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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

Um olhar sobre o Mundo

29
Set10

Música Portuguesa do dia : Jorge Palma - À Espera do fim

olhar para o mundo

Letra
Vou andando por ai 
Sobrevivendo á bebedeira e ao comprimido 
Vou dizendo sim á engrenagem 
E ando muito deprimido 
É dificil encontrar quem o não esteja 
Quando o sistema nos consome e aleija 
Trincamos sempre o caroço 
Mas já não saboreamos a cereja 

Já houve tempos em que eu 
Tinha tudo não tendo quase nada 
Quando dormia ao relento 
Ouvindo o vento beijar a geada 
Fazia o meu manjar com pão e uva 
Fazia o meu caminho ao sol ou á chuva 
Ao encontro da mão miúda 
Que me assentava como uma luva 

Se ainda me queres vender 
Se ainda me queres negociar 
Isso já pouco me interessa 
Perdemos o gosto de viver 
Eu a obedecer e tu a mandar 
Os dois na mesma triste peça 
Os dois á espera do fim 

Tu tens furtuna e eu não 
Podes comer salmão e eu só peixe miúdo 
Mas temos em comum o facto de ambos vermos 
A vida por um canudo 
Invertemos a ordem dos factores 
Pusemos números á frente de amores 
E vemos sempre a preto e branco o programa 
Que afinal é a cores

http://www.vagalume.com.br/jorge-palma/a-espera-do-fim.html#ixzz10rGSyvbk

23
Jun10

Música Portuguesa do dia : Madredeus - Estrada da Montanha

olhar para o mundo

Letra

Nessa estrada que vai à montanha
Há uma casa pequena
Onde um dia eu hei-de ir morar

Encanta e vale a pena
Ver a montanha serena contra o azul profundo do mar

É lá,
É lá que eu vou sentir o vento
E posso provar a tempo todos os frutos de cada estação

Nessa estrada que vai à montanha,
Lá na casa branca,
Já deixei o meu coração

- Ai é, Ai é,
- Pois é, eu também quero ir nessa estrada, qual é?

- Ai é, Ai é,
- Pois é, eu também quero ir aí!

14
Abr10

Orelha Negra. A minha colecção de discos é maior do que a tua

olhar para o mundo

Orelha negra

 

"Pessoal, acabou-se a tanga: marquei um concerto para Outubro." Foi Fred, o baterista da banda que resolveu a questão. Depois de 80 temas compostos, muitas horas de ensaios e outras tantas de gravações, tinha chegado a hora de sair para o mundo. "Antes de termos este álbum já tínhamos uma antologia, um disco quádruplo com os 80 temas que fomos gravando", brinca Fred.

Os Orelha Negra são Francisco Rebelo (baixista) e João Gomes (teclista), dos Cool Hipnoise, o rapper Sam The Kid (Samuel Mira), Fred, baterista dos Buraka Som Sistema e de vários outros projectos, e DJ Cruzfader. O som, instrumental, é um misto de funk e soul, com pitadas de hip-hop, groove aos molhos e samples, por vezes improváveis, de música e voz. "Tínhamos vontade de fazer uma coisa mais livre e instrumental em que pudéssemos experimentar e que vivesse mais da música do que das palavras. Estamos sempre a pensar no que é que vamos fazer a seguir e isto nunca tínhamos feito", explica João. 

As jam sessions surgiram em 2008 durante a digressão de Sam The Kid, com o álbum "Pratica(mente)", em que todos participaram ao vivo. Nos intervalos improvisavam e "nas partes em que o Samuel não cantava" o resto da banda "desbundava umas coisas", resume Fred.

A desbunda deu num concerto que se transformou em álbum. Doze temas escolhidos entre 80 através de um sistema de pontuações dadas pelos próprios autores: os temas que tivessem direito a cinco estrelas fariam parte do alinhamento do concerto. "No momento em que acabámos de tocar percebemos que tínhamos o disco feito. Dois dias depois estávamos em estúdio a gravar", conta Francisco. 

Em vinil 
Os discos não servem só para emprestar samples e loops aos temas dos Orelha Negra. As capas dos vinis escondem as caras dos membros da banda, numa montagem conhecida como Sleeveface. "O objectivo era tirar o foco de quem compõe e virá-lo para a música. As capas dos discos, para nós, são a parte visual da música", refere João. Fred sublinha: "Aquelas capas acabam por ser o outro elemento da banda." Mas Francisco resume: "Isto ouvido assim parece uma cena muito cerebral e pensada, mas não foi. Nós achámos piada ao conceito, era uma coisa diferente. Todas estas conclusões só as tirámos depois de estar a cena feita."

