Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

Um olhar sobre o Mundo

20
Dez10

1 LIVRO usado = 1 SORRISO colorido

olhar para o mundo

 

A equipa "Coração na Guiné" está a levar a cabo mais uma feliz campanha para ajudar os meninos e meninas da Guiné-Bissau!

Desta vez, a ideia é juntar o máximo de livros, gramáticas, prontuários e dicionários de língua portuguesa possíveis, novos ou usados, para ajudar a equipar 15 oficinas de língua portuguesa e reabilitar 2 bibliotecas de uma escola primária.

Apesar do Português ser a língua oficial da Guiné-Bissau, o Crioulo é ainda maioritariamente falado assim como os dialectos regionais tais como o Mandinga e o Mandjaco.

Na Guiné, as condições de ensino são ainda muito precárias e o acesso a livros, dicionários e manuais escolares em português é muito limitado.

À semelhança da maioria dos países africanos, o ensino público na Guiné-Bissau é marcado por grandes carências a vários níveis. O parque escolar encontra-se muito degradado, a maioria das escolas não tem água nem luz e escasseia material de trabalho tão elementar como livros, quadros escolares ou giz...

Uma triste realidade que podemos ajudar a modificar, contribuindo para esta campanha!

 

Via  SORRISOS SEM COR

 

Para mais informação ir aqui: http://www.coracaonaguine.com/

03
Nov10

Criança de 10 anos dá à luz um bebé

olhar para o mundo

Criança de 10 anos dá à luz

 

Uma criança com 10 anos de origem romena deu à luz um bebé no hospital de Gerez (Cádis) em Espanha – avança o jornal espanhol “El País”.

Segundo a conselheira do departamento para a igualdade da AndaluziaMicaela Navarro, o bebé ficará com a família. A técnica mostrou-se  surpreendida e confirmou que a mãe e o recém-nascido se encontram em “perfeitas condições de saúde.”

Entretanto o jornal “Diario de Jerez” já informou que o bebé nasceu com 2,9 quilos no hospital de Gerez na quarta-feira passada.

Em 2008 – o último ano para o qual o Instituto Nacional de Estatísticas espanhol disponibiliza dados - 48 menores de 15 anos deram à luz. Nesse mesmo ano, em Espanha, outras 177 menores deram à luz.

Em Portugal, mais de 10% das interrupções voluntárias de gravidez ocorrem emadolescentes com idades até aos 19 anos. Em 2009, 4347 jovens, entre os 12 e os 19 decidiram levar a gravidez até ao final, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

 

 

Via Ionline

20
Out10

Enfermeira diagnostica cancro através do Facebook

olhar para o mundo

Enfermeira diagnostica cancro através do Facebook

 

O Facebook é, sem dúvida, uma das maiores redes sociais do mundo, com milhões de utilizadores em todo o mundo, e já foi responsável por várias histórias curiosas que se tornaram notícia.

Desta vez, o "Daily Mail " publicou a história de Grace, uma menina de dois anos a quem foi diagnosticado um cancro raro através de uma fotografia publicada no perfil da mãe.

Nicola Sharp é enfermeira pediátrica há 20 anos. Enquanto visitava as fotografias da sua amiga Michele Freeman no Facebook detetou algo estranho numa delas, em que Michelle aparecia com Grace, a sua filha de dois anos.

É que a menina tinha o olho direito com um reflexo vermelho, mas o outro estava branco. "Normalmente os olhos ganham um tom avermelhado nas fotografias, mas quando o olho está branco, pode significar que algo está errado", explicou a enfermeira ao jornal. Nicola alertou de imediato a amiga, para que Grace fizesse exames médicos.

Diagnóstico confirmou cancro na retina

 

Acabou por se descobrir que a criança tinha um retinoblastoma, um cancro na retina, bastante raro. Dois tumores estavam alojados no olho esquerdo, do qual Grace já tinha perdido totalmente a visão.

A cegueira não tinha sido detetada uma vez que a criança tem apenas dois anos, e se não fosse o alerta de Nicola, provavelmente a doença não teria sido diagnosticada a tempo.

A mãe, Michelle, afirmou em declarações ao "Daily Mail", que acredita que Nicola terá salvo a vida da sua filha. "Não há dúvidas para mim de que Nicola salvou a vida a Grace. Não havia quaisquer indícios de que Grace tinha um problema nos olhos e nunca teríamos sabido sem a ajuda de Nicola."

A menina de dois anos tem agora que viajar de Heywood, onde habita, para Birmingham, de quatro em quatro semanas, para fazer um tratamento com laser. Terá sempre de fazer exames para monitorizar o seu estado de saúde, mas deverá sobreviver.

Este tipo de cancro apenas afeta crianças mais pequenas, adianta a notícia do jornal britânico, e quando diagnosticado cedo, como aconteceu com Grace, há uma grande probabilidade de cura.

