Gays e lésbicas invadem o Algarve

"A ideia surgiu porque entendemos que os festivais LGBT têm uma importância enorme e nós tentámos atrair esse sector vital do turismo para Portugal. Basta pensar no que acontece em Espanha, Itália, França e Grécia, que cada vez dão mais importância a este tipo de eventos", adianta ao Expresso Hugo Pereira, da organização.
E é assim que a 14 e 15 de Maio o recinto que habitualmente recebe a Fatacil, em Lagoa, vai receber o primeiro festival gay e lésbico do Algarve, com direito a red light - uma área com sex shops, piercings e tatuagens - , mas também stands de tarólogos, sexólogos, leitores de búzios e de mãos, para além de uma feira de stocks e uma área gourmet.
O Allove Festival (visitável em www.allovefestival.com ) terá um 'gayódromo', uma espécie de feira popular com direito a casa assombrada e touro mecânico e ainda um "pavilhão das artes" com cerca de mil metros quadrados com escultura, pintura e poesia, bem como uma zona onde cerca de 20 hotéis apresentam propostas gay-friendly, de turismo mais vocacionado para o mercado dos turistas gay.
Heterossexual? Não há problema!
Mas os heterossexuais também são benvindos, sugere Hugo Pereira: "Olhamos para isto como um negócio, mas é também uma celebração da diversidade sexual. Não é para ofender ninguém, não é reivindicativo e é totalmente aberto às camadas heterossexuais", garante.
Quanto à potencial polémica causada pelo evento, Hugo Pereira admite que o mais controverso poderá ser a realização de casamentos homossexuais durante o festival, por enquanto apenas simbólicos (caso a lei não o permita até lá) mas com direito a tudo: "Temos casamentos de luxo, com limousine, bolo de casamento e hotéis de cinco estrelas para a noite de núpcias", garante.
Bares de Lisboa também vão lá estar
O evento poderá juntar oito a 10 mil pessoas por dia, segundo as estimativas dos promotores. Conta com o apoio da Câmara Municipal de Lagoa, da Associação de Turismo do Algarve e a participação das associações Abraço e MAPS, e do Movimento de Apoio à Problemática da SIDA.
Entretanto, alguns dos bares mais famosos de Lisboa já confirmaram presença no Festival, caso do "As Primas", "Maria Lisboa" e o "Fiéis ao Bairro", que conta com um cartaz de animação onde se destaca o Supermartxé, um evento que mistura música com acrobatas, carregado de erotismo.
Via Expresso