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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

05
Nov10

Sexo na cidade (Vídeo)

olhar para o mundo

Um casal de jovens sem abrigo ia sendo apanhado a fazer sexo na rua. A rua de Santa Catarina, no Porto, não é lugar adequado para estas práticas. No mínimo, é devido respeito à sua santa padroeira.

Mas, sendo jovens sem abrigo, não surpreende que não tivessem outra alternativa a não ser tentar fazer sexo à luz do dia.

A luz do dia, às três horas da tarde, é agressiva. E o povo, que é sereno, não gosta. Um grupo de pessoas, enraivecido com a cena, acabou por espancar o casal. Se não se deve bater numa mulher com uma flor por que se há-de bater num casal, embora pecaminoso, nutrido de nobres sentimentos e irreprimível atracção um pelo outro?

O "flagrante deleite", fora do flagrante delito, é uma dificuldade para o código penal compreendê-lo. Antigamente não podia passar despercebido. Agora, potenciado até à náusea pelas novas tecnologias de comunicação, vêem os que lá estavam e verão os que nunca lá estiveram.

Ainda o casal estava em debandada e já as imagens das cenas de violência e outras eventualmente chocantes - no sentido em que chocar o ovo pode dar origem a um ser vivo - estavam a circular pelo Youtube. Maria Fernanda, vendedora ambulante na rua de Santa Catarina só se apercebeu que "caiu porrada da velha". A "porrada da velha", aplicada a gente nova, é sempre intemporal.

Não vejo razão para reprimir estas tentações. Desde logo porque estes episódios, aparentemente problemáticos, violando a lei e os bons costumes, deveriam ser aproveitados para potenciar o processo de ensino/aprendizagem, em matérias que hoje são obrigatórias de estudo, nas escolas públicas, como a Educação Sexual. Um docente, aflito em diversificar estratégias de motivação dos alunos para as aulas de Educação Sexual, bem podia - se não houvesse esta irracionalidade popular - organizar visitas de estudo à rua de Santa Catarina. Aí, enquanto o professor até tomando discretamente um cimbalino no Majestic, os alunos, de caderno em punho, ou mesmo munidos de telemóveis de última geração e a três dimensões, poderiam colher material abundante para as aulas. É importante aprender in vivo a relação entre desejo e sexualidade, o interesse dos preliminares no acto sexual e, como no caso vertente, a utilidade do coito interrompido enquanto meio de prevenção de gravidezes indesejadas e de doenças sexualmente transmissíveis.

Eu pela minha parte, com aquela faúlha de costela que me sobrou de Maio de 1968, ainda sigo o conselho de Léo Ferré: "quand je vois un couple dans la rue, je change de trottoir". Que é como quem diz, quando vejo um casal apaixonado na rua, viro a cara para não perturbar o encantamento.

Eu sei que este encantamento ou, melhor dizendo, este espancamento que sofreu o homem, com o banano que levou, foi muito especial. O homem ficou praticamente num oito, interrompido. É certo que o casal andava muito borbulhado em cerveja de litro. Ou, quiçá, levedado em muitos litros de outras substâncias mensuradas noutras unidades de medida infinitesimais. Mas isto sou eu a pensar mal, como sempre!

Agora, lá que um sem abrigo não pode ser obrigado a praticar sexo abrigado, parece-me evidente. O Estado, quando muito, devia obrigar-se a abrigar os sem-abrigo logo desde o berço. Mas não estou a ver o Estado, que nos leva coiro e cabelo com impostos, a preocupar-se com as ninharias do apoio à educação dos que vivem nas margens da sociedade.

O Estado preocupa-se apenas com os corpos dos excluídos. É por esta razão que, quando a coisa azeda, manda sempre os seus corpos mais queridos, os corpos de intervenção, para pôr fim às lutas de corpo a corpo que ponham em causa a estabilidade social.

Na rua de Santa Catarina isso só não aconteceu porque o Estado também se distrai. E não somos apenas nós que nos distraímos com espectáculos de rua, dos mais tristes.

 

 

Via Expresso

16
Set10

Lisboa concorre a "Melhor Destino do Mundo"

olhar para o mundo

Lisboa candidata a melhor destino turistico

Lisboa foi nomeada para os prémios de turismo "World Travel Awards" em três categorias.

