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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

23
Set10

Eurodeputada leva bebé para o parlamento em protesto pelos direitos das mulheres

olhar para o mundo

Eurodeputada leva bebe para o parlamento

 

A eurodeputada italiana Licia Ronzulli levou hoje o filho recém-nascido para uma sessão no parlamento Europeu. Com este gesto pretende simbolizar as dificuldades que as mulheres ultrapassam diariamente para conciliar a vida laboral com a familiar.
“Quero ser um símbolo, com a minha filha Vitoria, de todas as mulheres que não conseguem conciliar o trabalho com a família”, disse depois de ter sido aplaudida pelos restantes eurodeputados pelo seu gesto.
Este é já o segundo episódio do género a acontecer no Parlamento Europeu. Ano passado uma eurodeputada dinamarquesa teve que levar o filho bebé para o Parlamento, alegando não ter outra opção.
comissária europeia da Justiça e Direitos Fundamentais, Viviane Reding, apresentou hoje em Estrasburgo a estratégia europeia sobre a igualdade entre homens e mulheres. Com este documento, a comissária pretende promover uma maior presença das mulheres em altos cargos empresariais, reduzir as diferenças salariais entre homens e mulheres e lutar contra a violência de género.

 

Via ionline

22
Jul10

Pelo direito a escolher o sexo como profissão

olhar para o mundo

Pelo direito ao sexo como profissão

 

É o seguinte: nunca paguei por sexo. E nunca pagarei.

 

Essa afirmação dura, é claro, dura o tempo exato em que eu continuar sendo quem sou hoje. Posso mudar. E aí tudo pode mudar junto. (Mas cá entre nós: não creio.) Trata-se de uma questão de princípios. E não de princípios morais, como você possa imaginar. Os princípios a que me refiro aqui tem a ver com ego, com aquilo que eu espero de um relacionamento íntimo, com a minha necessidade de ser amado. Muito mais do que com um juízo de valor sobre padrões de conduta em sociedade. Woody Allen tem uma frase ótima a respeito desse assunto, que é mais ou menos assim: “sou completamente contra o sexo pelo sexo. Mas só até às 4h da manhã, quando eu estiver sobrando sozinho numa festa.”

 

No meu caso, essa opção por não comprar carinhos advém do fato de que eu sou um sujeito carente. Preciso muito imaginar que aquela moça (outra coisa que acho que não muda mais é minha opção por ter sexo exclusivamente com mulheres) está ali, nua à minha frente, com seus lábios carnudos se abrindo como uma flor cheia de néctar diante de mim, por minha causa – e não por causa dos trocados que eu eventualmente tiver no bolso. Sou egoísta. Quero paixão por mim, para mim, pelo que eu sou, pela minha capacidade de seduzir – e não pela minha grana. Se o sorriso for falso, se o orgasmo for fingido, se a aceitação for forçada, se o carinho for uma obrigação, se a vontade autêntica da pessoa não estiver ali comigo naquele momento, então eu não quero. Dispenso. Melhor não. Tenha dinheiro na parada ou não.

 

Quero desejo genuíno. Quero que o elemento irresistível da equação amorosa seja eu, só eu. E meu dinheiro não sou eu. Jamais será. Quatro, seis ou oito notas de 50 reais são uma coisa ordinária, um não diferencial, um tíquete que quase qualquer um tem ou pode arranjar. E quero uma mulher que me escolha a dedo, que me queira naquele momento em detrimento de todos os outros homens – e não que esteja atrás de um cheque (elas aceitam cheque?) sem fazer distinção alguma entre mim e os milhares de sujeitos que também poderiam assiná-lo. Isso me baratearia muito diante de mim mesmo. Me colocaria numa posição humilhante, de ter que comprar afeto e preferência, de ter de por algo que acho que considero que deveria receber de graça, de bom grado, que deveria ser trocado comigo numa relação baseada em algum tipo de desejo ou de sentimento, e não numa fria troca comercial. Não encaro sexo como produto ou serviço. Nem o concebo como uma relação econômica. Sexo para mim é Terceiro Setor, é zona de generosidade, entrega, não pode ter fins lucrativos.

