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Um olhar sobre o Mundo

Porque há muito para ver... e claro, muito para contar

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Um olhar sobre o Mundo

24
Mar11

Os "animais" e as "bestas" que apedrejam automóveis

olhar para o mundo

Uma pessoa que é capaz de lançar de um viaduto em plena auto-estrada um saco cheio de pedras para atingir veículos em movimento não vale muito mais dos que as próprias pedras que atira. O QI de um espécime deste calibre será semelhante, ou inferior, ao material rochoso que lança sem ter a consciência que a morte poderá ir dentro do saco a acompanhar as pedras. Não há nada mais perigoso que um calhau com uma pedra na mão.


O que se passou com a comitiva do Benfica no regresso a Lisboa após o jogo com o Paços de Ferreira é a todos os títulos lamentável. Mas não me fico por aqui. Um bicho cretino, sim porque alguém capaz de ter uma atitude destas não poderá ser racional nem tratado como tal, que é capaz de cometer algo deste género não é adepto de um clube, não é anti ou pró seja o que for, não tem sequer provavelmente capacidade de raciocínio que vá para além da capacidade de apertar os próprios sapatos, abrir uma lata de cerveja ou arremessar seja o que for sem pensar nas consequências. É no fundo uma besta. E as bestas não têm cor. São de todas as cores e feitios. Têm apenas a imbecilidade, ignorância e estupidez em comum.


O cérebro de uma pessoa assim é pouco mais do que um bocado de pedra-pomes que normalmente se usa para esfregar as plantas dos pés. Cavalgaduras que deveriam ser apanhadas pelas autoridades e imediatamente julgadas sem contemplações por tentativa de homicídio. Sim, quem lança uma pedra nestas condições não pode prever o efeito de tal acto cobarde. E nada de soltar os energúmenos depois de irem ao juiz e comerem uma refeição quente, porque meia hora depois vão andar a recolher pedras à beira da estrada.

 

Mas não se pense que este tipo de ataques criminosos é exclusivo às viaturas dos Presidentes de clubes e autocarros das equipas de futebol. No ano passado o meu próprio pai seguia na A1 sentido Sul-Norte, entre Leiria e Pombal, quando uma pedra do tamanho de uma bola de andebol entrou pelo vidro da frente do carro. A pedra, lançada de uma das pontes, entrou com tal violência no automóvel que partiu completamente os apoios do banco do passageiro, que por um mero e feliz acaso ia desocupado.

 

As autoridades disseram na altura, e passo a citar: "já é a décima vez só este mês". Conclusão: há gente que não merece o ar que respira.

 

Via 100 Reféns

02
Mar11

Histórias do Benfica- Sporting

olhar para o mundo

 

Histórias do Benfica Sporting

 

 

 

Um Benfica-Sporting para a Taça (seja de Portugal ou da Liga) tem o que se lhe diga. Aqui estão as quatro melhores histórias seleccionadas pelo i

 

Benfica-0/ Sporting-2

Meia-final da Taça 23 de Junho de 1963
Estádio da Luz, em Lisboa

 

Em Maio de 1964, o Sporting levanta a Taça das Taças, mas a gloriosa epopeia dos leões não começa com os italianos da Atalanta, em Setembro, mas sim com o Benfica, em Junho do ano anterior, nas meias-finais da Taça de Portugal. O Benfica, já campeão nacional, com seis pontos de avanço sobre o FC Porto e dez sobre o Sporting, havia perdido a final da Taça dos Campeões (1-2 com dois golos de Altafini, do Milan, em Wembley) e esperava eliminar o rival para acabar a época em beleza. E tudo estava bem encaminhado após o 1-0 em Alvalade, golo do inevitável José Águas. Na Luz, basta segurar a vantagem. Ainda por cima, o Sporting nunca ganhara lá desde a inauguração do estádio, em Dezembro de 1954: sete derrotas e três empates em dez jogos. Tudo muda a 23 de Junho, com dois golos de Figueiredo (de Cernache). O Sporting qualifica-se para a final da Taça (que ganharia por claro 4-0 ao Vitória) e Figueiredo fica conhecido como Altafini de Cernache.

 

Benfica -2/ Sporting-3

Meia final da Taça (2.ª mão) 24 de Junho de 1945
Campo Grande, em Lisboa

Gaspar Pinto é um defesa benfiquista conhecido por ter deixado a sua marca (e a dos pitons) nas pernas de alguns avançados. Um deles é o sportinguista Peyroteo, o mais eficaz fura-redes que o país viu até hoje (529 golos em 327 jogos). Num Benfica-Sporting em 1944, Gaspar Pinto insulta Peyroteo. Este escreve à direcção do Sporting, alertando-a para esse facto. Em Dezembro desse ano, Valadas (Benfica) organiza o jogo de despedida, que começa com um aperto de mãos entre os dois rivais. Tudo se endireita mas, quatro dérbis depois, outra vez o caldo entornado. Peyroteo, autor de dois golos nessa tarde, não gosta do que ouve e esmurra Gaspar Pinto, para limpar a honra beliscada da sua mãe. É expulso (aos 83 minutos), pela primeira e única vez na carreira. E já não joga o desempate, que o Sporting ganha com golo de Albano (1-0 no Lumiar). Suspenso, Peyroteo recebe 38 telegramas, 158 cartas e 225 cartões de solidariedade. O país está com ele.

