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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

25
Mar12

A crise chegou ao sexo?

olhar para o mundo

A crise chegou ao sexo

 

Contas para pagar, desemprego, falta de clientes, filhos a pedir brinquedos... A crise instalou-se nos lares portugueses e chegou ao quarto - e à cama. Falámos com casais, consultámos sexólogos, terapeutas e médicos e tentámos traçar o diagnóstico: afinal, como é que a austeridade está a afetar a nossa vida sexual? E como é que estamos a lidar com isso?

 

Quando decidiu pedir alteração do horário, a enfermeira Sandra queria mais tempo para investir na relação com o namorado. Cansada de sair sempre às 23h00 do centro de saúde madeirense onde trabalha, farta de não ter vida social e de perder sucessivamente concertos e peças de teatro, colocou a vida pessoal acima das exigências profissionais e aceitou perder quase duzentos euros no fim do mês - garantidos pelas horas de trabalho noturno - para ter tempo para Pedro, professor do ensino primário, que entra às nove e sai às seis. Arrependeu-se. O corte nos subsídios, o aumento da taxa de IRS e a prestação do carro baralharam-lhe as contas do final do mês.

 

Passou a sair mais cedo mas está longe de andar feliz. E o objetivo não foi alcançado: planeia cada vez menos programas a dois e o desaire financeiro fá-la ter cada vez menos vontade de se entregar à intimidade com o namorado. Rondam ambos os 30 anos, são funcionários públicos, não correm o risco de perder os empregos repentinamente e têm a vida pela frente. Mas pensar no futuro tornou-se doloroso. Sobretudo quando o presente não facilita a vida a dois. Pedro tem a matemática em dia e os cálculos feitos: sem subsídios de férias e de Natal, este ano vai perder cerca de quatro mil euros, úteis para pagar o mestrado em que se tinha inscrito e de que entretanto já desistiu. A relação tem quase dois anos, mas tem ultrapassado obstáculos e provações. Resistirá também à crise? «Sem dúvida», diz ele. «Agora damos mais valor ao tempo que passamos juntos.»

 

No entanto, o sexo é mesmo menos frequente. «A Sandra levanta-se às oito da manhã e trabalha o dia inteiro. À meia-noite quer dormir», diz ele. Não se veem todos os dias, mas não desistiram das saídas mesmo que os programas sejam cada vez mais low cost: desde jantar no hipermercado com happy houra partir das 22h30 - «é a única hipótese de continuarmos a jantar fora» até aproveitar as promoções para comprar presentes um ao outro, tudo tem de ser orçamentado e esquematizado. Sandra deixou de viajar e Pedro, natural de Mirandela, pela primeira vez não passou o Natal com os pais e decidiu ficar na ilha. Uma avaria no carro levou-lhe o dinheiro dos bilhetes. As contrariedades da vida diária deixam-nos sem vontade para se entregarem ao prazer, um peso comum a tantos casais nacionais que, sem conseguirem fugir à crise, se deixam afetar e acabam por cortar numa das poucas atividades sem custos, que pode até diminuir níveis de stress e ajudar ao controlo da ansiedade: o sexo.

 

«Quando a vida funcional deixa de ser estável, obviamente vai atrapalhar a vida emocional», confirma a psicóloga e terapeuta de casais Celina Coelho de Almeida. «Quando os casais percebem que não têm dinheiro para pagar as despesas têm de cortar numa série de coisas importantes para a sua dinâmica. As pessoas podem ficar mais fechadas, mais pessimistas e, portanto, menos disponíveis para a relação. E isto provoca um choque e uma readaptação.» Ou seja: um casal com uma boa estrutura, feita de cumplicidade e intimidade, será capaz de resistir a esta turbulência, ainda que momentaneamente possa tirar menos prazer da relação. Se não houver suporte emocional de parte a parte, será difícil para a relação «aguentar estes impactes». «A crise não é motivadora da separação», diz Celina Coelho de Almeida, «mas pode ter um efeito catastrófico».

 

Mas nem todos os casais enfrentam a crise da mesma forma. E se, para uns, o momento económico parece ter erguido barreiras que ainda não se sabe quão intransponíveis se tornarão, para outros a ausência do stress do trabalho parece ter revitalizado a vida a dois. É esse o caso de Maria e de Francisco. Vivem em Lisboa, ela é Relações Públicas, ele piloto de aviação. Quando começaram a namorar, há dois anos e meio, Maria, 33 anos, tinha ficado desempregada há poucos dias. «O tempo foi aproveitado para o romance. Não faltaram dias de praia, jantares à luz de velas na varanda, conversas até às seis da manhã. Sentia-me de férias, não estava desesperada porque sempre juntei dinheiro e tinha noção que durante o verão era improvável arranjar trabalho. E não me enganei: aproveitei o verão todo e só encontrei emprego no outono.»

 

No seu caso, a atividade sexual até melhorou. «Sobretudo a frequência. Preciso de muitas horas de sono, detesto acordar cedo, e às oito da noite já me sinto estoirada, só quero jantar e ir para a cama. Ou seja, durante a semana, quando estava a trabalhar, o sexo não era inexistente, mas era raro. Às vezes parece que tínhamos de combinar quando íamos ter sexo: "No sábado, porque não há energia para mais". Eu pelo menos não aguento o cansaço.» Seis meses depois, Maria voltava ao desemprego. «Nesta época, a frequência sexual era capaz de ser maior. Mais do que o número de vezes que tínhamos sexo, a disponibilidade era outra por não me sentir cansada. Nestas épocas, era quase sempre à luz do dia, altura em que ainda não tínhamos as baterias gastas. Foi uma época ótima, porque passámos muito tempo juntos.»