 

Via Expresso

25
Jul10

Bons pais podem ter filhos maus

olhar para o mundo

Por vezes há pessoas más.. porque sim!

 

"Não sei o que fizemos de errado", disse-me a doente no meu gabinete de psiquiatria. Era uma mulher inteligente e que sabia expressar-se, com pouco mais de 40 anos, que me procurou com queixas de depressão e ansiedade. Ao discutir as pressões que enfrentava tornou-se claro que o filho adolescente era, há muitos anos, a mais importante.

Em miúdo, explicou, lutava muitas vezes com outras crianças, tinha poucos amigos íntimos e a reputação de mau. Ela esperara sempre que ele mudasse, mas na altura ele estava quase com 17 anos e ela sentia-se cada vez mais abatida. 

Perguntei-lhe o que queria dizer com "mau". "Detesto admiti-lo, mas ele é cruel e não tem compaixão pelos outros", respondeu. Em casa era provocador e mal-educado, muitas vezes insultava os familiares. 

Entretanto mandara avaliá-lo por vários pedopsiquiatras, que o submeteram a testes neuropsicológicos exaustivos. Os resultados eram sempre os mesmos: estava no escalão superior da inteligência, sem vestígios de dificuldades de aprendizagem ou doença mental. A mãe perguntava a si mesma se ela ou o pai teriam sido de alguma forma negligentes. 

Nem um nem o outro, ao que parecia, se tinham saído tão bem nas avaliações psiquiátricas como o jovem. Um terapeuta notara que não eram inteiramente coerentes no que dizia respeito ao filho, especialmente em termos de disciplina: ela era mais permissiva que o marido. Outro terapeuta sugeriu que o pai não estava suficientemente presente e insinuou que não era um modelo forte para o filho. 

Porém, havia um inconveniente com as explicações: este casal em teoria com dificuldades conseguira educar dois outros rapazes bons e adaptados. Como teriam conseguido, se eram tão maus pais?

A verdade é que tinham uma relação diferente com o filho difícil. A minha doente foi a primeira a admitir que se zangava muitas vezes com ele, algo que quase nunca acontecia com os irmãos. 

Havia outra questão fundamental em aberto: se o rapaz não sofria de nenhuma problema psiquiátrico demonstrável, o que se passava? 

heresia? A minha resposta pode parecer herética, vinda de um psiquiatra. Afinal tendemos a ver o mau comportamento como uma psicopatologia a exigir tratamento: não existem pessoas más, apenas doentes. Mas talvez este jovem não passasse de uma pessoa má. 

Durante anos, os profissionais de saúde mental foram treinados para ver as crianças como meros produtos do seu ambiente, intrinsecamente boas até serem influenciadas no sentido contrário. Por trás de um mau comportamento crónico estava um pai ou uma mãe. 

Contudo, embora não pretenda deixar os maus pais fora do assunto - infelizmente são demasiados, dos malignos aos apáticos -, permanece o facto de pais decentes poderem criar filhos malvados. 

Quando digo "malvados" não quero dizer psicopatas. A literatura científica é abundante em escritos sobre psicopatas, incluindo as histórias de abuso na infância, a tendência precoce para violar as regras e a crueldade com colegas e animais. Alguns estudos sugerem que este comportamento anti-social pode ser modificado com ajuda dos pais. 

No entanto, não se tem escrito muito acerca de pais bons com filhos doentios. 

resistir aos filhos Outro doente falou--me do filho, então com 35 anos, que, apesar dos muitos privilégios, tinha mau génio e era mal-educado com os pais - recusava-se a devolver telefonemas e emails, mesmo quando a mãe esteve muito doente. "Temos dado voltas à cabeça para perceber por que razão o nosso filho nos trata assim", contou-me. "Não sabemos o que fizemos para merecer isto." Aparentemente, muito pouco. 

Admiramos a criança resistente que sobrevive aos pais mais doentios e ao pior ambiente em casa e consegue ter êxito na vida. Contudo, o contrário - a noção de que algumas crianças podem ser as sementes más de pais decentes - é difícil de aceitar.

Vai contra a ordem normal, não apenas por parecer uma avaliação triste e pessimista, mas por violar a crença social de que as pessoas têm um potencial praticamente ilimitado para a mudança e para o auto-aperfeiçoamento. 

Nem toda a gente se revela brilhante - tal como nem todos se revelam simpáticos e amorosos. E isso não será necessariamente devido ao fracasso dos pais ou ao mau ambiente doméstico. Acontece porque os traços de carácter que revelamos no dia-a-dia, como todo o comportamento humano, têm componentes genéticas, que não podem ser inteiramente modeladas pelo melhor dos ambientes, e menos ainda pelos melhores psiquiatras.

