Da ceroula ao fio dental. A história das cuecas femininas
O livro de Rosemary Hawthorne, "Por baixo do pano", traça a evolução das cuecas femininas de objecto de desprezo, a peça de desejo. A historiadora de moda, defende que o tamanho das cuecas está relacionado com a liberdade das mulheres e que as americanas e europeias preferem o fio dental. “Ao escrever sobre a história das cuecas, apercebi-me que estava a escrever sobre a história social da mulher ocidental e descrevendo não só o progresso de suas roupas de baixo, mas o progresso das próprias mulheres”, diz Rosemary à revista brasileira Época.
A historiadora conta que, até o século XVIII as ceroulas eram peças exclusivas dos homens e que as mulheres que as usassem eram consideradas “libertinas e de moral duvidosa”. Naquela época, as senhoras sérias não usavam nada. Por baixo dos enormes e pesados vestidos, bastava um ou dois saiotes. Por volta de 1800 é que nascem os primeiros modelos de cuecas femininas, em França, como produto da Revolução de 1789, que simplificou o vestuário da Europa. Desde então, as mulheres já experimentaram de tudo: de calções a baby-doll. E quanto menos tecido, sinal de mais liberdade. Via Ionline