 

Cada pessoa - e cada casal - encontra uma forma de lidar com a crise. Mas há outros fatores a interferir no estado de espírito. A sensação de projetos adiados, nomeadamente a maternidade, também pode influenciar o desmoronar da vida íntima: as mulheres têm mais dificuldade em lidar com a frustração do desejo de serem mães, ainda que neste campo o cérebro, mais do que a emoção, pareça ditar as escolhas das portuguesas. Já em tempo de crise - e muito associado ao adiamento do casamento e ao prolongamento dos estudos, que favorece uma entrada mais tardia na vida ativa - o declínio da fecundidade é a nota dominante nos estudos mais recentes sobre a situação demográfica em Portugal. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2009, a média de idades das portuguesas que tiveram o primeiro filho foi de 28,6 anos. E o nível da taxa de fecundidade entre os 35 e os 39 anos tem vindo a aproximar-se da do grupo dos 20 aos 24. Por outras palavras, os portugueses têm filhos cada vez mais tarde. E cada vez menos filhos.

 

Graças à contraceção, a redução do número de nascimentos pode não estar diretamente relacionada com a frequência sexual dos portugueses, mas não deixa de ser um barómetro a considerar. E se, em tempos antigos, a crise motivou um baby boom pela falta de distrações e ausência de tecnologias que hoje absorvem grande parte da nossa atenção, atualmente a situação é bem diferente: o risco calculado e o planeamento familiar impedem gravidezes que, em épocas de contenção forçada, podem ser fonte de despesas a evitar. Os únicos dados disponíveis até à data sobre 2011 referem-se aos testes de diagnóstico precoce de doenças metabólicas, o vulgar «teste do pezinho». Os números divulgados pelo INE confirmam as expetativas: apenas 97 112. Desde 1960, quando se iniciou a contabilização rigorosa de nados-vivos em Portugal, apenas dois anos tiveram menos de cem mil nascimentos: 2009 e 2011.

 

Ainda assim, o ideal é não desesperar e acreditar que a pirâmide etária nacional ainda tem salvação. Porque 2012 ainda tem uns quantos bebés para registar. Que o digam João e Teresa, empresários na casa dos 40, a viver em Cascais, que foram surpreendidos com mais uma gravidez. Teresa está à espera do terceiro filho do casal, numa altura em que o trabalho aumenta e a atividade sexual diminui. «Como empresários, e com um negócio e colaboradores para pagar, a dedicação é cada vez maior», diz João. «A crise tem-nos obrigado a trabalhar mais para manter os negócios em crescimento, o que não é fácil. A falta de tempo é o maior fator, mas também o cansaço. Logo, o clima de romance por vezes não é o mais propício e a atividade sexual diminui», lamenta, embora garanta que, apesar do cansaço, parte também do casal fazer um esforço adicional. «É obrigatório que o casal se reinvente, largue as crianças num fim de semana e passeie. As tarefas diárias dão cabo do estofo de qualquer um e o apetite sexual é obviamente afetado. Às vezes estamos os dois em casa, com os portáteis no colo, a trabalhar às 23h30 com os miúdos a dormir, em vez de nos deitarmos cedo, namorarmos e podermos dormir umas boas horas. O que nos safa é que temos consciência disso e combatemo-lo de uma forma positiva. Com umas aventuras esforçadas, umas saídas de fim de semana, um jantar romântico.» como o último que tiveram, que deu origem ao terceiro filho, que deverá nascer em abril.

 

Mas nem todos se podem dar ao luxo de ter três filhos. Ou dois, sequer. O dinheiro a menos obriga a muitas contenções de despesas. E quando os fundos faltam, dificilmente sobram recursos para consultar um especialista e iniciar a terapia de casal que pode dar uma ajuda. «Pontualmente, tenho um caso ou outro que acaba por não ter capacidade para levar até ao fim o processo terapêutico», diz Celina Coelho de Almeida. A sexóloga Marta Crawford sente o mesmo problema: «Muitos casais começam a espaçar as sessões, dizem que não têm capacidade para vir com tanta regularidade.» A preocupação sobre os problemas financeiros veio influenciar a disponibilidade para o sexo, e apesar de procurarem soluções para a quebra na intimidade, «há quem chegue e diga logo à partida que está desempregado, mas precisa imenso de vir», acrescenta Marta Crawford. «E perguntam se eu faço um desconto.»

 

Nem sempre a terapia acaba por salvar o casamento, porém. Possivelmente porque já não havia grande volta a dar. E a crise acaba por ser pretexto para pôr fim a uma relação que já não funcionava: as preocupações com o lado mais prosaico da vida servem muitas vezes de desculpa para o afastamento do casal. Mas, se não for esse o caso, «há sempre alternativas», diz Marta Crawford, mesmo que seja preciso inventar programas para substituir as escapadelas de fim de semana ou os jantares a dois no restaurante favorito. «Há pouco tempo um casal dizia-me: "Não temos dinheiro para viajar, para jantar fora, para ir ao cinema, estamos amorfos em casa a olhar para a televisão." É este espírito depressivo que temos de tentar combater.» Até porque o sexo pode ser terapêutico: «Durante a atividade sexual libertamos uma série de neurotransmissores que nos fazem sentir bem, que fazem que as pessoas se sintam mais próximas, logo, mais capazes de vencer os obstáculos», explica a especialista.