E nos Orelha Negra não há preconceitos: de Roberto Leal a António Victorino d'Almeida, não há capa que não seja bem acolhida. "As capas não têm de ser necessariamente as nossas referências ou coisas de que gostemos [e exemplifica cantando "Nothing's Gonna Stop Us Now", dos Starship], mas que naquele momento, naquele contexto, façam sentido. A música pode ter três bons segundos iniciais, por exemplo", explica Samuel.

Além da estética, os temas dos Orelha Negra contam com samples de vozes tão conhecidas como Henrique Mendes, Fernando Tordo e Júlio Isidro, possíveis através da magia do YouTube: "Nós podemos ter uma grande memória de arquivo mas não conhecemos tudo e se soubermos pesquisar de forma correcta, chegas lá", explica Samuel. E há coincidências felizes: "Para o tema 'Saudade' o Samuel chegou aqui com o sample da voz de Júlio Isidro, a apresentar uma música chamada 'Saudade', e era mesmo aquilo," conta João. 

O concerto
"Orelha Negra", álbum homónimo, já está nas lojas, desde Março, e vai ter direito a uma apresentação ao vivo, amanhã à noite, na discoteca Lux, em Lisboa: "Vamos tocar o disco todo, inclusive "Saudade" que nunca tocámos ao vivo, e três medleys com várias músicas conhecidas de hip hop. Depois cada um vai fazer um DJ set", explica Fred. "Cada um, não, nós, como unidade", protesta João. Instalada a discussão, com os restantes membros da banda a explicar que era melhor ser um de cada vez, o teclista de serviço termina a conversa: "Ai é? É assim que vai ser? Vocês é que sabem. Já agora, pedimos às pessoas que levem placas de pontuação para os DJ sets, não?" A ideia foi aplaudida por todos, por isso já sabe: amanhã não se esqueça de pontuar os artistas. Mas só durante o DJ set.

08
Jul09

Musica Portuguesa do dia:Embora doa - Klepht

olhar para o mundo



Letra

 

é a duvida que resta,
que me leva a perguntar...
qual papel será o meu? 
o de quem nada faz?

embora doa, nada fiz para mudar.
embora doa, nada vai mudar.

e revemos nas imagens que não passa de um esboço...
escolhem os senhores da guerra os motivos a seu
gosto...

embora doa, nada fiz para mudar.
embora doa, nada vai mudar.

porque nada surpreende.
já vivemos com o medo.
quem nos chama á razão?
ao som de armas adormeço...

embora doa, não me faz perder o sono.
embora doa...

escorre sangue pelo ombro em directo na tv
explode a carne em mãos de quem nada fez

embora doa, não me sujo desse sangue 
embora doa, há sempre outro canal
embora doa...
embora doa, não me sujo desse sangue
embora doa, há sempre outro canal.

é a duvida que resta que me leva a perguntar...

07
Jul09

Musica Portuguesa do dia:Clandestino - Deolinda

olhar para o mundo



Letra

 

a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava 

ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar 
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino 

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava 

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino

 
Composição: Pedro da Silva Martins
06
Jul09

Musica Portuguesa do dia:Ponto de Luz - Sara Tavares

olhar para o mundo

 

 

Ponto de Luz ( Sara Tavares)

 

Escutando no vento
Tua voz secreta
Que me sopra por dentro
Deixe-me ser só ser

No teu colo eu me entrego
Para que me nutras
E me envolvas
Deixa-me ser só ser

Um ponto de luz
Que me seduz
Aceso na alma

Um ponto de luz
Que me conduz
Aceso na alma

Por trás dessa nuvem
Ardendo no céu
O fogo do sol rai
Eternamente quente
Liberta-me a mente
Liberta-me a mente

Um ponto de luz
Que me seduz
Aceso na alma

Um ponto de luz
Que me seduz
Aceso na alma

30
Jun09

Musica Portuguesa do dia:Pertencer - Xutos e OIOAI

olhar para o mundo


Letra

 

Desapareço a vapor
fico fechado ao lado
sentindo-me só
passando despercebido

À garrafa agarrado
o meu nome é ...
Desapareço ao teu lado 
de fora fico a ver

As pessoas para onde vão?
Dentro dos autocarros
levados são levados 
Comida por liberdade

O meu nome é João e vivo ao teu lado
O meu nome é Yuri do continente gelado
O meu numero é zero nesta democracia
Deixa-me pertencer eu quero pertencer-te

Letra: Pedro Puppe
Arranjos e Música: Oioai e Xutos e Pontapés

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