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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

28
Jan10

Livros grátis no Kindle

olhar para o mundo

Livros grátis no Kindle

 

Eis uma adivinha: como se faz de um livro um best-seller no Kindle?


Resposta: Oferecem-se exemplares.

É isso mesmo. Mais de metade dos livros mais vendidos no Kindle, o leitor electrónicos da Amazon, estão disponíveis gratuitamente. Embora alguns dos títulos sejam versões digitais de livros do domínio público, como "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen, muitos são de autores que ainda estão a tentar ganhar a vida com o que escrevem.

Esta semana, por exemplo, o primeiro e segundo lugar da lista dos best-sellers do Kindle foram ocupadas por "Cape Refuge" e "Southern Storm", ambos romances de Terri Blackstock, escritora de livros de suspense de temática cristã. O preço Kindle: €0. Até ao fim do mês, a editora de Blackstock, a Zondervan, uma divisão da HarperCollins Publishers, está a oferecer aos leitores a oportunidade de transferirem os livros para o Kindle de graça (ou para as aplicações Kindle do iPhone ou Windows).

Outras editoras, como a Harlequin, a Random House e a Scholastic estão oferecer versões gratuitas de livros digitais à Amazon, à Barnes & Noble e a outros retalhistas da internet, bem como a websites de autores, como forma de permitir que os leitores experimentem ler a obras que desconheçam. A justificação para esta iniciativa? A esperança de que os clientes gostem do que leram e comprem outro título, pagando-o.

"Dar ás pessoas uma amostra é uma óptima maneira de as prender e de as levar a comprar mais", diz Suzanne Murphy, editora de grupo da Scholastic Trade Publishing, que ofereceu downloads gratuitos de "Suite Scarlett", um romance para adultos da autoria de Maureen Johnson, durante três semanas, para criar expectativa quanto ao livro seguinte da série, "Scarlett Fever", que será lançado no dia 1 de Fevereiro. O livro atingiu o terceiro lugar da lista dos Kindle mais vendidos da Amazon.

As borlas digitais surgem numa altura em que as editoras estão em pânico com a pressão exercida sobre os livros electrónicos. A Amazon e outros retalhistas online estabeleceram em 9,99 dólares (€7) o preço-base dos e-books, para novos lançamentos e best-sellers. Às editoras preocupa que esse valor acabe por criar junto dos consumidores a impressão de que os livros novos já não valem, por exemplo, 25 dólares (cerca de €17, o preço médio de um livro novo de capa dura) ou mesmo 13 dólares (€9, padrão para livros de bolso de capa mole).

"Numa altura em que estamos a resistir ao preço de 9,99 dólares para os e-books", diz David Young, principal executivo do grupo livreiro Hachette, que edita James Patterson e Stephenie Meyer, "é ilógico oferecer livros". Na mesma linha, um porta-voz do Penguin Group USA, explica: "A Penguin não ofereceu nem vai oferecer livros. Achamos que o valor do livro é importante demais para que se faça isso."

Mas alguns editores encaram os livros digitais gratuitos como acções meramente promocionais, do mesmo modo que as provas que distribuem aos livreiros e revisores, para criar expectativa em redor de um novo autor.

"A maioria das pessoas compra livros porque alguém recomendou o título", diz Steve Sammons, vice-presidente executivo da Zondervan responsável pela interacção com os consumidores.

A Amazon e os outros retalhistas de e-books também não ganham dinheiro com essas ofertas. Mas é uma maneira de atrair clientes para os seus dispositivos de leitura electrónica.

Os e-books gratuitos também são uma maneira de promover um autor menos conhecido, que normalmente é abafado pelas brutais campanhas de marketing dos livros mais populares.

"É preciso mostrar coisas às pessoas porque há muita concorrência", diz Johnson, autor de "Suite Scarlett" e de outras sete obras. "Quem entrar numa livraria verá 4 mil livros com a cara de Robert Pattinson na capa", acrescentou ela, referindo-se aos movie-tie-ins (livros estreitamente ligado às respectivas versões cinematográficas) da série "Twilight" de Meyer. "E aí o meu livro ficará enterrado por baixo deles."