 

Isabel e Duarte, residentes em Almada, viveram alguns destes constrangimentos na pele. «Em sete anos o meu marido esteve cinco anos desempregado», diz Isabel, 45 anos. «O facto de não haver disponibilidade monetária para fazer coisas de que se gosta ou para nos cuidarmos faz que tenhamos menos vontade de socializar, seja a que nível for. Num primeiro momento, há tanta coisa que preocupa que nem nos lembramos que era bom ter vida sexual», admite. Ainda assim, Isabel acredita que é possível remar contra a maré, embora tenha noção da dificuldade de manter a libido a funcionar.

 

«A individualidade de cada um é muito importante porque, apesar de muito unidos, cada um tem as suas coisas e podemos partilhar o que vivemos em comum.» Ao fim de trinta anos de casamento, Isabel garante que «existem mil maneiras de reacender a paixão e colocar a libido a funcionar. Mas tem de ser a dois. «Temos um espírito aberto, mantemos as nossas amizades, saímos juntos e separados, não temos crianças, nunca dormimos separados. E além disso, gostamos de sexo...», diz a rir. «Amar não custa dinheiro, além de que podemos sempre receber muito em troca.»

 

O princípio faz sentido e as palavras são sábias, mas será que os dois elementos do casal pensam da mesma forma? E os homens, sentem isso de maneira diferente das mulheres? Marta Crawford acha que não. «O homem é mais pragmático na sexualidade e consegue pôr mais rapidamente os problemas de lado, mas nem sempre. As mulheres talvez sejam mais complicadas.». No entanto, segundo o sexólogo Júlio Machado Vaz, um despedimento ou despromoção normalmente faz que seja o homem o mais afetado na sua sexualidade. A razão? Os estereótipos clássicos. «Os homens, sobretudo os mais velhos, sentem a situação como uma ameaça à sua virilidade e estatuto de chefes de família. Acresce que costumam ter mais dificuldades em abrir-se sobre os seus problemas», explica o psiquiatra. «O número de queixas vem subindo e com elas os efeitos sexuais colaterais. Há pessoas que me referem, surpresas, que já não se lembram de pensar em sexo.»

 

A situação não se vive apenas em Portugal. Já em fevereiro de 2009 a revista brasileira Época dava conta de uma investigação realizada nos EUA, segundo a qual 62 por cento das mulheres norte-americanas apontava a crise como responsável por a vida sexual ter piorado. No ano anterior, no Canadá, 12 por cento dos inquiridos numa sondagem admitiam ter tido um casamento desfeito devido a «motivos financeiros» nos seis meses anteriores. Em Londres, uma pesquisa realizada com operadores e corretores da Bolsa de Valores mostrou que 79 por cento deles acredita que o risco de o seu casamento acabar aumenta durante períodos de recessão. E em Wall Street, o problema atingiu proporções tais que foi criado um Dating a Banker Anonymous - «Namoradas de Financeiros Anónimas», numa tradução literal. Segundo o The New York Times, o grupo pretende levar as chamadas «viúvas de Wall Street» a partilhar o abandono emocional e sexual que sentem.

 

Apesar de o stress ser mais frequente em pessoas que trabalham no mundo financeiro, devido ao desgaste psicológico, a verdade é que a sombra do desemprego e das reduções salariais tem sido um fator determinante nos últimos tempos, precisamente devido à ligação que muitos homens continuam a teimar fazer entre salário ganho e virilidade.

 

«As disfunções da libido têm muito que ver com o humor da pessoa», diz José Palma dos Reis, chefe de serviço de Urologia do Hospital Santa Maria. «Mas o conceito de "disfunção sexual" é muito lato e envolve várias situações: disfunção da libido, disfunção erétil e disfunção orgásmica.» No atual contexto de crise, em que o stress pessoal tende a atingir níveis elevados, «será de esperar uma disfunção da libido: «O stress, e sobretudo a depressão, manifestam-se por via desta disfunção.» Mas não é preciso fazer soar os alarmes. Geralmente esta disfunção e a erétil não têm de estar relacionadas - ao contrário do que muita gente pensa. Além disso, «a disfunção erétil pode ser tratada com medicamentos».

 

Nestes casos, no entanto, Palma dos Reis considera «normal e expetável que haja um agravamento dos casos existentes, porque muitas vezes os pacientes não têm capacidade de pagar os medicamentos». Quatro comprimidos custam cerca de quarenta euros, um valor proibitivo para muita gente nos tempos que correm.

 

Quintino Aires é sexólogo, leva 22 anos de consultas, e não tem dúvidas: «os homens são os mais afetados por estas preocupações. Numa mudança financeira, social e económica, as mulheres começam rapidamente a utilizar a lógica. Os homens sentem-se mais perdidos». Por isso, em terapia, são sobretudo as mulheres quem relata a procura de sexo - nem sempre com o companheiro - para aliviar e esquecer as preocupações. Curiosamente, apesar da crise, no último ano e meio o sexólogo registou um aumento das consultas com queixa de natureza sexual. «Num olhar rápido, o sexo serve para dar prazer, mas não só. Serve para criar intimidade naqueles dois adultos que são diferentes. Se ela existir, então uma despromoção, uma empresa a falir, os bancos que deixam de dar crédito... tudo isso faz o casal esforçar-se e inventar alternativas. Se não, a probabilidade de a relação quebrar é muito maior», explica.