 

A cidade de Lisboa está nomeada para os prémios de turismo "World Travel Awards (WTA) 2010 " na categoria de Melhor Destino do Mundo, Melhor Destino de Cruzeiro e Melhor Porto de Cruzeiro, anunciou hoje o Turismo de Lisboa.

A par da capital portuguesa, também concorrem para a categoria de Melhor Destino do Mundo outras 17 cidades, entre as quais Londres, Maldivas, Miami, Nova Iorque, Rio de Janeiro e Sidney.

Para Melhor Destino Cruzeiro do Mundo concorrem ainda as Bahamas, Copenhaga, Istambul, Miami, Xangai, Estocolmo, entre outras.

Na categoria de Melhor Porto de Cruzeiros do Mundo, Lisboa concorre com o porto da Cidade do Cabo, Copenhaga, Istambul, Miami, Port Victoria, Rio de Janeiro e Sharm el Sheikh.

 

Gala marcada para novembro em Londres

 

As cidades eleitas da 17ª edição da gala de prémios de turismo serão conhecidas a 7 de novembro, em Londres.

A iniciativa, também conhecida como "Óscares do Turismo", resulta de uma seleção criteriosa dos melhores equipamentos e destinos turísticos do mundo, através de votação online por milhares de profissionais do setor à escala mundial.

Criados em 1993, os "World Travel Awards" pretendem estimular a competitividade e a qualidade do turismo, promovendo, à escala global, os melhores destinos e serviços prestados.

Em 2009, Lisboa destacou-se nas três categorias nomeadas, arrecadando os prémios de "Melhor Destino Europeu", "Melhor Destino City-Break Europeu" e "Melhor Destino de Cruzeiro Europeu".

 

 

Via Expresso

01
Fev10

As roulotes de Lisboa

olhar para o mundo

Roulotes em Lisboa

 

As rulotes são quase uma instituição, acarinhada ao longo dos anos à custa de muitos couratos e bifanas acabadinhas de assar. No entanto, hoje, correm o risco de desaparecer de Lisboa. A Câmara já não cede licenças para o negócio e tem vindo a deslocar as que resistem para lugares mais sombrios da cidade. Por isso, se quer um prego especial comido em pé, como deve ser, apresse-se, não vão elas desaparecer de vez.


1. Praça de Espanha
Junto ao lugar vazio deixado pelo antigo Teatro Aberto, António Gomes, de 40 anos, serve hambúrgueres, pita shoarma, bifanas, pregos e cachorros, regados a cerveja para muitos e a refrigerantes para outros.
Manuel Antunes, de muita disponibilidade e poucos dentes, conta, num passo trôpego, que esta é "a melhor rulote de Lisboa". "Aqui sinto-me bem, é limpo, muito limpo e ele [António] é um amigo. Venho cá todos os dias." Manuel é empregado de limpeza urbana da câmara e um dos muitos clientes que ali param. 

António Gomes, conhecido por Mané, nem ele sabe porquê, estacionou na Praça de Espanha há 10 anos, vindo directamente do Saldanha, onde as rulotes deixaram de ser bem-vindas. Mas desde 1988 que António faz das sandes um modo de vida, uma herança da sogra, Palmira Andrade Tereso, conhecida como Xepa, figura proeminente da noite lisboeta no que se refere a bifanas e pregos ao ar livre. Pioneira das rulotes, deixou o negócio ao genro e aprendiz, que lhe segue os passos com desvelo de filho. Das 23h às 6h, António enche as barrigas de toda a espécie de clientes, desde taxistas a "malta nova que vem da noite". Mas nem todos vêm pela comida ou pela cerveja: há quem faça da rulote um balcão de bar e dos empregados confidentes fiéis: "Há clientes que vêm cá para desabafar e contar-me os problemas que têm em casa. Sentem-se sozinhos e vêm só para conversar um bocado e beber qualquer coisa."

