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Um olhar sobre o Mundo

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11
Set10

Bélgica: Investigação denuncia abusos sexuais da igreja durante décadas

olhar para o mundo

Abusos sexuais

 

igreja católica tem sido ligada a abusos sexuaiscrianças em vários países. Hoje, os responsáveis católicos desse da Bélgica revelam testemunhos de 507 vítimas de abusos, levadas a cabo por membros da igreja.

 

Uma comissão de investigação da igreja católica belga divulgou um relatório sobre os abusos sexuais praticados pela igreja católica nesse país, sustentando-se em centenas de relatos das supostas vítimas.

Segundo a investigação, esses testemunhos relatam casos de abusos a crianças que duraram décadas, entre os anos 50 e 80. Vítimas dos abusos sexuais de eclesiásticos, 13 das vítimas suicidaram-se e outras seis pessoas tentaram o mesmo ato, sem sucesso.

Peter Adriaenssens, o presidente da comissão responsável pela investigação, afirma no entanto, que conta com o relato de 507 testemunhas. "As vítimas esperam e merecem uma igreja valente, que não tenha medo de enfrentar a sua vulnerabilidade, que reconheça e que coopere para encontrarmos as respostas."

Demissão de bispo terá sido incentivo

 

A maioria destes casos chegou à comissão depois de Roger Vangheluewe, um bispo da igreja ter sido demitido, acusado de violar o seu sobrinho entre 1973 e 1986. No entanto, ficou-se hoje também a saber que essa demissão proporciona-lhe uma pensão de 2 800€ por mês.

O que é certo é que a demissão de Vangheluewe foi o incentivo que faltava a outras vítimas. Desde a sua saída, as denúncias multiplicaram-se e contribuem agora para os 507 testemunhas.

O relatório

 

Segundo a 'Associated Press', pode ler-se detalhadamente no relatório de 200 páginas (ver no final do texto) o tipo de abusos praticados pelos clérigos, desde "sexo anal, oral, vaginal e outras barbaridades".

Das 507 vítimas, 327 são do sexo masculino e a maioria teria 12 anos de idade. No entanto, há testemunhos de violações a um bebé de apenas dois anos, cinco casos com crianças com quatro anos e oito de cinco anos.

Quase todos os violadores seriam membros eclesiásticos, mas há também denúncias a pessoas que aliciavam as crianças "depois da missa".

Crimes prescritos mas investigação continua

 

A maioria dos casos não vão sequer ser postos em tribunal porque, segundo a lei belga, os crimes sexuais contra crianças não podem ser julgados quando já passaram mais de 10 anos após a vítima ter celebrado os 18 anos.

Grande parte das vítimas têm agora entre 40 a 70 anos (relembro que a maior quantidade de testemunhos refere-se às décadas entre os anos 50 e 80) e também a maioria dos violadores já terá morrido.

Em abril deste ano, a polícia e as autoridades belgas forçaram a entrada em dois escritórios da igreja belga, à procura de provas, de onde apreenderam ficheiros e computadores e profanaram pelo menos um túmulo. Alguns dos ficheiros que poderiam constar no relatório foram apreendidos após estas ações terem sido consideradas ilegais.

Quando soube do caso, o papa Bento XVI, em nome da igreja católica, expressou "solidariedade para a igreja pela forma surpreendente e métodos deploráveis em que foram feitas as buscas" da polícia belga.

 

Via Expresso

24
Mai10

Ordenada primeira sacerdotisa em Itália

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Pela primeira vez em Itália, uma mulher foi hoje ordenada numa igreja do centro histórico de Roma, apenas a centenas de metros do Vaticano que, apesar de afetado por uma crise de vocações, nega o acesso das mulheres ao sacerdócio.  

Ordenada primeira sacerdotisa em Itália

A nova sacerdotisa, Maria Vittoria Longhitano, uma italiana de 35 anos, casada e mãe de duas crianças, pertence à Igreja Vetero Católica Italiana, uma pequena congregação que abandonou o catolicismo romano no século XIX e se juntou à União de Utreque, estreitamente ligada à Igreja Anglicana.

"Sem as mulheres, o catolicismo, que é sinónimo de universalidade, fica como que estropiado, porque metade da humanidade não participa na missão de Cristo", explicou à imprensa Vittoria Longhitano, que celebrará domingo em Milão a sua primeira missa.  

O bispo Fritz-Rene Muller, da União de Utreque (Holanda), ordenou-a
perante uma centena de pessoas, durante um ofício religioso de duas horas realizado na igreja anglicana de Todos os Santos (All Saints' Church), situada perto da célebre Praça de Espanha.  

Vittoria Longhitano não foi ordenada segundo o rito anglicano, mas segundo o da sua Igreja, o vetero católico.

 

Igreja Católica só aceita homens para padres e bispos

 

Para ela, o interesse do grande público e dos media pela sua ordenação demonstra que "as Igrejas cristãs e a Igreja Católica Romana em Itália dispõem de apoio popular para aceitar o sacerdócio das mulheres".  

A Igreja Católica só aceita homens para seus padres e bispos, justificando que foi essa a prática instaurada por Cristo, que escolheu como seus apóstolos 12 homens.  

Em 1984, a decisão da Igreja Anglicana de abrir o sacerdócio às mulheres constituiu um motivo de fricção entre as duas Igrejas e em julho de 2008, o Vaticano criticou a adoção pela Igreja de Inglaterra do princípio da ordenação de mulheres bispos.  

O Vaticano classificou-a como um "contratempo para a tradição apostólica mantida por todas as Igrejas do primeiro milénio" e um "obstáculo à reconciliação" entre as duas Igrejas.

 

Via Expresso

08
Abr10

E a bola de neve continua a crescer: Bispo norueguês confessa ter abusado sexualmente de menor há 20 anos

olhar para o mundo

Bispo Norueguês confessa ter abusado de criança há 20 anos

 

Georg Mueller, bispo de Trondheim, que se demitiu no ano passado do cargo, admitiu ter abusado sexualmente de um menor, há 20 anos, anunciou hoje a Igreja Católica da Noruega. Georg Mueller, de origem alemã, tinha abandonado o posto em junho passado, alegadamente devido a problemas de cooperação com a comunidade.

Este é o primeiro caso confirmado de abuso sexual cometido por um responsável da Igreja católica da Noruega, país de maioria protestante.

"A Igreja católica norueguesa está em estado de choque depois de o bispo (Georg) Mueller de Trondheim (sul) se ter confessado culpado de abuso sexual contra um menor e ter admitido ter sido essa a razão do afastamento das suas funções, no ano passado", refere um comunicado.

"Em primeiro lugar, quero expressar a minha compaixão para com a vítima e a vergonha, por parte da Igreja, frisando, contudo, que Mueller atuou contra todas as orientações e juramentos que proferiu", afirma, no mesmo comunicado, o atual bispo de bispo de Trondheim e Oslo, Bernt Eidsvig.

Vaticano sabia deste caso

 

Segundo o diário norueguês "Adresseavisen", que denunciou este caso, o episódio de abuso sexual ocorreu há 20 anos. A vítima tem hoje 30 anos.

O Vaticano conhecia os factos desde janeiro de 2009, mas os pormenores não foram revelados "a pedido da vítima", acrescentou a Igreja aatólica norueguesa.

Georg Mueller, ordenado padre em 1978 e bispo de Trondheim entre 1997 e 2009, admitiu ter abusado sexualmente da criança, mas garantiu que não houve mais vítimas, segundo a Igreja.

 

Via Expresso

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