 

A situação de Eduardo e Rita, com 48 e 39 anos, não é muito diferente. Vivem em Bragança e ainda não pensaram na terapia, talvez por estarem mais longe dos grandes centros urbanos. Mas vivem o dia a dia com a sensação de «quem anda a contar tostões», sobretudo desde que a empresa de venda de material informático de Eduardo desceu abruptamente na faturação. «Tínhamos uma vida sexual normal», diz Rita, administrativa numa instituição de ensino, «mas agora chega-se ao fim do dia e o sexo não apetece». Eduardo, cansado das deslocações entre clientes que as vendas lhe vão exigindo, preocupado com o futuro dos colaboradores da loja, confessa-se «cada vez mais descontente», mas reconhece que é necessário deixar os problemas à porta de casa «antes que a vida familiar desmorone».

 

Têm dois filhos, uma rapariga de 3 e um rapaz de 9 anos, que também não ajudam a aliviar as tensões. «Todas as tardes, quando vou buscá-la à escola, a conversa é sempre a mesma: "Mãe, compras-me uma coisa?" Já lhe disse que tem de cortar a palavra "compras" do dicionário.» Juntos há cerca de 15 anos, o casal ainda não perdeu a ligação forte que os une, mas o sexo é quase forçado, «como se decidíssemos que temos de sair um bocadinho deste mundo de problemas e de crise», diz Eduardo. Antes, quando levávamos as coisas de forma mais descontraída, não era assim.»

À noite, depois de deitarem as crianças, reconhecem que lhes sobra pouco tempo para porem a conversa em dia e os poucos minutos em que se sentam no sofá servem para ver o noticiário da noite ou a primeira parte de um filme que esteja a começar. Um erro grave que a sexóloga Marta Crawford aponta todos os dias aos casais que recebe: «É preciso desligar a televisão! Primeiro, porque se poupa na conta da eletricidade, e depois porque a TV ocupa demasiado espaço na vida das pessoas. Quem adormece no sofá a fazer zapping não vai dali para a cama ter um momento de intimidade.»

 

Pelo menos neste quesito, João e Teresa, o casal de Cascais, parece estarem no bom caminho. «Uma vez por semana, religiosamente, vemos um filme e vamos para a cama cedo», diz João. O resto acontece naturalmente.

 

*Todos os nomes de casais desta reportagem são fictícios, a pedido dos próprios

 

Via JN

12
Jan12

Acabou-se a vergonha: o senhor Catroga vai ganhar 45 mil Euros por mês

olhar para o mundo

"O economista Eduardo Catroga vai ganhar um salário de 45 mil euros/mês, ou seja mais de 639 mil euros anuais, enquanto presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, avança o "Correio da Manhã. Catroga acumulará este salário com uma pensão de 9.600 euros.In Expresso


Eu espero que isto seja uma brincadeira. Sinceramente, como cidadão deste pequeno país de valores invertidos, anseio que alguém desminta categoricamente esta informação. Não pode ser verdade. Andou esta alminha economista a negociar com a TROIKA aquilo que estamos a sofrer na pele, entre aumentos de impostos e corte de direitos sucessivos, chegando às privatizações que se julgavam necessárias para ir agora, despido do fato de TROIKISTA cobrador do fraque style, ir receber 45 mil euros, REPITO: 45 mil euros por mês! numa empresa que o mesmo ajudou a definir como um dos alvo a privatizar? Mas o que é isto?

 

Mas o mais grave vem a seguir, senão veja-se:

 

"Questionado pelo jornal, o ex-ministro social-democrata garantiu que metade do que ganha vai para impostos: "50% do que eu ganho vai para impostos. Quanto mais ganhar, maior é a receita do Estado com o pagamento dos meus impostos, e isso tem um efeito redistributivo para as políticas sociais", disse Catroga ao jornal."

 

Ora bem, quer que eu chore senhor Catroga? Diga-me, por favor, que não foi capaz de proferir tamanha alarvidade em forma de justificação que acabei de transcrever. Porque a ser verdade que o disse, não só é grave como é um total desrespeito por quem trabalha e paga impostos. Ou julgará o senhor que é o único que os paga? "Quanto mais ganhar mais vai para o ESTADO?" Mas será que estes senhores já nem se dão ao trabalho de parecer que têm um réstia de bom senso cada vez que abrem a boca?

 

Olhe senhor Catroga e se fizéssemos antes desta forma: guarde a sua reforma dourada de 9600 euros por mês, calce umas pantufas e remeta-se ao silêncio. Porque para mim é mais reconfortante saber que o Estado não lhe fica com 50% do vencimento se isto só por si me garantir que o senhor não está a auferir os outros 50%. Prefiro viver num país pobre do que num sem vergonha.


Via Expresso

28
Mar11

Crise política e crise de género. Onde estão as mulheres?

olhar para o mundo
Crónicas de uma Muçulmana - Crise política e crise de género. Onde estão as mulheres?

 

O poder político tem de ser verdadeiramente democrático, e as mulheres têm, por razões sociológicas e culturais, um campo de visão muito mais alargado, em virtude das suas inúmeras valências e potencialidadesIsto faria a diferença. E será que podemos? Eu digo: "YES, WE CAN". 

Já percebemos que vamos mesmo ter de pagar a crise e que vai sair de nossos bolsos. Erros cometidos desde o tempo de António Guterres, Ferro Rodrigues, Manuel Barroso, Santana Lopes, e finalmente, Sócrates.

Governos de maioria, governos de coligação, governos de pouca justiça, muita corrupção e gastos inadmissíveis. Auto-estradas e mais auto-estradas, rotundas a mais com esculturas de péssimo gosto, estádios de futebol de luxo, abandonados. Ah, e os amigos que acabam por ser colocados em lugares de topo de empresas a ganhar vergonhosas fortunas num país que corre com as cuecas na mão a pedir ajuda internacional.