Mas há quem goste especificamente do sexo pago. Como uma modalidade do esporte. Transar com prostitutas (ou com garotos de programa) nesse caso vira um fetiche, muito mais do que uma necessidade pessoal, uma imposição cruel do destino ou uma situação desfavorável que decorra de uma impossibilidade individual do sujeito (a de achar parceiros que queiram deitar com ele por gosto). Tenho um respeito todo especial por esse tipo de paladar sexual. Como tenho por quase todo tipo de libido que envolva a diversão mútua e consentida entre duas pessoas aptas a decidir sobre si mesmas (ainda que eu jamais venha a exercer muitas delas na minha alcova). Tenho também uma simpatia toda especial pelos profissionais do sexo. Além de funcionarem historicamente, desde tempos primevos, como uma espécie de welfare sentimental do planeta, de rede de proteção social (e emotiva) ligada ao sexo para a espécie humana, não deixando quase ninguém de fora desse socorro aos desvalidos do prazer e da afeição, eles também se conectam de modo absolutamente lícito àqueles que gostam desse tipo de brincadeira – sexo misturado com dinheiro. Eles brincam com quem gostar de brincar sexualmente levando uma relação de poder econômico para a cama. (Note-se bem que o leito nupcial das melhores e mais exemplares famílias, há muitos séculos, e em todo canto do mundo, com pais patrões e mães matronas, também embute enormes, imensas, gigantescas relações de poder econômico.)

 

Por isso não compreendo por que não se regulariza imediatamente essa profissão. É a mais antiga do mundo! A atividade já é reconhecida mas ainda não há regulamentação a respeito. É mais ou menos assim: a ocupação já começa a sair da completa obscuridade, e os profissionais do sexo já começam a se organizar, mas ainda não é possível ticar essa opção profissional na declaração de imposto de renda. Considero que a um Estado laico e leigo cabe reconhecer a vida como ela acontece na sociedade que o compõe. E abarcar todos os cidadãos dentro da legalidade, da civilidade, da municipalidade. Deixar todo um setor da atividade alijado de direitos, à margem do reconhecimento e da proteção da lei e das instituições, é criar e manter e fomentar uma casta marginal. E ninguém gosta de ser marginal. E, sobretudo, ninguém gosta de ter marginais à volta. O custo dessa nossa tremenda hipocrisia, dessa nossa dificuldade em aceitar as diferenças e tolerar juízos morais distintos dos nossos, e o impacto dessa nossa dificuldade em lidar com a realidade, com a vida como ela é, especialmente quando questões sexuais estão envolvidas, são sentidos na pele e na carne pelos excluídos. E isso, como já devíamos ter aprendido aqui no Brasil, sempre tem volta. E essa volta nunca é bonita.

 

Via Portal Exame

20
Mai10

O afastamento da professora de Mirandela é uma violação dos direitos

olhar para o mundo

Bruna, a professora de Mirandela

 

Osvaldo de Castro, presidente da comissão parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias, não tem dúvidas de que o afastamento de Bruna Real, "acusada" de ter posado nua para a Playboy, "é uma violação dos direitos fundamentais" da professora. "Estão a entrar no domínio da vida privada. Posar nua faz parte do acervo de liberdades que a professora tem e não colide em nada com o seu trabalho", afirmou o deputado socialista ao i.

