Manuel Alegre, entalado entre a mulher e a amante
Alegre tem dois amores que em nada são iguais, um é o PS e o outro é o Bloco de esquerda. No meio o candidato-poeta. Fragilizado, refém dos apoios e não sabendo lidar com a situação, partiu para o disparate.
Manuel Alegre tem feito uma "triste" figura. De cabeça perdida, algo desorientado entre a mulher de sempre (o PS) e a amante desde Janeiro (Bloco de Esquerda), o poeta optou por lançar atoardas em todas as direcções, pegando em situações que nada têm a ver com política e com o cargo de Presidente da República para atacar de forma mesquinha o mais do que provável vencedor da corrida eleitoral. Uma campanha a todos os títulos desastrosa de Alegre. Verdadeiramente suicida.
Desde os cantos dos Lusíadas a historietas da PIDE e fichas de bom comportamento entregues ao antigo regime,tudo tem valido para Alegre atacar Cavaco espalhando a sua fanfarronice habitual. Nada acrescenta. Mostra-serefém por não poder combater um PS decadente que aparentemente o apoia (não se sabe bem onde nem como, ou António costa já pode ser considerado líder do PS?) e incapaz de ter um discurso descolado de uma rebeldia descabida que já nem lhe assenta bem na idade e contraditória com o estado de coisas.
Alegre está a disparar os seus últimos cartuchos políticos. Uns dias de braço dado com a mulher (PS) outros dias em modo rebelde com a amante (Bloco) na traseira da mota. Até finalmente calçar as pantufas políticas.
Em relação à obra de Luís Vaz de Camões, alusão patética com que Alegre pretendeu rebaixar o actual Presidente (que tem passado a campanha mudo, não se sabe se a conselho de Henrique Raposo que esta semana lhe dedicou a crónica "Cale-se, dr. Cavaco Silva, cale-se") a única associação coerente que se poderá fazer entre o número de cantos dos Lusíadas (são dez) e estas Presidenciais é que deve ser mais ou menos o mesmo número de votos que Manuel Alegre irá conseguir obter nas urnas.
Em relação a estes dois candidatos, os únicos "presidenciaveis", estão bem um para o outro, porque são ambos um deserto de ideias.
Via 100 reféns