Há descrédito sobre os políticos, na política; com efeito, no Estado Português. Novamente eleições. Que candidatos temos? Os mesmos de sempre. Os mesmos mentirosos, ladrões, corruptos, imorais, e com aspirações eminentemente napoleónicas. Paulo Portas preconiza bem essa imagem que deixou sair no seu discurso eloquentemente vazio de propostas para um Portugal renovado.

Não me importo de fazer mais sacrifícios. Sou até defensora de que nos piores momentos da vida, o ser humano tem uma capacidade de criatividade positiva tal, que dá a volta como nunca pensaria poder. Sou filha de diásporas de imigrações sucessivas e a comunidade e família de que faço parte tem tido sucesso, viveu inúmeras crises.

O problema é que não me revejo representada em nenhum dos potenciais candidatos a chefe de governo. Já todos mostraram ou que não prestam bem o serviço, ou que estão rodeados de abutres velhos da politica, ou são mentores de ideologias de regimes obsoletos e ultrapassados.

O mais grave disto tudo é que não vejo mulheres! Não há mulheres a dar a cara! Não aparecem como potenciais candidatas? Não há? Claro que há! E com muitas capacidades e competências de profissionalismo, carácter ético e sentido de moral social, do dever para a causa pública. Mais indiferentes aos jogos de poder e de favores a "amigos"; acima de tudo, preocupadas com o amanhã das novas gerações que elas mesmas reproduzem, cuidam e são, regra geral, por isso mesmo, as que mais se preocupam e sofrem as discriminações de inferioridade no papel e nas remunerações. Não é invenção. Inúmeros estudos já o provaram.

Numa verdadeira democracia, metade dessa demos está subalterna, detrás de "napoleões". Apagadas das luzes do mediatismo. Se me aparecesse uma Maria de Belém como candidata, entre mulheres de outras cores políticas, ou mesmo mulheres da sociedade civil, que soubessem escolher bem os seus consultores políticos e económicos, o nosso cenário de opções seria muito diferente. E tenho a certeza, o debate e a vontade de votar muito maior.

Porque o poder político tem de ser verdadeiramente democrático, e as mulheres têm, por razões sociológicas e culturais, um campo de visão muito mais alargado, em virtude das suas inúmeras valências e potencialidades. E isto faria a diferença. E será que podemos? Eu digo: "YES, WE CAN".

 

Via Crónicas de uma Muçulmana

26
Jan11

Almoço bom e barato

olhar para o mundo

Almoço bom e barato

 

Faça as contas. Quanto dinheiro gasta com os almoços à base de bitoque, massas com molho três queijos, hambúrgueres e, nos dias de extravagância, sushi? Se conseguir a proeza de pagar 7 euros por dia - esforço digno de um atleta de triatlo - são 140 euros por mês. Mas há mais um factor nesta equação alimentar: poder escolher o que come. A dietista Eduarda Alves, directora da Clínica dos Alimentos, defende que é uma escolha mais económica e mais saudável. "Podemos seleccionar o que comemos, fazemos combinados mais saudáveis, em vez de batatas fritas, levamos uma salada ou arroz. E sabemos como foram preparados os alimentos", diz ao i. Nós acrescentamos: até pode recordar os bons velhos tempos da infância quando levava um termo do Snoopy. 

Se passar no Parque das Nações, em Lisboa, na hora do almoço num dia de sol, vai reparar que há cada vez mais pessoas a almoçar na rua. De fazer inveja às senhoras nova-iorquinas que bebem café a escaldar enquanto comem e correm. Sinal dos tempos? "Vejo cada vez mais pessoas no Parque das Nações a comerem como eu. Almoço com duas colegas e trago comida de casa há um ano e meio", explica Susana Pinto, assessora de comunicação, de 28 anos. As vantagens são óbvias: "O facto de ter de pensar no que se vai comer dá outro nível de consciência. Quando comemos por impulso, cheios de fome, caímos nas escolhas menos saudáveis. Além disso, aqui não consigo comer por menos de nove euros." Susana já testou quase todos os restaurantes das redondezas e nada se compara à ementa caseira. Apesar de não ter microondas no trabalho, o termo resolve tudo. "Trago sopa, outras vezes saladas ricas, com ananás, camarão, rúcula, tomate." Susana Pinto reconhece que por vezes é chato andar com saco, talheres e comida, mas compensa. E há sempre um dia da semana para ir ao restaurante. 

Mafalda Afonso, de 27 anos, também faz parte do clube e diz que esta é a melhor forma de "nos safarmos da fast food". "É engraçado ver todo o tipo de marmita e há pessoas que as levam camufladas em sacos de lojas de roupa", diz a delegada comercial. O hábito ficou-lhe dos tempos de estudante e ainda hoje leva a comida que a mãe faz ao fim-de-semana. Quando não é possível, opta por saladas, massas ou peixe cozido com vegetais.

Ao contrário de Mafalda, que já fazia da marmita um hábito, Carla Carromeu, de 28 anos, começou a levar almoço apenas quando sobrava qualquer coisa do jantar. O cardápio parece ser unânime: saladas e sopas. Transportá-las é muito fácil, garante Carla, que trabalha no departamento de marketing de um banco. "Trago a comida em tupperwares e em sacos. Mas nas malas das mulheres cabe quase tudo." À laia de conselho, fica o recado: "Usem caixas quadradas ou rectangulares, são mais práticas." 