Para Osvaldo de Castro, o que se passou no agrupamento escolar de Torre de D. Chama é equivalente à apreensão de livros, em Fevereiro do ano passado, pela PSP de Braga, sob o argumento de que as capas que reproduziam o quadro "A origem do mundo" de Gustave Coubert eram "pornográficas". O presidente da Comissão de Direitos e Liberdades e Garantias da Assembleia da República afirma também que a expressão utilizada pela Câmara de Mirandela para o afastamento da professora - o "alarme social" - é manifestamente imprópria. "É uma expressão que é utilizada nos tribunais pelos juízes para manter alguém em prisão preventiva", diz. "A senhora entendeu por razões artísticas, pessoais, fazer fotografias eróticas. São os seus direitos mais profundos, relativos à vida privada, que estão em causa. A escola e a Câmara de Mirandela violaram os direitos da professora".

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, considera a situação "complicada" e "incómoda no plano social", mas defende que "não pode ter este tipo de tratamento". "A situação não é cómoda. Mas foi logo crime e castigo e ponto final!", afirma ao i. Mário Nogueira admite que se "no plano social cada um terá as suas opiniões" [sobre a opção da professora em fazer as fotografias], "no plano laboral, o afastamento não tem sentido - não é uma situação de indisciplina, nem de crime. A Câmara Municipal deveria ter abordado a situação com mais cuidado".

Mário Nogueira coloca várias questões em cima da mesa, nomeadamente sobre o contrato que a professora mantinha com a Câmara de Mirandela. E interroga sobre quais serão os futuros critérios da Câmara: "Vão passar a dizer que quem tirar fotografias para determinado tipo de revistas não se pode candidatar?"

O Ministério da Educação colocou-se de fora desta guerra, uma vez que a contratação dos docentes das actividades de enriquecimento curricular compete às câmaras municipais. "A técnica em causa foi contratada pela autarquia para de-senvolver Actividades de Enriquecimento Curricular na escola. A situação está a ser devidamente gerida pela autarquia, que é a entidade responsável pelo vínculo contratual e que tem o poder hierárquico sobre a docente. A escola e o Ministério da Educação, obviamente, acompanham agora (como acompanham sempre) as situações que envolvem alunos". Foi assim que o Ministério de Isabel Alçada respondeu à pergunta do i sobre a legalidade do afastamento da professora. Da mesma maneira, o Ministério da Educação recusou-se também a responder sobre a aceitabilidade ou não dos argumentos utilizados pela escola e pela Câmara Municipal para a transferência de Bruna Real para o arquivo municipal. "Não cabe ao Ministério da Educação pronunciar-se sobre o assunto", afirma a tutela, quando confrontada com a decisão do presidente do agrupamento em excluir uma professora por ter posado nua para a "Playboy". Sobre o conceito de "alarme social" invocado pela Câmara de Mirandela, o Ministério também não quis responder. 

Mas João Dias da Silva, dirigente da FNE [Federação Nacional da Educação], tem outra versão dos factos vindos a público. Apesar de já terem sido várias as declarações de responsáveis da Câmara de Mirandela sobre o afastamento, João Dias da Silva afirma ao i que "as informações mais recentes" de que dispõe, obtidas através de dirigentes locais do sindicato, "é que foi a própria professora que tendo em consideração o mal--estar que teria sentido pediu à Câmara Municipal para ser colocada noutro serviço".

Para João Dias da Silva, na situação da transferência ter sido feita a pedido da própria professora, a FNE "não tem nada a opôr". Caso contrário, o dirigente afirma que "não pode haver mistura entre opções da vida privada e relações laborais". "Se tiver havido deslocação da pessoa sem ser a seu pedido, opomo-nos e achamos ilegal essa transferência".

Bruna Real, de 27 anos, começou na segunda-feira passada a trabalhar no arquivo da Câmara Municipal de Mirandela. Segundo revelava o JN, afirmou que só falaria à imprensa "após o município concluir o processo de averiguações que está em curso". 

Entretanto, o caso chamou a atenção da TV Record Internacional, que propôs a Bruna Real uma reportagem. "Contactei-a, mas não se mostrou para já disposta a fazer a reportagem", disse, citada pela agência Lusa, Natacha Loureiro da TV Record Portugal.

 

Via Ionline

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