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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

09
Jun09

Aluna com paralisia cerebral é a mais jovem finalista ....

olhar para o mundo

 Rosa Carreira, por todos carinhosamente tratada por Rosinha, tem 20 anos, nunca chumbou e está no último ano do curso de Tecnologia de Computação Gráfica e Multimédia.

 

«Sou a mais nova finalista da área da engenharia mas não sou a melhor. A minha média é de 14 ou 15. Não é má, mas podia ser melhor», refere.

 

Com o curso no fim, sonha agora encontrar um emprego na área da criação de páginas web, já que, como confessa, os computadores são a sua grande paixão.

 

«Tenho computador desde os 10 anos. É claro que ainda não sei tudo sobre computadores, deve haver ainda muitos segredos para descobrir, porque este é um mundo que está sempre a evoluir. Mas já me sinto muito à vontade com eles», afirma.

 

A garra e a força de vontade são, segundo João Nunes, professor da cadeira de Animação 3D, alguns dos segredos para o sucesso escolar de Rosinha.

 

«É um caso típico de quem encarou a doença não como uma fatalidade mas sim como um desafio», afirma o docente, elogiando ainda a pontualidade, o empenho e a organização que aquela aluna põe no seu dia-a-dia escolar.

 

Rosa vive em Fonte Boa, Esposende, a uns 35 quilómetros da escola.

 

É o pai, agricultor, quem a transporta todos os dias, fazendo quatro viagens diárias.

 

«Tem sido sempre assim nos últimos três anos. Vou levá-la de manhã e volto para casa. À tarde, vou buscá-la. Por dia, faço 140 quilómetros. Mas faço isto com gosto e com amor, a pensar no futuro da minha filha», diz, à Lusa, José Carreira, 53 anos.

 

«É um grande pai», reconhece a filha.

 

Rosinha quer poupar este «trabalho» ao pai e está já a tratar de tirar a carta de condução, um processo que tem conhecido algum atraso por causa da burocracia relacionada com a sua doença.

 

«Estou há nove meses à espera que me chamem para uma Junta Médica e, sem isso, nada feito», queixa-se.

 

Enquanto não pode andar na estrada, farta-se de «conduzir» pelo mundo virtual, reconhecendo que, se calhar, passa na Net «mais horas do que devia».

 

«Vejo vídeos no Youtube, faço trabalhos para a escola e, claro, falo com os meus amigos no Messenger. Mas só falo com quem conheço pessoalmente, gosto de saber com quem estou a falar», atira, de pronto.

 

Com o curso no fim, Rosinha sabe que vai sentir saudades da escola, dos alunos, professores e funcionários, mas, como gosta de ver sempre as coisas pela positiva, sublinha que, pelo menos, se vai «livrar» do arroz à valenciana que integra a ementa do estabelecimento de ensino.

 

«Arroz à valenciana é o prato que gosto menos, mas já o bacalhau com natas… hummm», remata, com um sorriso.

 

Via Sol

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