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Um olhar sobre o Mundo

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Um olhar sobre o Mundo

07
Jan10

As meninas do Youtube

olhar para o mundo

As meninas do Youtube

 

Uma guitarra, um cenário caseirinho (se possível em cima da cama), um ar angelical mas que apele a uma certa luxúria e uma voz afinadinha e cristalina qb. Liga-se a câmara (webcam também dá) e tocam-se os acordes aprendidos nas aulas de Religião e Moral, na catequese ou na solidão do quarto com a ajuda do "Guitarra Mágica", de Eurico Cebolo. Em seguida canta-se uma versão intimista e acústica de um tema da moda e/ou hit intemporal, um daqueles clássicos que toda a gente reconhece. Para finalizar, faz-se o upload do vídeo para uma página na internet e envia-se a brincadeira aos amigos, conhecidos e pessoas remotamente familiares. Estão lançados os dados para uma carreira de sucesso no YouTube. 


Mia Rose, uma jovem luso-britânica de 21 anos, parece ter descoberto o segredo para ser uma estrela youtubiana. Semanas depois de ter criado um canal no site, em Novembro passado, já tinha mais de 200 mil assinantes. Hoje, é uma campeã que superou as 90 milhões de visualizações, proeza que a coloca à frente de estrelas como Beyoncé ou U2. Até a revista "Rolling Stone" sabe quem é Mia Rose, apesar de não ter ainda um disco gravado e poucas canções originais. Porquê? Segundo Henrique Amaro, da Antena3, "é cedo para tirar conclusões", já que estes fenómenos "são recentes". Para o radialista, o fenómeno acaba por ser "contra-natura", já que "existem bandas e artistas com carreiras construídas que não conseguem tocar nas rádios, abandonados pelos media, e depois há pessoas que nem discos têm e que de repente são muito faladas e conhecidas."

Já para Miguel Birra, da Sony Music, o fenómeno é fruto de "um misto de imprevisibilidade e sentido de comunidade." "Descobrem os conteúdos na internet, cuja qualidade não é importante e pode nem existir, e sentem-nos como se fossem deles, partilhando-os com outros."

João Teixeira, director da EMI em Portugal, considera que o YouTube pode ser "um bom ponto de partida" e uma "forma de triagem de talento" para as editoras. Por outro lado, pode ser um obstáculo à construção de uma carreira: "Até podem ter muito talento, mas falta-lhes a vivência. Depois há agentes e empresários que lhes dão conselhos que funcionam só a curto prazo. Assinam uns contratos de publicidade para telemóveis ou outra coisa qualquer, com a sua música associada à marca, e dificilmente conseguem uma carreira artística depois disso." Como exemplo, recorda Ana Free, também estrela do YouTube, com um único sucesso até agora (e usado em publicidade) "In My Place".

Por outro lado, e segundo Jwana Godinho da promotora de espectáculos Música no Coração, os fenómenos musicais na internet podem "reflectir-se em concertos e vendas de bilhetes", já que "este tipo de artistas podem ter grande aceitação junto do público." "Tivemos a Ana Free no Summer Fest do ano passado e o recinto estava cheio, com o público a cantar com ela. Quanto à Mia Rose, vi-a no concerto que deu para o MySpace e acho que tem grande potencial. Tem alguma maturidade musical e tem talento ao vivo."

 

Via ionline

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