E se um e-book gratuito chegar ao topo da lista dos mais vendidos da Kindle - ou à lista de e-books gratuitos da Barnes & Noble - o autor ganha automaticamente mais visibilidade.

"Quando se chega à posição cimeira de qualquer lista de obras mais vendidas, o próprio facto parece atrair publicidade", diz Brandilyn Collins, que escreveu os romances "Exposure" e "Dark Pursuit", livros que estiveram no primeiro e segundo lugar da lista Kindle de Janeiro, continuando no Top 10 (e ainda disponível gratuitamente).

A maioria das ofertas diz respeito a títulos mais antigos de um autor, no pressuposto de que a sua leitura irá produzir novos adeptos, que vão comprar os livros lançados mais recentemente. Mesmo que só uma pequena percentagem das pessoas que transferem um livro gratuito acabe por comprar um novo, "trata-se de dinheiro em caixa", diz Steve Oates, vice-presidente de Marketing da Bethany House Publishers, uma divisão da Baker Publishing Group, cujas autoras Beverly Lewis e Tracie Peterson tiveram títulos gratuitos na lista de mais vendidos Kindle esta semana.

A Samhain Publishing, uma editora de romances cor-de-rosa e eróticos, tem disponibilizado gratuitamente um e-book de duas em duas semanas, há mais de um ano. Christina Brashear, a editora, diz que as ofertas têm provocado um visível aumento nas vendas.

Em Outubro, o mês mais recente para o qual ela tem estatísticas, Brashear diz que a Samhain ofereceu três versões digitais de "Giving Chase", um romance cor-de-rosa de Lauren Dane, o que deu origem a 26 897 downloads. Mas a venda de outros romances de Dane aumentou exponencialmente. O seu mais recente romance, "Chased", que vendeu 97 exemplares em Setembro, vendeu 2 666 exemplares digitais em Outubro; e outro livro anterior, "Taking Chase", que tinha vendido 119 exemplares em Setembro, vendeu 3 279 no mês em que foi disponibilizado um download gratuito.

Embora os e-books ainda só representem cerca de 5% do total dos livros comercializados, os dados relativos ao efeito das ofertas digitais ainda são inconclusivos. Brian O'Leary, responsável da Magellan Media Consulting Partners, que dá consultoria a editoras, diz que embora pareça que as transferências gratuitas conduzem a uma subida da real compra de livros, há o risco de que a leitura gratuita venha a "suplantar a leitura paga".

Com efeito, diz Brian Murray, principal executivo da HarperCollins, "a gratuidade não é um modelo comercial".

Os autores sentem-se divididos entre a vontade de experimentar novos formatos e quererem proteger os seus rendimentos. Charlie Huston, autor da trilogia de crime Henry Thompson e de uma série de livros sobre Joe Pitt, um detective vampiro, diz que "a minha faceta sindical - sou oriundo de uma família de sindicalizada - ainda se sente por vezes a fazer auto-sabotagem, ao sancionar as ofertas digitais da minha editora, a Random House". Mas, diz, "acho que a minha atitude neste momento pode ser uma de duas: ter medo do que está para vir ou de algum modo tentar abraçar esse futuro da maneira mais agressiva possível". Charlie concorda que, em certos casos, os e-books gratuitos funcionam. Pamela Deron, assistente administrativa de 29 anos, da Florida, diz que transferiu uma edição gratuita de "Already Dead", o primeiro título da série Joe Pitt, para o seu Kindle este mês.

"Há tantos autores por aí que caem no esquecimento", escreveu Deron numa mensagem de correio electrónico. "Ninguém os conhece, pura e simplesmente, e alguns leitores hesitam em comprar um autor de que nunca ouviram falar. Os livros gratuitos permitem-nos apreciar o autor no seu conjunto e não só através de uma pequena amostra."

E acrescenta: "Cinquenta dólares depois, eis-me proprietária de toda a série Joe Pitt."

