Tudo para ter uma menina
Canberra, Austrália - Um casal australiano, que tem três filhos meninos, está travando uma batalha judicial em seu país para obter o direito de escolher o sexo do próximo filho e dar à luz uma menina. Antes de recorrer à Justiça, eles já chegaram ao extremo de abortar uma gravidez de gêmeos, depois de descobrir que os fetos eram do sexo masculino.
O homem e mulher australianos, que não foram identificados pela imprensa e por autoridades locais, decidiram entrar na Justiça porque as leis do estado de Victoria, onde moram, proíbem a escolha do sexo da criança em inseminações artificiais.
Antes de recorrer ao Tribunal Civil e Administrativo de Victoria, eles tiveram pedido rejeitado em painel independente ligado ao Ministério da Saúde da Austrália, que decide sobre questões médicas.
LEI PROÍBE ESCOLHA DE SEXO
A exemplo do Brasil, a legislação local só permite a escolha do sexo do bebê em caso de riscos graves associados à transmissão de doenças genéticas que ocorrem num determinado sexo. A saída encontrada pelo casal, então, foi argumentar que a mãe, na faixa dos 30 anos, ficou obcecada com o desejo de ter uma menina, e que ter uma filha se tornou necessário para a manutenção de sua saúde psicológica.
Em entrevista ao jornal australiano ‘The Herald Sun’, o casal falou sobre a decisão de abortar os gêmeos: “Foi traumático, mas não podemos continuar tendo um número ilimitado de filhos até conseguir gerar uma menina”.
Menina morreu logo após parto
O casal chegou a ter uma filha menina, mas ela morreu pouco depois do parto, o que fez a mãe ficar ainda mais desesperada para ter uma filha.
O diretor do instituto australiano Ética Genética, Bob Phelps, não se sensibilizou e criticou os pais, por acreditar que a decisão deles pode influenciar outros casais: “Sinto muito que eles perderam sua filha mas, no interesse da sociedade como um todo, acho que eles deveriam procurar assistência psicológica e procurar outro meio de trazer uma menina à sua família. Eles parecem bons pais e poderiam oferecer um lar a uma criança que precisa”.
Via O dia Online