"Os pedopsiquiatras, hoje, acreditam que a doença está muitas vezes na criança e que as reacções da família podem agravar o cenário, mas não criá-lo por completo", diz o meu colega Theodore Shapiro, pedopsiquiatra do Weill Cornell Medical College. "A era do 'não há crianças más, apenas pais maus', passou." 

Lembro-me de uma doente me confessar ter desistido de manter um relacionamento com a filha de 24 anos. Já não suportava as críticas contínuas. "Ainda a amo e tenho saudades dela", disse, com tristeza. "Mas na verdade não gosto dela." Para o melhor ou para o pior, os pais têm pouco poder para influenciar os seus filhos. Por isso não devem precipitar-se a assumir todas as culpas - ou créditos - por tudo aquilo em que os filhos se transformam.

28
Jun10

As Palavras dos outros : Quando nada faz sentido... - Rita Marrafa de Carvalho

olhar para o mundo

O Drama das crianças com Sida na África do Sul

 

Tem 18 meses mas mal sabe andar. Tem movimentos lentos quando gatinha. Senta-se, serena, e olha-me inclinando a cabeça. Olhos semicerrados e sem sorrisos. Olha-me.

É pequena. Muito pequena. E noto-lhe a fragilidade quando chega à minha beira. Acabei de chegar e estende-me os dois braços. Não é um pedido... é uma urgência. Não é um capricho. É uma necessidade. Nunca me viu mas precisa que lhe dê o que não tem. Estende-me os braços e pego-a ao colo.

É excessivamente leve. Mantém os movimentos lentos quando encosta a sua cabeça à minha. Meto-lhe a mão debaixo da camisola. Faço festas por cima de pequenas feridas. Dezenas delas, espalhadas pelo corpo. Não sei o seu nome para a confortar mas falo com ela inglês. Seguro-lhe a mão gelada enquanto a deito no meu colo. Seguro-a como se fosse minha. Aconchega-se e agarra, com força, o meu dedo. Larga-o para conhecer o botão do meu casaco ou para me tocar no rosto.

Chamam-na por um nome zulu. Lamento a minha dificuldade em pronunciá-lo. Todos os seus gestos transportam uma lentidão assustadora. Olha-me reflexiva. Intensa. Por pouco adormece. Ficava ali uma vida. Eu dar-lhe-ia uma, se tivesse.

Seguro-a com a ferocidade de quem a disputa com o tempo e com a doença. Tem 18 meses e não chegará aos 20 anos. É seropositiva.

Sento-me no chão do refeitório e correm três, desengonçados, para o meu colo. Um em cada perna, enfiados no ângulo do ombro e do braço. O da direita adormeceu ali... sujo de arroz e carne, tombou nos meus braços de sono. O outro mexe-me nos óculos, curioso. Ao fundo, Amigo arrasta-se de quatro com os seus 6 ou 8 meses. Ninguém sabe muito bem... A mãe deu-lhe o nome de Amigo e deixou o Amigo na maternidade. Pequeno, sozinho e infectado com HIV. Amigo saiu da sala de partos... para aqui.

Falta-lhes tudo. Saúde e mimo. E aqui, fazem o que podem.

Sedentos de ternura, partem para a sesta. Já fizeram a medicação da manhã. Partem para a sesta e não me vêem partir. Melhor assim... Não os quero ver partir. Ninguém os quer ver partir... Hoje adormeço com um coração geneticamente dorido.

Via Mundial à parte

10
Mai10

Afonso encontrou dador de medula óssea

olhar para o mundo

Afonso encontrou dador de medula

 

A criança portuguesa natural de Macau que está em tratamento a uma leucemia no IPO do Porto encontrou um dador compatível, anunciou a família aos amigos que nos últimos meses se multiplicaram em acções de sensibilização para a doação de medula óssea

 

Afonso Couto, seis anos, filho do piloto português André Couto, que corre no Grand Turismo japonês, e da jurista Graça Saraiva, foi diagnosticado com leucemia em Outubro de 2009 depois de testes feitos na Tailândia e em Hong Kong.

Feito o diagnostico, Graça Saraiva rumou a Portugal onde tem permanecido com Afonso e com a irmã, Catarina, de apenas dois anos. No Porto, a criança tem sido submetida a tratamento de quimioterapia.

A campanha pela doação de medula óssea em nome de Afonso tem decorrido um pouco por todo o mundo, com desportistas como Nuno Gomes, Pedro Lamy ou Cristiano Ronaldo a darem a cara pela causa.

Dezenas de pessoas em Macau deslocaram-se a Hong Kong para se registarem como dadores.

Encontrado um dador para Afonso Couto, o transplante está agendado para dia 20 de Maio e agora a criança está «em mais uma etapa» para o que todos esperam sejam a sua cura.

Num email enviado aos amigos, Carlos Couto, arquiteto responsável pelo pavilhão de Portugal na Exposição de Xangai e avô de Afonso Couto, explica que a «luta continua».

