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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

06
Abr11

Berlusconi privatiza Coliseu de Roma

olhar para o mundo
Berlusconi fez o negócio dos próximos 15 anos: colocou na mão de privados ao restauro do Coliseu romano
 

Coliseu romano, um dos monumentos mais visitados em todo o mundo, vai ficar nos próximos 15 anos em mãos de privados. Em troca da manutenção dos trabalhos de restauração do edifício milenar, o edifício em Roma vai ficar sob gestão do empresário Diego della Valle, dono da empresa de sapatos Tod's. O contrato é renovável e exclusivo e foi celebrado com o apoio do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.

Deste modo, Il Cavaliere abre portas a uma privatização do edifício, ao mesmo tempo que reforça relações empresariais com della Valle, que também é sócio dos armazéns Saks e na RCS, o grupo editor dono dos jornais Corriere della Sera El Mundo.

A restauração do anfiteatro romano custará 25 milhões de euros, mas o contrato inclui ainda a exclusividade de todos os direitos de imagem e ainda permissão de que o logotipo da Tod's passe a estar presente nas entradas e andaimes de obras a decorrer naquela que é considerada a área arquológica mais protegida em todo o mundo.

O acordo foi assinado a 27 de Janeiro, mas os termos exactos do contrato ainda não vieram a público.

 
02
Fev11

Música Portuguesa do dia : Deolinda - Parva que eu sou

olhar para o mundo

 

 

 

 

Letra

 

Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

 

23
Jan11

The Legendary Tigerman: Uma noite para recordar

olhar para o mundo

The legendary Tigerman

 

Há alguns anos encher o Coliseu de Lisboa constituía um momento de consagração. Hoje esse facto já não possui o mesmo peso, de alguma forma banalizou-se, mas continua a ter um peso simbólico específico. Por vezes nesse frenesi de tentar transformar um concerto no Coliseu num momento especial, já vimos suceder alguns desastres. Perdas de identidade. 

Quando se soube que Paulo Furtado, ou seja Legendary Tigerman, iria ter muitos convidados nos Coliseus (sexta actuou no Coliseu do Porto), temeu-se que pudesse suceder algo semelhante. Mas não. Desde que lançou o álbum “Femina” (2009) já lhe vimos quatro concertos (OptimusAlive!, Lux, Tivoli, Paris) com resultados desiguais. Sábado foi o melhor. 

Foi diferente, porque passou em revista o seu percurso, trouxe convidados, apresentou surpresas, mas nunca perdeu o fio, a sua identidade, os blues, o rock, a soul, o imaginário, o deserto, a solidão, a lascívia, o sexo, a forma enérgica de estar em palco. 

Tem sido a pulso, mas muito inteligente, o percurso de Furtado. Com o seu grupo WrayGunn, e a solo, como Tigerman, conquistou inicialmente os melómanos. Depois, aos poucos, foi-se rodeando de cada vez mais público e dando passos certos em alguns mercados externos, conseguindo fazer reverter esse interesse internacional para uma maior visibilidade nacional.

Beneficiou indirectamente de uma conjuntura global onde o rock e a soul, no sentido mais clássico e áspero, voltaram a estar na ordem do dia, mas nunca prescindiu de afirmar a sua personalidade. No sábado, mais uma vez foi isso que se assistiu. 

Apesar de ser um homem de palco, é também alguém que sabe rodear a sua música de imaginário visual. E ao longo da noite foi isso que se viu, uma espécie de sucessão de quadros, onde por vezes esteve só, mas na maior parte das vezes acompanhado, ou por cúmplices de carne e osso, ou por dispositivos de imagens. 

Foi assim que começou, esquio, guitarra em punho, pé no bombo, com a carnal Asia Argento (uma das muitas convidadas vocais do álbum “Femina”) projectada no ecrã em jogo de volúpia rock. Depois seguiram-se mais convidadas, como Rita Redshoes (excelentes, os dois, na tensão que conseguem provocar em “Hey, sister Ray”), Claudia Efe (soltando “god is everywhere, under a woman’s skirt and inside a man’s pants”, perante o gáudio da assistência) ou Lisa Kekaula, imensa em todos os sentidos, fazendo vir abaixo a sala com o seu vozeirão.

Pelo meio, sem nunca perder o sentido de espectáculo, interagiu com a assistência, provocando os que estavam sentados para se levantarem, ou apresentado os convidados com uma vénia. 

“O melhor duo de Lisboa”, foi assim que os Dead Combo foram expostos, para dois dos temas mais tranquilos da noite, contrastando com a entrada em cena do guitarrista Jim Diamond e do baterista Mick Collins (“dois senhores que me influenciaram muito”, disse), para dois temas rock & roll, o segundo, “Girls”, um dos mais excitantes da noite, rivalizando com uma versão desvairada dos Suicide na companhia de Claudia Efe. 

Na ausência de Maria de Medeiros, cantou sozinho “These boots are made for walkin”, mas foi ajudado pelo público de pé, enquanto “Radio & TV blues’ foi dedicado à “merda de televisão e rádio que temos”. Na parte final foram os DJs Ride e Nell Assassin, em gira-discos, que entraram num duelo virtuoso com Furtado na guitarra e João Doce (dos WrayGunn) na bateria. 

No primeiro de dois encores, antes de nova aparição virtual de Argento, entraram em acção os WrayGunn, apresentando dois temas (Go Go Dancer” e um inédito que fará parte do próximo álbum). Mas o final haveria de ser sozinho, interpretando ‘True Love will find you in the end’, original de Daniel Johnston, “uma das canções de amor mais bonitas que conheço’, disse, com o público a bater palmas a compasso, naquele que foi o final perfeito para uma noite de festa para Paulo Furtado e companhia.

 

Via Público

18
Jan11

The Legendary Tigerman & Convidados nos Coliseus de Lisboa e Porto

olhar para o mundo

Não foi só no aclamado Femina (2009) que Paulo Furtado colaborou com outros músicos, nacionais e estrangeiros, mais ou menos conhecidos. Quem for aos Coliseus, para a semana (dia 21 no Porto, no dia seguinte em Lisboa), terá o privilégio de passar em revista algumas dessas parcerias, numa noite que se adivinha única e recheada de surpresas. Dead Combo, Nell Assassin, DJ Ride, Rita Redshoes, Lisa Kekaula, Mick Collins e Jim Diamond são alguns dos convidados.

Mick (que produziu os dois primeiros álbuns dos White Stripes) e Jim – vocalista dos Dirtbombs e dos Gories – participaram no disco Black Rusty Pussyboat, cujas músicas foram feitas 10 minutos antes da entrada em estúdio, inspiradas por uma garrafa de Macieira. Todo o relato deste feliz encontro, pela voz do Legendary Tigerman, no vídeo abaixo.

 

 

 

 

 

Via BodySpace.net

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