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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

21
Jan11

Jutta Kleinschmidt, a única mulher a vencer o Dakar

olhar para o mundo

Jutta Kleinschmidt, a única mulher a vencer o Dakar

 

Os ralis não são um desporto para meninas e o Dakar é um mundo para homens de barba rija. E quanto a lugares-comuns estamos conversados, que há muito boa rapariga sem espartilhos a acossar estribilhos sobre mulheres em corridas de carros. Jutta Kleinschmidt dispensa gentilezas, jantares pagos e só espera que lhe abram a porta quando esse alguém for o tipo com o cronómetro no final de cada especial. Ela é a dama-de-ferro do deserto, a única mulher à data a conquistar o Dakar. Quando o Dakar era o Dakar. O de África.

OS AMORES A 21 de Janeiro de 2001, a alemã Jutta Kleinschmidt ganhou o Paris- Dakar. E emancipou-se. Antes de mais, a Jean-Louis Schlesser, o tipo com quem começou a andar na competição - foi navegadora dele em 1995, na estreia nos carros - e fora dela. Kleinschmidt e Schlesser, a raposa do deserto, tiveram uma relação amorosa tempestuosa. O mau feitio do francês e a teimosia de Kleinschmidt foram uma mistura explosiva de mais e o namoro implodiu. Jutta passou para a Mitsubishi, na época a equipa mais competitiva do mundo, deixando Schlesser entregue aos seus buggies. E em 2001, Kleinschmidt mostrou que era piloto para mais do que um lugar no pódio - tinha potencial para vencer.

FERIDAS E IDIOTICES A sorte bateu-lhe ao retrovisor. Duas vezes. Na penúltima etapa, a 20 de Janeiro, Schlesser tinha a coisa controlada para garantir o terceiro triunfo consecutivo no Dakar, beneficiando do azar do japonês Masuoka, que partira o eixo traseiro. Kleinschmidt estava à espreita do segundo lugar que deu em vitória porque, uma vez mais, Jean-Louis fizera asneira: o francês arrancou para a especial antes de Masuoka quando a ordem era inversa e a organização puniu-o com uma hora por "comportamento antidesportivo". Continhas feitas, com Masuoka a lamber feridas e Schlesser a somar idiotices, Jutta Kleinschmidt tinha a vitória escancarada. E nem a última etapa, de 25 km, na qual o orgulho ferido de Schlesser o fez acelerar pelo lago Rosa fora, iria pôr em causa o brilharete de Jutta Kleinschmidt.

"Isto é simplesmente inacreditável. Mas, pronto, fizemos o que tínhamos a fazer e não corremos quaisquer riscos. Para mim, isto é simples: eu queria vencer o Dakar. Ele [Masuoka, colega na Mitsubishi] perdeu-o ontem ao errar", disse, falando como a engenheira mecânica que é. "O carro estava muito sólido mas não era o mais rápido. A nossa sorte foi não nos termos enganado na rota nem na pilotagem", argumentou.

A CARREIRA Jutta Kleinschmidt entrou no Dakar em duas rodas, em 1998. Seis anos depois mudou-se para os carros e em 1997 tornou-se a primeira mulher a vencer uma etapa no mítico rali. Em 2000 foi ao pódio e em 2001 fez história no feminino.

 

Via Ionline

15
Jan11

Hélder Rodriguez terceiro no Dakar de 2011

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Hélder Rodriguez terceiro no Dakar de 2011

 

O espanhol Marc Coma venceu o rali Dakar pela terceira vez na categoria de motos, depois dos triunfos de 2006 e 2009. Hélder Rodrigues terminou no terceiro lugar, naquela que é a melhor classificação de sempre de um português nesta prova.

Hélder Rodrigues era quarto na geral e, no último dia, beneficou do azar do chileno “Chaleco” López, que teve problemas mecânicos na parte final da "especial" entre Córdoba e Buenos Aires.

O português terminou a última etapa em segundo lugar, a apenas cinco segundos do holandês Frans Verhoeven, e depois ficou a contar os minutos até à chegada de "Chaleco" López.