«A todos, e foram mesmo muitos, um profundo obrigado pela ajuda, solidariedade, empenhamento e participação na grande campanha de doação de medula óssea. Vocês foram fantásticos e estão todos de parabéns», diz Carlos Couto.

O arquiteto recorda, no entanto, que a luta não acaba agora, até porque, como a própria família prometeu, nunca vão deixar a promoção da doação de medula óssea.

«Não se esqueçam que esta campanha não acaba aqui. Há muitas outras crianças e adultos ainda a precisar de todos nós. Vejam este resultado apenas como um incentivo e continuem a divulgar e a participar ativamente em todas as campanhas de registo de dador de medula óssea com a mesma força e com o mesmo empenhamento com que o fizeram até hoje», concluiu.

 

Via Sol

26
Abr10

Foi seduzido por uma mulher que se fez passar por uma rapariga

olhar para o mundo

Chamam-lhe “SS”. Chamam-lhe “SS” ou “Sempre Só” ou “Serralheiro Solitário” e riem-se. Riem-se como se o isolamento não doesse. Quando o souberam desaparecido, alguns colegas da cooperativa de ensino que frequenta em Riba de Ave julgaram que se atirara ao rio. Não imaginaram que tivesse caído numa suposta rede de tráfico humano.

Fora “referenciado” na escola. Quão difícil seria chegar ao coração de um solitário rapaz de 15 anos, oriundo de uma família numerosa, carenciada, com um pai ausente, a trabalhar em Barcelona, e uma mãe um tanto alienada por algum consumo de bebidas alcoólicas? Uma mulher ter-se-á feito passar por uma miúda da sua idade. Paulo (nome fictício) “encontrava-se” com ela na Net. Primeiro, no seu INSYS, oferta do e.escola, programa pensado para facilitar o acesso dos alunos do 5.º ao 12.º ano à sociedade de informação. Depois, num dos dois computadores do Café Triângulo, a uns 50 metros de casa, mesmo à entrada da zona urbana de Vizela.

Algo não batia certo. Amiúde, livrava-se das irmãs que com ele vivem – uma mais nova e outra mais velha – antes de descer o asfalto até ao café. Não gostava de usar o computador na presença se outros. Se alguém estivesse a usar um, abstinha-se de usar o outro. As más-línguas já se acotovelavam frente ao rapaz baixo, moreno. Pelos gestos delicados, julgavam-no a falar com alguém do mesmo sexo.

Naquela segunda-feira, 12 de Abril, saiu de casa cedo, como é seu costume em dias de aulas. Está a tirar um curso de educação e formação, que lhe dará equivalência ao 9.º ano e que poderá fazer dele um serralheiro mecânico. Não seguiu até à Didáxis, cooperativa de ensino. Em vez de ir às aulas, apanhou o comboio para o Porto, na ânsia de ver a amada. Na estação de comboios, olhou para um lado, olhou para outro: ninguém com um rosto igual ao que aparecia nas fotografias que ele tantas vezes contemplara. De repente, aproximam-se uma mulher e três homens. Conduziram-no, sob ameaça, a Santa Mariña do Monte, na zona rural de Orense, já do outro lado da fronteira.

Isto mesmo contou, primeiro, à Polícia Nacional (Espanha), depois, à Polícia Judiciária (PJ) e, entretanto, a alguns vizinhos baralhados com as versões contraditórias que circulavam de boca em boca. Parte do jogo de sedução há-de estar no telemóvel e no portátil que esta quarta-feira, na GNR, mostrou à PJ.

Sai das aulas às 17h30 ou às 18h30 e apanha o autocarro perto das 19h. Naquela segunda-feira, a noite caiu e não entrou na casa de pedra caiada e pintada de amarelo. Preocupada, a mãe cruzou o portão verde e virou à direita, em busca de um rapaz que também frequenta a Didáxis. O vizinho já chegara. Passavam uns minutos das 20h. O tio do rapaz, dono de um armazém situado na rua atrás, aconselhou-a a esperar mais um pouco. Por volta das 22h, levou-a à GNR. Escaldados com histórias de adolescentes que se atrasam ou escapam, os militares mandaram esperar. À meia-noite, a mãe e o vizinho tornaram ao posto – a tentar forçar diligências.

No dia seguinte, a notícia correu veloz. Um tanto conscientes da crueldade que reservam a Paulo, alguns colegas emudeceram. Teria posto fim à vida, como o miúdo de 12 anos que se atirara ao Tua? Naquele mesmo dia, telefonou à mãe a dizer que estava bem, que estava no Porto, que estava a trabalhar. A mãe tentou saber mais. A chamada foi cortada de forma abrupta.