 

Via ionline

25
Nov09

Lojas online fazem uma semana de descontos loucos

olhar para o mundo

Lojas online fazem descontos

 

 Na próxima segunda-feira, mais de cem lojas online em Portugal vão importar pela primeira vez o fenómeno norte-americano conhecido por "Cyber Monday". É um dia de descontos significativos para os produtos comprados online, que marca o arranque da época natalícia para os retalhistas da internet. 


Mas na versão portuguesa não será apenas um dia, será uma semana. As marcas associadas à primeira Cyber Monday são de vários sectores, incluíndo a LGAppleStaples Office CenterLa Redouteou PIXmania, e os descontos poderão ultrapassar os 40%, sendo que ainda não estão fechados todos os acordos. A iniciativa é trazida para Portugal pelo portal KuantoKusta, que vai seleccionar as melhores promoções das lojas aderentes e disponibilizá-las em exclusivo no endereçowww.cybermonday.pt até 6 de Dezembro. A lista definitiva das lojas será divulgada na sexta-feira

"É um incentivo ao comércio electrónico, queremos que as pessoas associem os sites online às compras de Natal", explica ao Pedro Pimenta, consultor de marketing do KuantoKusta. O responsável adianta que o momento de crise é propício ao sector, já que os consumidores estão dispostos a procurar alternativas mais baratas. E com a melhoria da logística no sector, o receio de que os presentes não cheguem a tempo da noite de Natal estão postos de lado. 

Na PIXmania.com, uma das participantes na Cyber Monday portuguesa, serão oferecidos dez euros por cada 150 euros de compras - uma das promoções mais agressivas que a marca alguma vez realizou em Portugal. Esta é a época mais forte para a empresa, que na quadra natalícia regista um incremento de 60% no tráfego. Segundo Rui David Alves, responsável pelo desenvolvimento dos negócios da PIXmania no sul da Europa, os produtos mais procurados são televisões, vídeo, informática e fotografia. A expectativa é de que as vendas disparem algo como 40%, ajudadas pelas promoções da Cyber Monday, que incluirão uma lista de produtos com o preço mais baixo da concorrência. 

O motivo pelo qual a iniciativa dura uma semana, ao contrário da segunda--feira original, é o facto de os portugueses ainda não estarem muito confortáveis com as compras online. Pedro Pimenta refere que a iniciativa foi testada noutros mercados semelhantes e percebeu-se que um dia não era suficiente. Por isso, decidiram prolongar as promoções até 6 de Dezembro. No final desta semana arranca a campanha de marketing da iniciativa que por enquanto foi divulgada apenas nalguns meios especializados. 

A Cyber Monday deverá dar um impulso precioso ao comércio electrónico português, que registou alguma estagnação no primeiro semestre. De acordo com os dados do estudo ACEPI/Netsonda, no segundo trimestre de 2009 um terço das lojas online inquiridas sofreu um decréscimo das vendas, enquanto 36% registaram um aumento residual. Ou seja, os últimos dois meses do ano serão fundamentais para as contas de muitos retalhistas online. 

Como surgiu O fenómeno da Cyber Monday foi nomeado pela primeira vez há quatro anos nos Estados Unidos, pelo site Shop.org, quando se percebeu que os consumidores usavam a banda larga dos locais de emprego para aproveitar os saldos a seguir à "Black Friday" - a sexta-feira depois do Dia de Acção de Graças em que as lojas tradicionais fazem grandes descontos durante 24 horas. A Black Friday é conhecida pelas longas filas e lojas entupidas por clientes ansiosos para aproveitar as pechinchas nas compras de Natal. Quando se identificou o acréscimo substancial de consumidores nas lojas online na segunda-feira seguinte, os retalhistas virtuais perceberam que tinham arranjado uma versão digital da Black Friday. 

O fenómeno é muito popular nos Estados Unidos e Reino Unido, embora alguns analistas questionem se faz sentido ou se está a ser fabricado. É que os consumidores têm cada vez mais acesso à internet de banda larga em casa e no portátil, não sendo já necessário que esperem até segunda-feira para fazerem compras com a internet do escritório.

 

Via ionline

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