Greve de sexo dá direito a processo em tribunal
Obrigar os políticos a entenderem-se e acabar com a desordem nas instituições do Quénia: este era o objectivo do G10, um “consórcio” de grupos de mulheres, quando decidiu fazer greve de sexo. Mas o boicote valeu às activistas um processo em tribunal, apresentado por um homem que se diz prejudicado pela abstinência da mulher.
James Kimondo apresentou uma queixa no Supremo Tribunal de Nairobi, alegando que a esposa recusou honrar as suas obrigações conjugais, na sequência do boicote convocado pelo G10. E, como consequência da falta de sexo, Kimondo sofreu de “ansiedade e várias noites de insónia”, conta o “The Times”.
“Sofri de angústia mental, stress, dores nas costas e falta de concentração”, argumenta o queixoso, que diz ter tido um casamento feliz até 29 de Abril, dia em que a plataforma de grupos activistas de mulheres convocou sete dias de abstinência sexual, defendendo que os homens não têm tempo para relações carnais enquanto o país se desintegra em problemas políticos e económicos.
No ano passado, o Presidente Mwai Kibaki e o líder da oposição, Raila Odinga, tiveram de formar um governo conjunto, após eleições, em 2007, muito contestadas pela oposição, por alegada fraude a favor do partido do Presidente, e confrontos violentos que causaram 1500 mortos. Mas este governo não funcionou, devido à rivalidade entre políticos, e as mulheres quenianas decidiram agir, apelando à greve de sexo.
Via DN