Alguns vizinhos encontraram sentido: a família era apoiada, tivera sete filhos e perdera um; os três mais novos estariam ou já teriam estado debaixo de olho da protecção de menores. A PJ do Norte, porém, não se fiou na teoria da partida por vontade própria em busca de ganha-pão. A chamada ter-lhe-á, de resto, permitido perceber que estava em Orense. Impunha-se pedir colaboração a Espanha.

Os espanhóis resgataram-no na quinta-feira, 15 de Abril. Dormia num colchão esfarrapado, fechado numa cave, rodeado de sujidade, de desperdícios, de sucata. Terá sido forçado a trabalho árduo. Quem vivia perto nem desconfiava e tê-lo-á visto embrenhado em tarefas diversas.

Aquela era a casa de um casal metido consigo próprio. Empenhado na recolha de sucata, faria algum trabalho no campo, em Monterrei, outro município da província. E, numa quinta, ali mesmo, em Santa Mariña do Monte, teriam coelhos, galinhas e outros animais domésticos.

Naquele dia, as autoridades detiveram o casal e um homem que terá colaborado no alegado sequestro – os três aguardam, agora, julgamento no Estabelecimento Prisional de Pereiro de Aguiar, em Orense. Volvidos três dias, detiveram um irmão de um deles, em Madrid. A PJ e a PN investigam eventuais ligações entre este caso e casos de tráfico de pessoas para exploração laboral ou mesmo escravatura protagonizados por indivíduos que se movem entre Portugal e Espanha e que tanto usam documentação portuguesa como espanhola.

À entrada de Vizela, já não há pachorra para jornalistas. Familiares e pessoas próximas – como a vizinha que faz as vezes de encarregada de educação de Paulo e auxilia a família conforme pode – têm indicações da PJ para não falar. E acusam desgaste com o tratamento que o caso mereceu. Na escola, continuam a chamar-lhe “SS” ou “Sempre Só” ou “Serralheiro Solitário”. Às vezes, no recreio, as raparigas rodeiam-no, agarram-no, acompanham-no. Só para rir.

Ana Cristina Pereira

Público

24 de Abril de 2010

 

Via Meninos de ninguém

24
Abr10

Menores aliciados através da internet

olhar para o mundo

Aliciamento de menores pela net está a aumentar

 

Entra-se num site de conversação para falar com os amigos. Um desconhecido mete conversa. Acha-se graça. Responde-se. Aos poucos a relação vai crescendo e, em pouco tempo, partilham-se histórias e fotos. Mas do outro lado da linha pode nem sempre estar alguém com boas intenções. Um abusador ardiloso, um assaltante interessado em informações da casa de família ou um traficante que alimenta uma rede de exploração laboral. Tudo casos reais.

A maioria dos aliciamentos através da Internet são de cariz sexual e vários inspectores da PJ ouvidos pelo PÚBLICO acreditam que estão a aumentar. Como tem aumentado o acesso dos mais novos a este meio de pesquisa e conversação. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, os menores entre os 10 e os 15 anos são os que mais utilizam a Internet. Em 2008, neste grupo etário eram 92,7 por cento os que indicavam utilizar a Net, contra 87,4 na classe dos 16 aos 24 e 69,5 na dos 25 aos 34. O número desce para 5,2 por cento no último grupo etário dos 65 aos 74 anos. 

Em 2005, apenas um terço dos menores entre os 10 e os 15 anos afirmava utilizar a Internet "todos ou quase todos os dias", uma percentagem que subiu para 55 por cento em 2008. 

Aumento de participações

O aumento de participações, acreditam os investigadores, é sinal de uma maior consciencialização de todos, sobretudo dos pais, que na maior parte das vezes denunciam os casos. "Muitas vezes os menores nem se apercebem que estão a ser vítimas de um abuso", explica o inspector-chefe da Directoria do Centro da PJ, Camilo Oliveira, coordenador do departamento que investiga os abusos sexuais. É que quando se fala de abusos não está implícito necessariamente o contacto físico. "Podem ser exibições através da câmara web, a entrega de fotografias íntimas ou a pura existência de conversas de cariz sexual entre um adulto e um menor de 14 anos", exemplifica. 

Para sensibilizar os menores para os riscos da Internet, especialmente para os aliciamentos sexuais, a Directoria do Centro da PJ assinou em Maio de 2007 um protocolo com a Direcção-Regional de Ensino do Centro. "Vamos às escolas explicar os riscos da Internet aos menores, aos professores e aos pais", concretiza Camilo Oliveira, que contabiliza 40 acções por ano. No Porto também foi feito um protocolo com a Direcção-Regional de Ensino do Norte, mas o objecto é a sensibilização para os crimes informáticos, desfiando fenómenos como o pishing (técnicas de acesso ilegítimo a contas bancárias movimentadas por Net) ou as burlas através da Net. 