Marta Cristiano dá outro conselho: "Habituar-se a cozinhar a mais para ter restos para levar na marmita." A designer está habituada a almoçar em tupperwares e diz que todas as comidas servem. "Desde bacalhau à Brás ou com natas, empadão de carne, caril de frango, arroz de pato, todo o tipo de sopas, frango guisado com massa, ovo mexido com arroz..." Há seis anos que deixou de ser cliente de restaurantes à hora do almoço. "Comecei quando fui trabalhar para a Rua Garrett, a ganhar o ordenado mínimo nacional (na altura 374 euros) e ainda tinha de pagar transportes. Não era comportável comer em restaurantes." Mas Marta, 29 anos, abre-nos o apetite. "Saber a qualidade do que estou a comer é importante. Muitas vezes uso legumes do quintal dos meus pais e frango criado nos galinheiros da minha avó." Convencido? Ah! E não tema ser mal visto pelo seu chefe. Conhecemos relatos que provam que não será discriminado. Aqui fica um exemplo: chefe convida colaboradora jovem para almoçar fora. A profissional recusa o convite, pega na lancheira da Hello Kitty e dirige-se para a copa. Não foi despedida. Garantimos.

 

Via Ionline

13
Jan11

Comparar preços de medicamentos

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Infarmed cria aplicação para comparar preços de medicamentos

 

Pesquisar todos os medicamentos com a mesma substância activa, ver o resumo das suas características e comparar os preços entre as diferentes marcas tornou-se um processo simples. A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) criou uma nova aplicação denominada “Pesquisa Medicamento” que está disponível no site da autoridade e que permite consultar toda a informação sobre os medicamentos disponíveis em Portugal.

 

Segundo o Infarmed, o objectivo desta nova funcionalidade do site é “centralizar os conteúdos já existentes e permitir o acesso facilitado do cidadão à informação essencial sobre medicamentos, nomeadamente o seu preço”.

A aplicação permite fazer pesquisas pelo nome do medicamento, substância activa ou número de registo e conhecer todos os fármacos que existem com o mesmo princípio. Está também disponível o Folheto Informativo do mesmo e o Resumo das Características do Medicamento.

“Através da Pesquisa Medicamento é possível também conhecer os encargos para o utente de determinado medicamento e quais as alternativas mais baratas”, refere o Infarmed, que disponibiliza também a linha 800 222 444 para esclarecimento de dúvidas sobre este assunto e pedidos de informação sobre medicamentos e produtos de saúde.

 

Via Público

12
Jan11

Salão Erótico do Porto vai mostrar como se fazem filmes para adultos

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Salão erótico do porto

 

Os visitantes do Salão Erótico do Porto vão poder assistir à gravação de filmes para adultos "e, até, participar como figurantes", anunciou hoje a organização do evento, que decorre entre 3 e 6 de fevereiro, no pavilhão Multiusos de Gondomar. Para o efeito, o Salão Erótico do Porto abrirá o designado "Estúdio X", onde o cineasta Carlos Resa recriará todos os detalhes de um set de filmagens de uma fita de sexo explícito.

"Aquilo vai ter atores que fazem habitualmente filmes pornográficos e vai ser lançada uma campanha junto das universidades para se ver se alguém também quer fazer parte", explicou à Agência Lusa o relações públicas do evento, Francisco Freixinho.

Público pode participar

 

Do público em geral, quem quiser pode assistir ao vivo à gravação de um filme, "sem perder qualquer detalhe ou ângulo, e até participar como figurante", adiantou.

Este ano em 4ª edição, o Salão Erótico do Porto contará com sete áreas temáticas, sete palcos, mais de 80 artistas, centenas de espetáculos e dezenas de expositores "que apresentarão todo o tipo de artigos essenciais para um mais excitante dia de São Valentim" - Dia dos Namorados. "Vai ter mais palcos, animação mais constante, artistas que nunca cá vieram", sintetiza Francisco Freixinho.

No evento colaborarão estrelas porno portuguesas como Ana Monte-Real, Ângelo Ferro, Erica Fontes e Sylvie Castro e estrangeiras como Ginger Hell (Rússia), Ana Rock (Espanha), Romina (Brasil), Rafa Garcia (Cuba) e Rob Diesel (Suécia), assim como Claudia Claire, artista checa que tem desenvolvido a sua carreira em território espanhol.

Muita oferta para os visitantes

 

Os visitantes poderão participar em aulas de sedução, consultar uma sexóloga, relaxar com uma massagem tântrica, ousar conhecer o mundo swinger ou visitar a área fetiche.

"É uma edição que promete fazer esquecer qualquer crise", ironiza Francisco Freixinho, acrescentando que as pessoas "precisam deste tipo de situações para esquecer um bocado as coisas que já aí estão e as que aí vêm".

A organização estima que o certame seja visitado por 15 mil pessoas e, caso se repita o sucedido no festival similar de Lisboa, confirmar-se-á que "há cada vez mais mulheres a visitar os salões", conclui o relações pública do Salão Erótico do Porto.

 

Via Expresso

15
Dez10

Como poupar 218 euros por ano em electricidade

olhar para o mundo

Como poupar na electricidade

 

Uma família portuguesa típica, com um consumo mensal de eletricidade de 3,45 kVA, pode poupar até 218 euros anuais passando a lavar roupa e louça depois das 22:00, desligando a TV e a box do cabo e usando lâmpadas economizadoras.

Os cálculos são da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que define uma família típica como sendo um agregado familiar com um filho e um consumo de 3,45 kVA (Quilovoltamperes), o que se traduz em 37 euros (preços de 2011) quando esta se encontra na tarifa simples.

Caso opte pela tarifa bi-horária, estima a ERSE, a poupança traduz-se logo em cerca de 4 euros por mês. Se a mesma família passar três ciclos de lavagem de roupa e três de louça por semana para depois das 22:00, ou seja 10 por cento do seu consumo para o período noturno, a redução total por mês será de 6 euros.

