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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

04
Abr11

Conheça as fantasias sexuais dos portugueses... e surpreenda-se!

olhar para o mundo
As fantasias sexuais dos Portugueses

Dominação, sexo com desconhecidos, ou em público, ou na Igreja: há fantasias sexuais para todos os gostos. Que o diga a autora que reuniu os testemunhos eróticos de 100 portuguesas.

 

Engana-se quem pensa que a típica fantasia sexual feminina se fica por idílicas noites de amor em areais desertos à luz do luar. Aliás: não existe típica fantasia sexual feminina. Há quem fantasie com sexo forçado, quem goste de dominar o parceiro ou de sexo em grupo.

O universo erótico feminino é tão complexo e multifacetado que chega a espantar. Estas foram as conclusões a que chegou a jornalista e escritoraIsabel Freire, autora de ‘Fantasias Eróticas - Segredos das Mulheres Portuguesas' (Esfera dos Livros) um livro que tenta desvendar os segredos do universo erótico feminino.

 

"Os sexólogos dão muita importância às fantasias sexuais", observa. "Sabemos que mesmo as paixões avassaladoras não mantêm a mesma intensidade para sempre. Por isso, ou a mulher opta por viver paixões umas atrás das outras ou arranja ferramentas, como recorrer à fantasia, que podem produzir o mesmo efeito em relações longas. Este livro serve para mostrar que as fantasias sexuais não são uma coisa feia, má ou medíocre."

 

"Não queria fazer uma caderneta de cromos"

"Entendi este trabalho como uma grande reportagem", explica Isabel, que já tinha investigado o mundo das orgias nos ‘quartos escuros' clandestinos das saunas masculinas. O desafio foi lançado por e-mail e no blog que Isabel criou, o ‘Sexualidade Feminina', no qual pedia que lhe respondessem a um questionário de 60 perguntas. Dezoito testemunhos foram recolhidos por entrevista, frente a frente.

 

"Eu própria respondi ao questionário e percebi que era duro", confessa.

 

No final, tinha mais de mil páginas de material. A mais velha das entrevistadas tinha 58 anos; a mais nova, 16. "Sabia que não queria fazer apenas uma caderneta de cromos. Interessa também saber o que há atrás da fantasia." Por isso, pediu a colaboração de especialistas em sexologia, que explicaram práticas, fantasias e termos técnicos. "No livro há mulheres virgens, outras com uma sexualidade muito exuberante, outras que confessam ter muito pouca libido. O que as liga é uma vontade de se conhecerem a si próprias. Maioritariamente, têm formação superior e uma boa relação com as novas tecnologias e computadores. Mas há quem tenha respondido por carta escrita à mão, em pequenas localidades."

 

"Gostaria de experimentar um ménage à trois"

Isabel constatou que o número de mulheres bissexuais no seu livro chegava aos 15%, enquanto que as homossexuais ficavam pelos 10%. "Espantou-me. A bissexualidade é maior entre as mulheres. Mas ainda há muitas heterossexuais que me dizem ‘sou heterossexual até à data, mas concebo que outra mulher me seduza para uma relação erótica ou afectiva'", diz Isabel. Exemplo disso é a quantidade de entrevistadas que dizem fantasiar com uma situação de sexo a três, com um homem e outra mulher - ou até com dois homens. "Os especialistas dizem que as mulheres têm muita facilidade de erotizar as relações porque não centram tanto as relações na genitalidade. Para as mulheres o erotismo não passa só pelo corpo bonito e sedutor", observa Isabel.

Dominadoras e dominadas

Um clássico do imaginário sexual, e que merece o seu próprio capítulo no livro de Isabel, são as fantasias sadomasoquistas, em que várias mulheres referem excitar-se com a ideia de serem usadas como mulher-objecto ou, pelo contrário, dominarem sexualmente o parceiro. Mas pode fantasiar-se à vontade sem que nunca se tenha vontade de usar o chicote ou ser açoitada pelo namorado, como realça a psicóloga clínica Patrícia Pascoal, citada no livro.

Quem passa à acção sabe que o deve fazer com alguém de confiança e, normalmente, opta por práticas mais ligeiras, como ser algemada, vendada, beliscada, mordiscada ou por usar linguagem obscena. "Podemos perguntar como é possível que uma mulher que se diz independente e defensora dos direitos das mulheres, tenha a fantasia de ser mulher-objecto", observa Isabel. "Mas a fantasia é o espaço de liberdade maior e de possibilidade de transgressão absoluta.

O desejo também nasce da transgressão." Neste capítulo pode ler-se o testemunho de uma dominadora confessa. "Uma mulher contou-me que não se deixa penetrar, só penetra, e que gosta de usar um strap on dildo [pénis artificial preso a um cinturão] para penetrar homens e mulheres. E, por acaso, tem uma sexualidade mais bem resolvida. Tem um parceiro que até gosta daquela circunstância."

"Gostaria de ter sexo em público"

Neste caso a excitação é desencadeada pelo stress de ser apanhado em flagrante ou pela ideia de que outras pessoas - alguns dos testemunhos mencionam mesmo a palavra ‘multidão' - observem os actos sexuais praticados. Isabel cita um estudo levado a cabo em 20 países por uma editora, a Cora Publishing House, onde se concluiu que os maiores adeptos eram os noruegueses: 66% diziam ter sexo em locais públicos. As suas entrevistadas também relatam fantasiar com esta situação... e pô-la em prática em vários locais: no cinema, no chão de um bar depois da hora de fecho, na casa de banho do dentista, no escritório do companheiro, no campismo ou na praia, dentro de água.