Falta de dados

Em 2007, a PJ registou 67 casos de pornografia infantil via Net e das mais de 500 participações de abusos sexuais feitas nesse ano, 12 por cento eram relativos a crimes praticados através da Net. Camilo Oliveira não quer avançar um número mas garante que "uma boa parte" dos abusos sexuais que entram na sua directoria, já decorre de aliciamentos feitos através da Internet. Outros inspectores dão o mesmo testemunho e um até revela que o ano passado foi detido um pedófilo que abusou de uma menor logo no primeiro encontro, combinado através de um site de conversação. A PJ dispõe de dados, mas estes não foram disponibilizados em tempo útil. Já a Procuradoria-Geral da República diz que não dispõe de elementos "por ausência de um sistema informático capaz, já prometido mas ainda não criado".

Helena Sampaio, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, mostra-se preocupada com este fenómeno e aconselha os pais a acompanharem mais os filhos na utilização das novas tecnologias. "Não vale a pena proibi-los de ter acesso à ferramenta, mas alertá-los para os perigos que eles correm com determinado tipo de utilização", afirma a psicóloga. Crianças isoladas, com problemas de socialização e de auto-estima estarão mais vulneráveis a este tipo de aliciamento. Aos pais, Helena Sampaio sugere que façam algumas simulações de algumas situações de risco, para perceber se os filhos respondem da forma adequada e aconselhá-los se necessário.

 

Via Público

26
Mar10

15 sítios para largar os miúdos nas férias

olhar para o mundo

Onde deixar os miúdos nas férias

 

Se os miúdos mandassem, os programas de férias não tinham actividades pedagógicas. Prefiriam ir a Los Angeles conhecer a Miley Cyrus, à Disney Paris, a Londres, ou simplesmente ao espaço. Como isso não é assim tão simples e não queremos provocar um ataque de nervos aos pais, escolhemos 15 actividades para ocupar as duas semanas de férias dos mais pequenos. De norte a sul do país ainda é possível encontrar vagas. Mas apresse-se a marcar.

Apesar de serem miúdos, já sabem bem o que querem. Assim, há férias para todos os gostos, até para quem gosta de tudo um pouco. Há aulas de surf e de caiaque para os mais audazes. Mas os pais não precisam de se preocupar, porque há sempre monitores atentos para amparar as quedas. Para acabar de vez com a ideia de que os vegetais nascem nas prateleiras dos supermercados, inscreva-os nos ateliers de jardinagem e horticultura. E se o seu filho tiver queda para salvar o ambiente e os animais, pode sempre levá-lo para a colónia de férias do Monte Selvagem, no Alentejo ou até ao Jardim Zoológico, para darem uma mãozinha aos tratadores. Quem tiver veia artística, não faltam opções por todo o país.

 

Indecisos

 

Fundação Serralves, Porto


Há brincadeiras para todos os gostos e idades. Dos 4 aos 12 anos, os miúdos podem ser protagonistas de umas férias criativas e diferentes, em Serralves. Desde oficinas de construção, de pintura e ciência, ao maravilhoso mundo dos insectos, passando pela decoração de T-shirts e confecção de guloseimas da Páscoa (quem é que nunca quis ter uns bigodes de chocolate?) e exercícios de expressão corporal, cheios de luzes, cores e ritmos, tal e qual como nos sonhos. 
Preço: entre €40 e €50 
Quando: 29 Março a 09 Abril
Contactos: 226156587

 

Oceanário de Lisboa


No maior aquário da capital, a Páscoa é feita de cinco dias temáticos: são quatro a descobrir os oceanos e um a fabricar super-heróis. Os miúdos dos 4 aos 12 anos vão explorar o Atlântico, Pacífico, Índico e os oceanos gelados, e todos os bichos que por lá habitam. Há pinguins, peixes de todas as cores, ursos polares e, cuidado, tubarões. Com viagens fantásticas entre submarinos e viagens de algas, qualquer um pode proteger o ambiente, basta pôr uma capa, reciclar e poupar água.
Preço: €40 por dia 
Quando: 29 Março a 09 Abril
Contactos: 218917002/06

 

Associação Académica da Universidade do Algarve


Em Faro a brincadeira fica por conta do “Campus em Férias”.
Basta ter entre 7 e 11 anos para poder passar uma Páscoa em grande. Para os mais intelectuais há a ciência, para os mais irrequietos há hipismo e todo o tipo de desporto. Para quem gosta de aprender, pode fazê-lo através dos vários workshops pensados especialmente para os mais novos. Os lanches e os almoços também não estão esquecidos, assim como um CD de fotografias, para mais tarde recordar.
Preço: €80 
Quando: 5 a 9 de Abril
Contactos:  289818606


Miúdos Radicais

Surf Camp de Matosinhos

Quem nunca se imaginou em cima de uma prancha de surf, é um ovo podre. Melhor do que imaginar, é fazer-se às ondas. Com a escola Onda Pura, na praia do Titan, os miúdos dos 7 aos 15 anos, podem tornar-se surfistas a sério e praticar toda a espécie de desportos: futvolei,  basquetebol, andar de patins em linha e de caiaque. 
Preço: entre €20 e €120 
Quando: 29 Março a 09 Abril
Contactos:  9121000 47