2. Sete Rios
Protegida pela chuva, mesmo em frente ao Jardim Zoológico, a rulote da Loira concorre com o Pançudo das Bifanas. A loira é quem toma conta do estaminé, onde são servidos hambúrgueres, cachorros e pita shoarma ao som de forró brasileiro. Estacionada na 24 de Julho durante 3 anos, o nome Rulote da Loira pegou e tornou-se oficial. A mudança para Sete Rios não a preocupou, já que "90% dos clientes são brasileiros que vêm cá de propósito comer, porque já conhecem" e ali, debaixo do viaduto, "a chuva não atrapalha".
Para além dos hambúrgueres do costume, há um, para os mais difíceis de satisfazer, capaz de encher o estômago em duas dentadas. Chama-se hamburgão, custa €4 e leva queijo, cebola, alface - e até aí tudo normal - milho, cogumelos, ananás, cenoura e, espante-se, ervilhas. Mas não se preocupe porque tem direito a um garfo, para que nada se perca entre dentadas. 

3. Campo Grande
Aqui existem duas rulotes. Uma vive com problemas de estacionamento e não dá a cara, a outra, anima a clientela com um techno comercial, cortesia da rádio Cidade. Chama-se Snack Fora de Horas Bar e há 15 anos que dá de comer a quem quiser pagar €3,50 por um hambúrguer ou €5 por uma pita shoarma de picanha, especialidade da casa. Para quem a noite - das 22h às 6h - é sempre uma criança, há whisky a €2,50, ginjinha e vinho da Madeira, para lá da cerveja.

Há 15 anos que Casimiro Amorim, de 38, se deita por volta das 8h e dorme o dia todo, até serem horas de abrir a rulote. Andar ao contrário do resto das pessoas não lhe faz confusão e o contacto com a clientela agrada-lhe. Mesmo que os copos a mais exaltem a convivência "nunca ninguém perdeu o respeito."

4. Docas


João Ferreira era empregado de mesa mas um dia decidiu mandar tudo às urtigas, arranjar um sócio e dedicar-se às rulotes. "Gosto da noite e gosto de estar aqui." Aos 59 anos, tem 18 de hambúrgueres, bifanas e afins, servidas todos os dias "faça chuva ou faça sol, feriados e dias santos". Durante a semana vende entremeada e couratos na Av. Gago Coutinho, a uma clientela "de bairro, taxistas e toda a malta que trabalha à noite". Ao fim-de-semana, e desde há dois meses, que estaciona nas Docas, depois de "terem tirado as rulotes da 24 de Julho", diz com uma mágoa mal disfarçada. "A 24 era uma avenida onde havia gente, era movimentada, graças às rulotes, e estava bem guardada. Agora o pessoal não pára, as pessoas têm medo de andar na rua e está tudo vazio." E continua: "As rulotes juntam muita malta e aos bares não prejudica, até ajuda." Fala de avental posto, enquanto corta tiras de carne na chapa, "para ter tudo preparado quando os clientes começarem a chegar". "Se Deus quiser, já não deve demorar muito."

5. Santa Apolónia
De costas viradas para a discoteca mais in de Lisboa, o Lux, a rulote de Santa Apolónia dá comida e bebida aos foliões e oferece uma espécie de consolo aos sem-abrigo que vivem nas imediações.

O dono, António Rego, é homem de poucas palavras e pior ouvido, agravado pela música aos berros saída de uma aparelhagem que já viu melhores dias. Maria, a mulher, vais despachando cervejas e hambúrgueres para um grupo de italianos que não parecem saber porque é que foram parar ali. Das 22h às 6h, todos os dias, desde há 15 anos, António e a mulher mantêm a rulote aberta, um oásis na noite numa zona onde não há mais nada que encha a barriga. E gaba-se: "Há gente que vem de longe só para vir comer aqui."

A clientela é feita dos frequentadores da discoteca e de trabalhadores nocturnos, como polícias, bombeiros e taxistas. E se algum cliente habitual, cujos passos e palavras lhe saem trocados, se lembra de incomodar alguém, António é firme: "Olha lá, tu porta-te bem, ouviste?"

 

Via iOnline

05
Nov09

Angleton :A cidade que só existe no Google Maps

olhar para o mundo

Angleton,  cidade fantasma que só existe no google maps

 

 Argleton é a "cidade fantasma" situada em Inglaterra, na região de Lancashire, mas que na verdade só existe no Google Maps.

De acordo com o jornal "Telegraph", a tal cidade surge perto da auto-estrada M58. O Google já disse que a empresa "está a trabalhar constantemente para melhorar a qualidade e o rigor da informação", mas reconheceu a existência de erros ocasionais.

Este fascínio pela "cidade fantasma" terá levado alguns viajantes a deslocarem-se a este local.

Via ionline

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