É um facto: Há mulheres gordinhas muito atraentes. Mais atraentes até do que muitas outras elegantes ou com as famosas medidas perfeitas do 86-60-86.
Se você não partilha desta opinião e acha que ninguém olha para uma mulher gorda, por ser menos vistosa, está completamente enganada.
Se for gira e sexy, toda a gente olha. Até eu!
Há mulheres com banhinhas que são muito sensuais. São altamente femininas, vestem taillers sexys que fazem notar as suas formas avantajadas. Usam e abusam dos saltos altos. Maquilham-se bem e têm o cabelo sempre muito bem cuidado.
Não se importam com as dietas. Importam-se, isso sim, com uma aparência cuidada. Isto porque não perderam a sua autoestima só por serem gordas. Sentem-se bem consigo mesmas. Estão felizes na sua pele e acham-sesexys e sedutoras. E são mesmo muito sexys.
Não são só a maioria dos homens que apreciam mulheres roliças, até o mundo da moda está a mudar. As modelos plus size, gordinhas, ganham cada vez mais terreno. Não é que isto está a pegar mesmo a sério?!
Muitas agências já têm uma categoria de modelos plus size, ou modelos GG.
A revista Elle francesa, pela primeira vez na sua história, publicou na capa da edição de abril, uma modelo plus size lindíssima. Chama-se Tara Lynn e foi a primeira página da famosa revista feminina. Claro que o assunto causou polémica, até porque as francesas são magras e são consideradas as mulheres mais elegantes de todas.
Tara Lynn é uma modelo plus size e as suas medidas são de tamanho GG. Além de ser a mulher que apareceu na capa da Elle, a revista ainda lhe dedicou uma sessão fotográfica inteira, inclusive a nu . O resultado não podia ter sido melhor: Tara ficou fantástica.
No fundo, a revista Elle apenas quis provar como uma mulher com medidas normais, ou mais avantajadas, pode ser igualmente bela. E conseguiu. Tara Lynn, gordinha, é realmente sexy e muito vistosa.
Para terem uma ideia do avanço da tendência desta nova onda, os modelos GG também já têm as suas top models mais badaladas. Por exemplo, Fluvia Lacerda é considerada a top das tops no que respeita a modelos plus size.
Na fotogaleria que se segue, convido-vos a ver a inegável beleza feminina desta mulher e modelo gordinha, que está a fazer sucesso no mundo inteiro.
Vendo as fotos é simples constatar que a moda deixou de ser só para as magrinhas. Podemos ir até mais longe: A gordura reconquistou a formosura. Bye Bye magrinhas.
As adolescentes são facilmente manipuláveis e moldáveis. Não é por acaso que é em tenra idade que começam a ser recrutadas para as agências de modelos, sob o sonho da beleza e fama fáceis e em programas que as fazem sonhar alto de mais, com uma vida que tem muito pouco deglamour, aquilo que maior parte delas não imagina.
Até nós, mulheres adultas e à partida de cabeça bem organizada e estruturada, somos desde miúdas bombardeadas pelas imagens fantásticas das modelos magras, com um corpo perfeito, sem rugas e celulite. Garanto-vos, eu própria tenho cuidado com a minha imagem e até sou algo "fanática" com os cuidados que tenho com o meu corpo, mas desde o momento em que me apercebi que não havia uma única imagem que não fosse altamente retocada pelas mãos milagrosas, não de Deus, mas de um programa chamado "Photoshop", apercebi-me e concluí de vez que NADA, nem NINGUÉM é realmente aquilo que aparenta ser nas mais prestigiadas revistas de moda, socialite e mesmo saúde e bem-estar
Para ler, ver e digerir
Jean Kilbourne , escritora, cineasta, argumentista é reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho sobre a forma como o sexo feminino é tratado em publicidade. Além de falar do corpo da mulher como objecto de desejo e manipulação, Kilbourne também critica ferozmente a promoção do álcool e do tabaco e as aparentes imagens de felicidade que estes produtos prometem.
Todos os seus filmes, palestras, aparições públicas e presenças em programas de televisão - como o sobejamente conhecido "Oprah Winfrey Show" que passa diariamente no canal SIC Mulher - foram vistos por milhões de pessoas.
Se eventualmente ainda não teve oportunidade de ver nenhum, deixo-lhe alguns excertos do último "Killing Us Softly - 4", um filme que nos dá um novo olhar sobre a realidade distorcida dos actuais ideais de beleza femininos e a forma como estes estão a destruir a verdadeira feminilidade.
O sexismo, os distúrbios alimentares, os estereótipos redutores da realidade, a perceção da beleza e a sexualidade, são tudo temas abordados, uma vez mais pela autora, que põe a nu a forma como a publicidade trata o sexo feminino como objeto, e trabalha a beleza manipulada em programas de edição de imagem.
Pior é ver como as falsas aparências põem em risco a saúde física, mental e verdadeira auto-estima das mulheres em todo o mundo. Há décadas que as mulheres lutam contra falsos esteriótipos apresentados pelas modelos das capas de revista que, na sua maioria, estão muito longe de ser a perfeição que aparentam. Isto sem falar nos milhões que movimentam em todo o mundo.
Curriculum Vitae - Jean Kilbourne
Nomeada pela "The New York Times Magazine" como uma das mais famosas oradoras do país, Kilbourne é lincenciada em inglês, pela Universidade de Wellesley e doutorada em educação pela Universidade de Boston. Após a licenciatura ganhou uma bolsa por Wellesley, que lhe permitiu passar três anos na Europa e trabalhar para a British Broadcasting Corporation em Londres.
É membro honorário do Centro para as Mulheres Wellesley desde 1984. É ainda autora do livro premiado "Can't Buy My Love: Como a publicidade muda a maneira de pensarmos e sentimos", e co-autora de "So Sexy So Soon: The New Sexualized Childhood", e "O que os pais podem fazer para proteger seus filhos". Os filmes premiados com base nas suas palestras incluem "Killing Us Softly" (que já vai na quarta edição), "Spin the Bottle" e "Slim Hopes".