O regulador especifica que passar cinco ciclos de secagem de roupa por semana para depois das 22:00 equivale a uma poupança anual de 45 euros, enquanto passar os mesmos cinco ciclos mas na lavagem da roupa equivale a uma poupança de 36 euros/ano.

Já lavar a louça sete dias por semana depois das 22:00 corresponde a um corte de 50 euros na fatura anual.

A maior poupança pode vir, no entanto, de desligar a televisão e a caixa associada aos canais por cabo. Evitar que estes dois aparelhos fiquem no stand-by resulta em 55 euros na fatura anual de eletricidade. Por outro lado, trocar cinco lâmpadas incandescentes de 60 watts por lâmpadas economizadoras resulta numa poupança de 32 euros.

A ERSE anunciou hoje um aumento de 3,8 por cento nas tarifas da eletricidade para os domésticos, que no caso desta família típica corresponde a um aumento anual de 18 euros.

Uma fatura mensal média de 36,66 euros inclui mais de 21 euros em custos associados aos custos de decisão política, especialmente as energias renováveis e a co-geração, bem como o custo das redes de transporte de energia.

O regulador também comparou os preços da eletricidade em Portugal com a média da União Europeia, com a média da Zona Euro e com Espanha.

No primeiro semestre de 2010, de acordo com dados do Eurostat, os clientes domésticos em Portugal pagavam 8,7 por cento abaixo do preço em Espanha, 2,6 por cento menos que a média europeia e 8,2 por cento menos que a média da zona euro.

Já a indústria portuguesa, refere a ERSE em relação ao mesmo período mas sem considerar o IVA, pagava 14,5 por cento abaixo do que pagam as indústrias espanholas, menos 7,4 por cento que a média da UE e menos 10,9 por cento que a média da zona euro.

 

Via Ionline

07
Dez10

Natal em tempo de crise

olhar para o mundo

Natal em tempo de crise

 

A família Matos começou a dar presentes só aos solteiros da família há cinco ou seis anos. "Não é nada contra o casamento. Mas o Natal é para eles, para os mais novos", explica Amílcar, o patriarca, acrescentando: "E assim sempre se poupa muito dinheiro. O Natal tornou-se uma época deconsumismo." 

Uma das forma de gastar menos dinheiro no Natal, e continuar a manter as tradições familiares, é optar por dar presentes até uma certa idade: nesta época o significado das ofertas é maior para as crianças do que para os adultos; estabelecer uma idade-limite evita que se troquem vários presentes de baixo valor que muitas vezes nem representam o espírito de Natal.

Desta maneira, este ano a família Matos não vai gastar mais nem menos do que em anos anteriores. Ao contrário da maioria dos portugueses, que prevêem gastar 575 euros em compras de Natal este ano - valor que reflecte uma descida de 6% em relação a 2009, de acordo com um estudo da consultoraDeloitte apresentado em Novembro. As medidas de austeridade adoptadas pelo governo e asdificuldades financeiras parecem ter sido o motivo para o orçamento de Natal diminuir em 2010. Apesar disso, a redução do orçamento familiar nacional é bastante inferior à média de outros países europeus também afectados por restrições orçamentais, nomeadamente a Grécia e a Irlanda. De acordo com o "Xmas Survey 2010", a diminuição das despesas com as festas natalícias é de 21% na Grécia e de 11% na Irlanda.

Margarida Lopes, 25 anos, há vários Natais que oferece saquinhos com biscoitos aos amigos. "Como sempre, haverá bolos feitos por mim para todos. Mas a lista de presentes de Natal vai ser mais curta: mais presentes partilhados e todos eles mais baratos", explica ao i

Procurar alternativas para reduzir a despesa em época de crise - e apesar do subsídio de Natal - parece ser imperativo. Na hora de comprar, é essencial já ter cumprido uma das tarefas mais importantes: organizar a lista de pessoas a quem comprar presente. Depois de saber a quem vai oferecer presente de Natal, é importante definir um preço máximo por cada prenda: estabeleça preços razoáveis e procure combinar com os outros membros da família valores-limite para que ninguém os ultrapasse.

Uma forma mais económica de fazer a festa é planear o acontecimento: com maior antecedência, é possível pensar em alternativas de presentes feitos em casa. Se souber costurar e fazer malha, pode oferecer camisolas, toalhas, colchas. Agendas e calendários são outra alternativa para quem tenha jeito para os trabalhos manuais.

VENDER PARA COMPRAR A sua lista de Natal parece não ter fim? Opte por dar lembranças - a preços mais baixos - em detrimento de presentes muito caros (e guarde-os para os aniversários). Se os seus filhos já forem crescidos, decerto há brinquedos que pode tentar vender online ou a amigos e familiares: com a venda dos presentes mais antigos vai conseguir poupar para os deste ano. 

Outra alternativa é o "familiar secreto", um sorteio com papelinhos em que cada membro da família tira um e oferece um presente apenas a essa pessoa. Se não tiver mesmo orçamento para este Natal, não desespere: troque prendas por promessas. Ofereça-se como babysitter enquanto os seus tios ou amigos vão ao cinema ou então encarregue-se de ir ao supermercado durante um mês para os seus pais ficarem livres da ida às compras. Se estas dicas não chegam para diminuir o suficiente os gastos deste ano, seja mais precavido em 2011. Depois deste Natal compre um mealheiro em saldos (as promoções começam imediatamente a seguir ao dia de Natal) e comece a poupar já para o Natal do próximo ano.

