", produzido em Paris e composto sobretudo por modelos do sexo feminino.
E agora um pouco de história O calendário Pirelli surgiu há 46 anos, quando a marca de pneus pediu a um fotógrafo de renome (em 1964 foi Robert Freeman) para escolher e imortalizar as mulheres mais bonitas do mundo. O objectivo? Motivar os vendedores da marca e animar todos os lugares onde os seus produtos fossem vendidos. Com o tempo, tornou-se um objecto de luxo (é mais caro do que os calendários com colegiais descascadas de que já falámos) com pretensões a obra de arte e vontade de cristalizar a noção de beleza de uma época. Interrompido durante dez anos por causa da crise do petróleo - a de 1974 a 1984, não a de agora - teve pela primeira vez um par de seios expostos em 1972. E a partir desse dia a vida dos mecânicos nunca mais seria a mesma.
Via Ionline