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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

27
Jul10

"Pai... já fumaste droga?"

olhar para o mundo

Como responder aos filhos?

 

Há anos, quando era médica residente em pediatria, um adolescente perguntou-me se já tinha fumado erva. Não era uma pergunta amigável, mas antes uma reacção do tipo "ah, sim, isso é o que tu dizes" às minhas questões, como que a avisar-me.

Nenhum doente me perguntou tal coisa em décadas. Mas, recentemente, dei por mim no meio de várias conversas entre pediatras sobre como os pais devem lidar com as perguntas sobre o assunto.Médicos e pais precisam de uma forma de integrar os seus padrões de honestidade com o que sabemos sobre o abuso de drogas - e com investigações que tornam claro que sabemos hoje mais sobre o assunto.

Em particular, os cientistas compreendem melhor a neurobiologia do cérebro adolescente e os riscos de experimentar drogas e álcool na adolescência. Embora pensássemos que o cérebro era relativamente maduro aos 16/18 anos, na realidade continua a desenvolver-se até aos 25. O que se desenvolve cedo é a área de procura do prazer, o núcleo acumbente. As regiões que auxiliam o raciocínio abstracto, a tomada de decisões e a capacidade de julgamento estão ainda a amadurecer e, logo, com menos inclinação para inibir a procura de prazer. Pelo que as drogas e o álcool podem, de facto, levar a alterações permanentes no cérebro - em particular, dizem especialistas, uma maior propensão para a dependência em adulto. No entanto, dar conselhos a jovens nunca foi fácil, e quando a história dos pais vem à baila, fica ainda mais complicado.

Há uma questão moral para os adultos que se orgulham da honestidade e abertura. Há o medo de que, mesmo se explicarmos cuidadosamente a lição da nossa história, possamos estar a oferecer ao nosso filho uma lição implícita acerca da falta de consequências, uma espécie de parábola de eu fiz isso e estou bem. "O problema vem sempre à baila quando dou conselhos aos pais", diz Sharon Levy, directora do programa de abuso adolescente de substâncias no Children's Hospital Boston. "Eles dizem 'bem, o que lhe devo dizer - ou não?'" A investigação é limitada. Mas há provas que sugerem que quando os pais prestam mais informação e dão melhores conselhos desde cedo, o risco de abuso é menor. E um estudo de 2009 do centro Hazelden para o tratamento da dependência, concluiu que muitos adolescentes apontavam a honestidade dos pais acerca do álcool como influência positiva.

É claro que todos os pais, crianças e todas as situações são diferentes, e não existe uma regra que diz que pais e médicos devem revelar qualquer informação particular sobre o seu consumo de álcool e drogas, passadas ou actuais. Em vez disso, é importante perceber "porque é que perguntas? O que se passa contigo?", diz Janet F. Williams, professora de pediatria no Health Center da Universidade do Texas, e directora do comité para o abuso de substâncias da Academia de Pediatria. "O que nós pensamos que eles querem saber pode não ser aquilo que eles estão a perguntar", afirma. E, tal como sucede com outras conversas, tenha em conta o estado de desenvolvimento da criança; a resposta a uma criança de 12 anos ou a quem tem 22 anos é dada em termos e detalhes diferentes.

Porém, a maioria dos especialistas concorda que quando uma criança faz uma pergunta, o melhor é não mentir. "Diga sem glorificar", aconselha Levy, "e se acha que cometeu um erro, diga isso." Na realidade, uma criança que faz esta pergunta pode ter pensado muito em como e quando puxar do assunto. Trate a questão com respeito, utilize-a para fazer a conversa fluir. Pode não ser uma questão que queira ver levantada mas é uma conversa que, como pai, deve encorajar. (Sites úteis:teens.drugabuse.gov - informação para adolescentes; eteen-safe.org - conselhos sobre como falar com adolescentes.)