 

Campo de Férias Castor, Landeira

O nome do local já promete: Quinta Contente. Aqui, os miúdos dos 6 aos 17 anos podem ser verdadeiros heróis. Só precisam de coragem e determinação para o kartcross, canoagem, slide, tiro com arco e ponte de cordas que o campo oferece.
Preço: €197,05 
Quando: 5 a 11 de Abril
Contactos: 265913324

 

Ginásio C. Português, Lisboa


Depois destas férias os miúdos (dos 4 aos 12 anos) vão dormir que nem anjinhos. Durante duas semanas há um mundo de actividades para explorar, que vai desde a capoeira, ao jogo do pau, passando pelos trampolins.  
Preço: €180 
Quando: 29 Março a 09 Abril
Contactos: 213841580

 

Eco-Kids

Jardim Botânico da Ajuda
Aqui, os verdadeiros amantes da natureza, dos 4 aos 12 anos, podem aprender jardinagem, como funciona uma estufa, a fazer uma horta,  expressão plástica e jogos tradicionais, ao ar livre e rodeados de árvores e ar puro. Vão esquecer-se que estão em Lisboa.
Preço: varia entre €50 e €270  
Quando: 29 Março a 09 Abril
Contactos: 213622503

 

Parque Monte Selvagem

Para esta aventura em Montemor-o-Novo é preciso saco-cama, lanterna, chapéu, repelente e protector solar. Só com estas armas será possível sobreviver às maravilhas do mundo selvagem e da conservação do ambiente. Para miúdos dos 6 aos 12 anos. Cuidado, há crocodilos.  
Preço: €70
Quando: 5 a 11 de Abril
Contactos: 265894377

 

Jardim Zoológico, Lisboa


É uma espécie de safari sem sair da cidade e com animais mais dóceis. No Zoo, os miúdos podem fazer peddy-pappers e ajudar os tratadores e treinadores. Há percursos temáticos para saberem tudo sobre répteis e mamíferos. 
Preço: €40 (1 dia); €144 (4 dias) 
Quando: De 29 de Março a 4 de Abril
Contactos: 217 232 910

 

Putos Einstein

 

Museu de Ciência, Coimbra


Como é que uma espécie desaparece do planeta?_Evapora-se? Vai para a lua? O programa Férias no Chimico, em Coimbra, é dedicado à biodiversidade e vai encontrar resposta a esta e muitas outras perguntas. Os pequenos cientistas vão aprender o que é isso da extinção e que animais estão em risco. 
Preço: €25 (3 dias); 
€8,5 (1 dia)
Quando: De 30 de Março a 1 de Abril ou 6 a 8 de Abril
Contactos:  239 854 350

 

Visionarium, Sta. M. da Feira


É melhor que um teste psicotécnico. Nas oficinas de Páscoa, do Visionarium, em Santa Maria da Feira, os miúdos vão experimentar uma profissão por dia: geólogo, químico, matemático, biólogo e astrónomo. São cinco dias repletos de actividades, para crianças dos 6 aos 12.
Preço: € 25 (1 dia), €110 (4 dias) 
Quando: De 5 a 9 de Abril
Contactos: 256 370 607

 

Ciência Viva, Bragança


Plasticina caseira, batatas espumantes e balões aerostáticos. Estes são alguns dos novos brinquedos dos miúdos que se aventurem no Centro de Ciência Viva de Bragança. Nas oficinas de Páscoa vão ainda a observar ao microscópio a água do rio e analisar impressões digitais.
Preço: € 40 
Quando: De 29 de Março a 1 de Abril; 5 a 9 de Abril
Contactos: 273 313 169


Mini Picassos

Teatro Maria Matos, Lisboa
Se os adultos utilizam as revistas para ler, as crianças podem transformá-las em arte. A proposta da oficina de Páscoa do Maria Matos, para miúdos, entre os 6 e 8 anos, é criar um mapa com recortes de revistas, lápis de cera pastel. Para os mais velhos, recomenda-se uma actividade que mexe com todos os músculos: dança.  
Preço: € 20 
Quando: De 29 de Março 1 de Abril
Contactos: 218 438 800

 

CCB, Lisboa


Há estudos que garantem que a fofoca faz bem à saúde. Nada melhor do aprender desde cedo. Descanse. Do CCB_não vão sair paparazzis. A oficina é dedicada à representação e o tema é a bisbilhotice, cusquice, como lhe quiser chamar. “Há boas e más bisbilhotices?”
Preço: €115 
Quando: De 29 Março e 1 Abril ou 5 a 9 de Abril
Contactos: 213 612 400

Museu do Traje, Viana do Castelo


Não há Páscoa sem ovos pintalgados de cores. Se tem em casa um mini Picasso, inscreva-o no atelier de artes plásticas do Museu do Traje, onde há espaço para fazer ovos da Páscoa cubistas e ainda podem fazer os ramos da madrinha, com flores de papel.
Preço: €5 (por dia) 
Quando: De 29 de Março a 4 de Abril
Contactos: 258 809 300

 

Via Ionline

14
Fev10

As crianças não comem... a culpa é dos pais!

olhar para o mundo

As crianças não comem... a culpa é dos pais!

