Facebook. Cuidado, o seu mural pode ser perigoso
Bastaram três semanas para que a BitDefender, uma multinacional romena, tenha chegado à conclusão de que 20% dos utilizadores do Facebook, a maior rede social do mundo, partilham aplicações com conteúdo malicioso. A maioria das vezes sem o saberem.
Desde o início do mês, foram passados a pente fino os perfis de 14 mil utilizadores e analisados mais de 20 milhões de objectos partilhados em murais - como links, imagens e vídeos. As conclusões mostram que o Facebook está longe de ser inofensivo, sobretudo porque os próprios utilizadores não estão atentos à segurança e, na maior parte dos casos, não sabem que estão a partilhar conteúdo malicioso com os seus amigos.
Quase 60% desse conteúdo, revela a BitDefender, assume a forma de aplicações. As mais populares, identificadas em 21,5% dos casos, são as que encaminham para funcionalidades que o Facebook nem sequer permite - como a possibilidade de o utilizador saber quem visitou o seu perfil. Há as que oferecem falsos itens para jogos como o Farmville (15,4%) ou as que permitem alterar o fundo do perfil ou a colocação de botões como "não gosto", através de extensões (11,2%). Outras aplicações, aparentemente menos populares, fazem-se passar por novas versões de jogos famosos (7,1%), prometem prémios como telemóveis (5,4%) ou sugerem métodos idóneos para ver filmes, gratuitamente e online (1,3%).
Na maior parte dos casos, estas aplicações não são mais do que esquemas publicitários - em que são apresentados, por exemplo, questionários ao mesmo tempo em que são exibidos anúncios - etentam redireccionar para outros sites.
Cinco por cento apanham vírus Além destes ataques, conseguidos através de falsas aplicações, a BitDefender diz que 16% do malware encontrado no Facebook atrai os utilizadores para a visualização de filmes considerados "chocantes". Além disso, concluiu a multinacional romena, 5% dos utilizadores do Facebook são infectados pelo vírus Koobface - um anagrama da palavra Facebook e um software malicioso que tenta detectar os nomes dos utilizadores e respectivas palavras-passe nos computadores que consegue infectar.
"Muitos utilizadores não têm consciência de que os conteúdos que publicam no seu mural são muito perigosos para os seus contactos e para eles próprios, por estarem infectados", explicou ontem a directora de marketing da BitDefender para Portugal, Espanha e América Latina, Jocelyn Otero.
A empresa recolheu, ao longo de três semanas, 20 milhões de itens partilhados por utilizadores de 20 países - uma amostra pequena para o universo de 500 milhões de utilizadores activos daquela que é a maior rede social do mundo. Os 14 mil utilizadores analisados usaram uma aplicação aplicação para o Facebook, a Safego - que permite analisar os níveis de segurança do utilizador e que consegue identificar a informação pessoal que é visível a estranhos.
Via Ionline