 

Via Ionline

17
Nov10

Como passar o Natal sem gastar dinheiro

olhar para o mundo

A situação não é para brincadeiras. O Pai Natal também está falido e tornou-se mendigo.

Ainda assim o Natal não deixa de ser uma época especial em que nos lembramos de quem mais amamos e é por isso que, mesmo com as dificuldades que se avizinham, não podemos deixar de o passar em harmonia com todos aqueles que nos são mais queridos.

Nem o Pai Natal vai conseguir fugir à crise
Nem o Pai Natal vai conseguir fugir à crise

Se o Pai Natal está na miséria, vamos ajudá-lo.

Cinco sugestões para poupar (e muito) na quadra


1º Junte-se com os seus e peça a cada um que traga alguma coisa que se coma;

2º Não gaste um cêntimo com as decorações. Procure na arrecadação os enfeites de Natal dos outros anos e volte a utilizá-los;

3º Certamente que tem algumas velas novas nas gavetas. Ou então acenda as que já foram usadas. Não vai precisar de comprar mais apenas por uma noite;

4º Não vá para aquelas filas intermináveis dos hipermercados na época de Natal. Procure a mercearia lá do bairro ou da terra da sua mãe e compre exclusivamente o essencial;

5º PRENDAS? Poupar aqui é o mais fácil: Estabelece desde de logo um lema para toda a família respeitar. Por exemplo: "Dar as prendas mais originais sem gastar dinheiro";

Seis exemplos de prendas de borla...


1º Não tem lá para casa uma colecção de CDs que já não ouve? Então despache-os e ofereça-a ao primo, tio ou outro membro da família que sempre os cobiçou. Aproveite e junte esta mensagem original: "Disseste-me uma vez que adoravas esta colecção, é com todo o carinho que me lembrei de ti";

2º Porque não recorda o croché e o põe em prática umas semaninhas antes do Natal, fazendo uns cachecóis para as suas primas? E depois diga com aquele ar feliz e contente: "Fui eu que fiz";

3º Se houver crianças, porque é que não combina com as outras mães e fazem-nas trocar brinquedos entre si? O que era do outro, o seu filho ia adorar certamente. As crianças gostam e cobiçam sempre aquilo que é do outro e que não têm. (Os adultos também, mas isso é outra história);

 

4º Se há quem tenha cães, ofereçe um cartão, criado por si, com contactos úteis de hotéis e outros serviços de norte a sul do país para os amiguinhos de quatro patas;

 

5º Se for um cibernauta habitual, versátil a navegar e a descobrir coisas naInternet, pode sempre criar uma prenda muito especial: Dedicar umblogue a alguém muito querido. Com fotos, vídeos e mensagens únicas. Depois de o oferecer, pode sugerir que a pessoa continue a alimentar esse blogue;

 

6º Se for versátil com tecnologia e edição de imagem surpreenda toda a família com um vídeo feito por si. Uma produção que contenha fotos e vídeos antigos, que todos vão adorar recordar. Faça cópias em CD ou DVD e ofereça a todos os membros da família.

..mais um, mas imaterial


Você gostaria tanto de oferecer uns bilhetes para uma peça de teatro à sua mãe ou avó mas, infelizmente, o teatro nem sempre é acessível a todas as carteiras, principalmente no período de crise que atravessamos.

É por isso que aqui lhe deixo outra alternativa. Esta certamente que toda a família vai adorar ter na noite da consoada.

Junte alguns elementos da família e preparem vocês mesmo diversos números para apresentarem uns aos outros, como se de uma peça de teatro se tratasse. Vai ver que os vizinhos ainda lhe batem à porta para querer assistir.

Como fazer então esse show de variedades?

- Uns podem cantar;

- Outros podem dançar;

- Há sempre aqueles que sabem contar anedotas (atenção, só são válidas as de bom gosto e sem brejeirices);

- Outros pode muito bem declamar poemas ao som músicas bonitas que um outro elemento da família toque;

- Depois não se esqueça que há ainda a possibilidade de alguém poder preparar um número especial com o cão ou o gato da casa. Já pensou como era divertido?

Seria um espectáculo digno de uma noite em família em que você mesmo poderia brilhar, mostrando os seus dotes e incentivando os seus cunhados, irmãos, primos e tios a fazerem o mesmo. Pense nisso;

A melhor prendas de todas


Nos dias que correm há certamente uma prenda que todos nós gostaríamos de receber das pessoas que amamos:Um voucher de tempo. Sim, leu bem: o tempo é actualmente é um dos bens mais preciosos do mundo, já que praticamente ninguém o tem.

Faça da seguinte maneira: Escreva num cartão elaborado por si a frase:  "Voucher de 24 horas do meu tempo só para ti".  Com disponibilidade e marcação prévia. Verá que a pessoa que o receber vai ficar imensamente feliz. Mas lembre-se: essas 24 horas são para passar realmente dedicadas a quem as ofereceu, sem telemóveis, computadores ou o que quer que seja que roube um segundo dessa prenda que deu quem ama.

Recuperar o (verdadeiro) espírito natalício


Já viu agora quantas soluções existem para passar um Natal sem gastar praticamente um cêntimo?

Lembre-se que poupar dinheiro é a melhor atitude que podemos ter para este Natal, mesmo que estejamos bem empregados e tenhamos um bom subsídio de Natal.  Até porque 2011 vai ser bem penoso e convém começar já a poupar.

Posto isto, embora ainda seja um bocadinho cedo, resta-me deixar este vídeo e desejar a todos um FELIZ NATAL!

Santa Claus Singing Jingle Bells, His Favorite Christmas Song

 


 

Via A vida de saltos altos

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