 

 Ao longo dos últimos três dias, Rafael, Miguel e Martim estiveram debaixo de olho dos nutricionistas. O que tomaram ao pequeno-almoço, o que comeram a meio da manhã e o que almoçaram nos refeitórios foi examinado à lupa por três especialistas, nas páginas do i, que descobriram refeições equilibradas na escola e pequenos erros em casa. Cereais açucarados, chocolate misturado no leite ou fritos a meio da manhã são algumas das tentações dos mais novos a que estes pais devem estar atentos.


O principal problema, portanto, não está na escola, mas em casa. "Tem existido um esforço por parte dos estabelecimentos de ensino em proporcionar aos alunos uma alimentação saudável, mas essa estratégia esbarra muitas vezes na dificuldade que é convencer as crianças a não rejeitarem a sopa, os legumes ou outros alimentos essenciais para o seu crescimento", explica Rodrigo Marrecas de Abreu, autor de "O Grande Livro da Alimentação Infantil".

As boas práticas começam em casa e se o objectivo é ter filhos bem comportados à mesa, os pais têm de dar o exemplo, avisam os especialistas. Adultos têm de comer a sopa até ao fim e não esquecer de incluir as saladas e os legumes nas suas refeições. De nada vale ralhar com as crianças se os crescidos cometerem os mesmos erros - é uma regra básica na educação. "Os hábitos alimentares dos filhos são reflexos daquilo que os pais comem", esclarece Nuno Nunes, nutricionista do Hospital São Bernardo, em Setúbal. O comodismo é um pecado tão grave como a gula: as refeições rápidas e ultracongeladas podem ser soluções fáceis, mas só servem para perpetuar os maus vícios. "Usar a comida como prémio ou punição é tudo o que não se deve fazer em qualquer circunstância", alerta o médico. Quem quer crianças saudáveis precisa de corrigir as rotinas: "Jantar em casa é sempre com todos à mesa e a televisão desligada." 

Birras para não comer são o pesadelo de uma boa parte dos pais, mas a principal estratégia passa por não entrar em guerras com os miúdos. "Muitas vezes, as crianças comem tudo na escola e é em casa que surgem as dificuldades", diz Rodrigo Marrecas de Abreu. É preciso então perceber quando é que os filhos estão a usar a comida como tentativa para se afirmarem perante os pais. Nestes casos, o importante é encontrar alternativas: "Se os espinafres são o problema, os agriões podem ser a solução; se a pescada é o que eles não gostam, a corvina ou outro peixe com características semelhantes pode substituir essa falha." 

E se a birra persistir, o último recurso é usar a firmeza e a autoridade dos adultos: "Pode custar a princípio, sobretudo porque ao fim de um dia de trabalho, os pais têm pouca resistência para contrariar os filhos." E é por isso que planear as refeições com alguma antecedência é o melhor caminho para não cair em tentação: "Estamos habituados a pensar na alimentação a curto prazo. Comemos o que é prático e rápido e esquecemos que as crianças são mais exigentes."

Ter refeições equilibradas na escola poderá ser um descanso para os pais, mas isso não implica que o trabalho de docentes, autarquias ou do Estado esteja concluído: "O ideal é criar uma estratégia alimentar de educação transversal a todas as disciplinas, tal como se quer fazer, por exemplo, com a educação sexual", defende Rodrigo Marrecas de Abreu. 

O Ministério da Educação introduziu novas regras em 2007, proibindo alimentos como os doces ou os fritos, mas isso, por si só, é insuficiente, diz o nutricionista: "Não basta proibir é preciso ensinar as crianças a fazer as suas escolhas e, por enquanto, as escolas não ensinam as crianças a comer."

Promover campanhas de educação dirigidas aos professores e a toda comunidade escolar teria de ser o "primeiro passo" para sensibilizar os educadores para a importância da alimentação no combate à obesidade infantil, diz Nuno Nunes: O apoio de nutricionistas nas escolas para apoiar a elaboração das ementas é outra sugestão do médico do Hospital de São Bernardo, que defende a articulação entre os estabelecimentos de ensino e centros de saúde: "Por vezes, bastam soluções simples e com poucos recursos para ser possível mudar as rotinas de forma radical."

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2015
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2014
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2013
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2012
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2011
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2010
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2009
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D