"A minha fantasia é adormecer nos braços de alguém..."

Isabel Freire afirma que o capítulo consagrado às fantasias românticas é o que custa mais a ler. "Foi aquele em que mais situações traumáticas foram relatadas: anorexia, bulimia, violações consumadas, tentativas de violação, abuso sexual na infância."

Aqui, as mulheres idealizam romances em ilhas tropicais, sexo terno na praia, dentro de uma piscina. "São fantasias idílicas, pouco elaboradas ou transgressivas, nalguns casos vividas com muita excitação. Nestas fantasias o filme é romântico, o envolvimento é sentimental, os corpos são belos, sensuais e tudo é quente como no paraíso", escreve Isabel Freire no seu livro. São primeiros passos tímidos na imaginação erótica, onde nada é perverso ou penalizante.

Particularmente tocante é o relato de uma seropositiva com mais de 40 anos, que relata uma vida sexual bem recheada e cheia de alegrias. Hoje, luta contra a sida e as fantasias mudaram. "Actualmente, do que sinto mais falta é do afecto, da ternura, do carinho. A minha fantasia adormecer nos braços de alguém. Ter um homem que me beije e me acaricie. Dançar encostada ao som da música. Tudo se tornou mais básico", pode ler-se.

Por tudo isto, ‘Fantasias Eróticas' tem o efeito quase terapêutico de pôr as leitoras a pensar na sua sexualidade e vida afectiva. Isabel continua a receber testemunhos, mesmo depois do livro estar editado e sem projectos para um novo volume. Para já, corre o risco de ter o maior acervo nacional sobre o imaginário erótico feminino.

 

04
Abr11

Paris proíbe aquecimento com gás nas esplanadas

olhar para o mundo

Paris proíbe aquecimento com gás nas esplanadas

 

Medida atinge milhares de cafésrestaurantes e bares. Proteções de plástico também são proibidas. Ecologistas queriam alargar a interdição aos aquecimentos elétricos e propunham distribuição de cobertores aos clientes.

 

Os ecologistas desejavam que também fossem proibidos os aquecimentos com energia elétrica, mas só conseguiram interditar os que funcionam com gás. No entanto, o novo regulamento, aprovado pela Assembleia Municipal da capital francesa e que entrará em vigor dentro de dois anos, atingirá milhares de esplanadas porque também foram proibidas as vedações de plástico a que recorrem os donos de cafés e restaurantes para proteger os clientes, na maioria fumadores.

Esta medida "responde a uma dupla preocupação ambiental e de limpeza pública: evitar utilização de energia não renovável e obrigar à utilização de espaço exterior com condições adequadas, como a colocação de cinzeiros. O gasto em energia é importantíssimo, especialmente em cidades como Paris, com uma boa parte do ano com aquecimento indispensável devido às temperaturas externas", diz ao Expresso Hermano Sanches Ruivo, deputado (socialista) municipal de Paris, que votou favoravelmente esta lei.   

Desde que, em 2008, foi proibido fumar no interior deste tipo de comércios, as esplanadas aquecidas a gás e protegidas por plásticos transparentes floresceram - no total, Paris conta com 8600 esplanadas, 3500 delas fechadas total ou parcialmente.

Ecologistas queriam distribuição de cobertores

A edilidade parisiense tomou a decisão em nome da defesa do ambiente e, no caso dos terraços fechados, por "motivos estéticos".

Os ecologistas queriam proibir o recurso a todos os equipamentos que "utilizam uma fonte de energia não renovável", incluindo a elétrica. Propunham esplanadas abertas e que fossem distribuídos, nos dias e noites mais frios, cobertores aos clientes.

"Existem outras possibilidades para além da eletricidade. Vamos acompanhar o processo nos próximos dois anos, para também propormos métodos de fornecimento de energia menos poluidores", esclarece Hermano Sanches Ruivo.

A nova medida obriga igualmente os cafés, restaurantes e bares a colocarem cinzeiros nas mesas para impedir que as beatas sejam lançadas para o chão dos passeios e para as ruas. "Quanto à limpeza do espaço público, por sabermos que os utilizadores são essencialmente fumadores, pretendemos também sensibilizar proprietários de estabelecimentos e clientes para a necessidade de uso dos cinzeiros. Os gastos em limpeza dos passeios e espaços públicos são consequentes, tendo em conta a limpeza é sempre um critério principal, como a segurança, para os habitantes", acrescenta ao Expresso o deputado municipal.    

Os proprietários de esplanadas cobertas e aquecidas a gás protestaram contra as novas medidas que, dizem, "vão matar o negócio".

Litígios frequentes de fumadores com não fumadores

Desde a proibição do fumo no interior dos estabelecimentos, em 2008, aumentaram consideravelmente os litígios entre clientes fumadores e não fumadores.

Os problemas, que necessitam por vezes de intervenção policial, agudizaram-se, designadamente à noite, devido ao ruído provocado pela forte concentração de fumadores no exterior de bares e cafés.

Os vizinhos e residentes nas imediações destes locais queixam-se frequentemente às autoridades por não conseguirem dormir, devido à algazarra feita pelos clientes fumadores nos passeios e nas esplanadas.

 

Via Expresso

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