Então e o pesadelo familiar de todos os pais: o adolescente zangado que reage à disciplina ou à reprovação virando a conversa com uma acusação sobre as transgressões dos pais? Deborah Simkin, psiquiatra que faz a ligação ao comité Williams da Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente, faz a analogia com um alcoólico que resiste ao tratamento tentando trazer à baila os problemas dos outros. "O miúdo está a tentar desviar a atenção da intervenção oportuna por parte dos pais", diz. Em tais casos, a resposta dos pais deve ser clara: "Vamos discutir o que tu fizeste." 

O que queremos fazer como pais é transmitir sabedoria - mesmo que a tenhamos adquirido da maneira mais dura - sem que os filhos tenham de correr riscos. "Conduziu sem cinto de segurança e não morreu num acidente. Isso significa que quer que o seu filho conduza sem cinto?", pergunta Levy. Ou como diz Williams: "Se a forma como a questão é apresentada é 'Isto é arriscado e espero que não tenhas de colocar a mão no lume para descobrir que te podes queimar', eles não têm de tomar o mesmo risco." Por fim, depois de todos os cuidados e ansiedades, é essencial voltar ao lado positivo - "lembre-se sempre de reparar no que há de bom no seu filho", aconselha Williams. 

Afinal de contas, a mensagem mais importante não é sobre os erros que podem fazer descarrilar mas sim sobre o prazer de encontrar o próprio caminho. Diga ao seu filho, nas palavras de Simkin, que "preferiria que te dedicasses a descobrir a tua paixão, descobrir o que queres fazer na vida" - e celebrar esse potencial. E, por isso, diz Williams, "gostaria que tivessem todas as células cerebrais a que têm direito."

 

Via Ionline

21
Abr10

Câmara de Coimbra corta acesso dos funcionários ao Facebook

olhar para o mundo

O farmville

 

A Câmara de Coimbra cortou o acesso dos computadores da autarquia à rede social na internet Facebook, justificando que são para trabalhar e "não para satisfazer os interesses ou desejos dos funcionários", disse ontem o presidente da autarquia.

 

"Os computadores da Câmara Municipal de Coimbra estão ao serviço público que é exercido pelos funcionários enquanto estão a trabalhar", disse à agência Lusa Carlos Encarnação. 

Carlos Encarnação sustenta que fora da autarquia os funcionários "podem fazer o que quiserem para satisfazer os seus interesses ou desejos", mas "enquanto estão ao serviço da Câmara, os computadores são para trabalhar". 

O autarca social democrata frisou ainda que "já há uns anos a Câmara suprimiu a ligação aos blogues". 

A decisão de cortar o acesso ao Facebook foi tomada pelo Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos da autarquia, disse Carlos Encarnação, remetendo mais pormenores para o vice-presidente, João Barbosa de Melo. 

Segundo noticiou ontem a Rádio Renascença, na base da decisão esteve uma funcionária que foi apanhada a jogar Farmville, um popular jogo que incentiva os utilizadores a cuidar de uma quinta.

 

Via Público

18
Jun09

E se acordasse com 56 estrelas tatuadas na cara?

olhar para o mundo

 56 estrelas tatuadas na cara

 

Uma adolescente belga apresentou hoje queixa à polícia, após ter saído de uma loja de tatuagens com 56 estrelas tatuadas de um lado da cara, em vez das três que tinha pedido. "Disse que nesta parte, na de cima, estava bem, mas não no resto" disse Kimberley Vlaeminck, da cidade de Kortrijk, a 90 quilómetros de Bruxelas, à televisão VRT. A rapariga de 18 anos, disse ter adormecido durante o procedimento e apenas acordou quando sentiu dores no nariz, que estava a ser tatuado. O tatuador, disse que Vlaeminck concordou com as 56 estrelas. "Ela concordou, mas quando o seu pai viu, começaram os problemas", explicou o artista ao jornal belga, Het Laatste Nieuws. Vlaeminck disse que queria manter as tatuagens na testa, mas que queria remover as outras.

 

Via ionline

 

Ficou gira..mas o que vai acontecer quando começarem a aparecer as rugas..e a pele a decair?.. por vezes não pensamos no futuro e nas consequências dos nossos actos.

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