O chileno tinha 43 minutos e quatro segundos de avanço sobre o português, mas não conseguiu aguentar a vantagem: chegou 29 minutos depois do que necessitava.

Hélder Rodrigues termina assim no pódio, atrás de Marc Coma e Cyril Despres, confirmou o site oficial do Dakar.

Esta é não só a melhor classificação de Rodrigues no Dakar, mas também a melhor de sempre de um português, batendo os quatros lugares do próprio "motard" em 2010 e de Carlos Sousa nos automóveis em 2003.

Ruben Faria também terminou no "top ten", sendo oitavo classificado na geral. Esta é a melhor classificação do algarvio, cujo melhor registo anterior era o 11.º lugar em 2010.

 

Via Público

29
Set10

Os popós de luxo dos senhores das Águas de Portugal

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Já conhecíamos o Senhor dos anéis. Agora, numa altura em que o Senhor deve andar a vender os anéis, ficámos a conhecer os Senhores das Águas de Portugal. E um estranho fetiche por popós topo de gama. Gastam que se fartam.

Este é um daqueles casos que só veio a público porque tudo o que é em demasia acaba por feder. E a água choca sente-se à distância. Resumindo: foi notícia porque apesar das muitas viaturas que as Águas de Portugal (AdP) já possuía para uso de quadros intermédios e gestores em 2010, e tendo em conta a conjuntura em que nos encontramos, estes senhores continuaram a renovar a frota como se fossem correr o Dakar.


E como água não lhes falta, preferiram gastar dinheiro em equipamento automóvel para enfrentar o deserto em que nos encontramos. Foram 34! Novos veículos topo de gama só este ano. BMW´s, Renault, Citroen, etc. À escolha do freguês que a "besta" do contribuinte paga, mesmo que não tenha dinheiro para trocar a sua própria viatura. São400 o número de automóveis em que os senhores das águas se passeiam. E este valor não inclui veículos de trabalho, piquete etc. Estamos a falar apenas dos veículos para os altos quadros usarem como entenderem. Não será um bocadito para o exagerado? Imoral? Absurdo? Vergonhoso?

 

O Ministério das Finanças e o do Ambiente acharam que sim (depois de ter ser noticiado, obviamente) e ordenaram a suspensão de "imediato, em todo o universo de empresas pertencentes ao Grupo Águas de Portugal, o plano de renovação da frota automóvel", abrindo, no entanto, uma porta para "situações excepcionais de carácter urgente e inadiável, susceptíveis de comprometer a eficácia do desempenho operacional da empresa". (fonte DN, citando a Lusa)

 

Mais hilariante é o gasto em gasolina e na manutenção de viaturas. Atente-se: segundo relatório de 2009 só com o popó do Presidente da AdP foi gasta a módica quantia de 12 734 euros, acrescem 2805 euros em combustível. Juntando os valores gastos pelos 5 vogais, dá um total de 71,5 mil euros. Segundo o Correio da manhã "só um dos vogais teve um gasto em combustível de 7186 euros". Que maravilha. Deve ter sido um grande Dakar. Provavelmente ainda fez uma perninha no Mundial de todo o terreno de Marrocos.

 

A AdP usou, só em 2009, 955 mil euros das garantias estatais de 1,47 milhões. Mostra bem a saúde financeira da Empresa. Mas para além deste tipo de regalias, popós, telemóveis, gasolinas, nunca esquecer que a maioria das chefias das empresas públicas tem um vencimento superior a 4 mil euros/mês. E são tantos os chefes. Milhares.Se virarmos uma empresa pública de pernas para o ar eles caem como os trocos do bolso de um arrumador. E normalmente aumentam órgãos sociais enquanto cortam nos trabalhadores (é ir ver ao relatório).

 

E com tudo isto o Ministro das Finanças ainda tem a lata de dizer no Parlamento que não sabe onde cortar? Olhe Sr. Ministro corte na "mama" instalada em tudo o que é empresa pública. Só aí tem muito que cortar.

Via 100 reféns

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