 

Benfica - 3/ Sporting-1

Final da Taça 14 de Junho de 1970
Estádio Nacional, em Lisboa

É a terceira final de sempre da Taça entre Benfica e Sporting, e a primeira de uma série de três seguidas. Numa acção concertada da Direcção-Geral dos Desportos (DGD), faz-se o primeiro controlo antidoping. Durante o intervalo (1-0 para o Benfica), os presidentes Borges Coutinho (Benfica) e Brás Medeiros (Sporting) são avisados dos intentos da DGD e aceitam sem problema a recolha do líquido orgânico de quatro jogadores, dois de cada lado, previamente sorteados. Lá em baixo, no relvado, só José Augusto, treinador dos encarnados, recusa o controlo, mas de forma correcta, como acrescentaria o inspector. O Benfica ganha 3-1. No antidoping, venceria o Sporting por 2-0 – os dois jogadores estavam limpos. Nessa final, Toni é o lateral-esquerdo do Benfica. "Estava a cumprir serviço militar e foi o José Augusto [treinador] quem me foi buscar ali perto de Torres Vedras, na véspera da final."

 

Benfica-3/ Sporting- 0

Quartos-de-final 2 de Abril de 1983

Estádio da Luz, em Lisboa

Malcolm Allison vence campeonato e Taça em 1981/82, mas sai de Alvalade no Verão de 1982. É António Oliveira quem se assume como treinador, acumulando ainda o cargo de avançado, ao lado de Jordão e Manuel Fernandes. Na segunda época deste reinado, os leões são eliminados pela Real Sociedad, nos quartos-de-final da Taça dos Campeões. No domingo seguinte, esfumar-se-ia o sonho da Taça de Portugal, com um rotundo 3-0 na Luz. Curiosidade: Oliveira nem sequer foi ao jogo – Marinho é que assumiu o seu lugar. "Foi apanhar sol para Tróia. Tem dores nas costas e precisa de repouso", justificou Jaime Lopes, chefe do departamento de futebol do Sporting. O capitão Manuel Fernandes reagiu e pediu ao presidente João Rocha a contratação de um treinador. Dias depois, é apresentado o checoslovaco Josef Venglos, o tal que lançaria Futre na época seguinte, antes de o querer emprestar à Académica.

21
Dez10

A águia Vitória voou para parte incerta após mais um "nada aconteceu" no túnel da Luz

olhar para o mundo

famoso túnel da luz, que alguns dizem ser uma das zonas mais pacíficas do paísvoltou a estar activo. Desta vez foi Barnabé quem sentiu os abraços meigos dos stewardsA Águia já não mora na Luz.

 

 

Não sei como foi possível acontecer uma cena destas num local tão pacato como o túnel da luz. Quem ali passa diz que semelhante experiencia de isolamento, paz e solidão só podem ser sentidos em pleno deserto ou num dos pólos.

Os peregrinos, facilmente identificáveis pelos coletes amarelos que envergam, passeando como se fosse em direcção a Fátima pela nacional nº1, dizem ser um local de completa tranquilidade e ausência de rancor e violência. Percorrem o túnel em grupo ávidos de espalhar o amor e a fraternidade.

E desta feita foi um habitante local a receber o carinho dos peregrinos da luz. Barnabé é aquele senhor de sotaque castelhano que nos habituámos a ver gritar com um bife do lombo na mão no centro do relvado antes do início dos jogos. "Anda cá bicha, anda cá bicha" e lá vem ela aterrar no símbolo do clube, como se telecomandada, deixando o público em êxtase.

Mas desta feita o feitiço virou-se contra o feiticeiro e quem aterrou num dos símbolos do clube foi Barnabé. Foi com o corpinho ao chão no local mais sagrado e pacifico da luz. Obviamente que "aconselhado" pelos bons dos peregrinos que por ali passeiam e ajudam quem precisa de cair em graça. "Fui agredido e impedido de entrar" e "estive no chão com três stewards em cima de mim". Que maravilha de imagem. Que bela manifestação de carinho. Só faltou mesmo pegarem na Águia Vitória e darem-lhe três bolachadas no bico.

O clube alega que foi Barnabé quem partiu para a agressão. Obviamente. Aliás não poderia ser de outra forma. No túnel da luz ninguém agride ninguém. Só se responde a agressões com palavras apaziguadoras e abraços fraternais. O resto do tempo passa-se a fazer amor. Ao que parece o clube diz ter imagens que o comprovam. Não se sabe se são de Barnabé, tratador de águias e provocador de zaragatas em túneis, a agredir os pacíficos seguranças da Luz ou dos últimos a fazerem amor com quem por ali passa, neste caso o Sr. Barnabé que levou com três peregrinos de uma vez só. Provavelmente andava a alimentar mal a ave o que explica os resultados menos positivos do Benfica esta época e justifica plenamente umas palmadas no quentinho do túnel.

Com isto o Benfica perdeu mais um dos seus símbolos sagrados. Estou a falar do túnel do amor e não da águia do Sr. Barnabé entenda-seEssa já deve ir embalsamada na traseira de uma Kangoo em direcção a Vilar Formoso.

PS: Barnabé diz ter "contrato com o Benfica até 2013". Surreal. Nunca me passou pela cabeça que este senhor fosse pago para fazer aquele serviço. Como é que o inscreveram na folha de assalariados? "Tratador de aves e afins"?

 

10
Nov10

Benfica. ... Todos ralham e ninguém tem razão

olhar para o mundo

Benfica, Todos ralham e ninguém tem razão

 

O filme está desfocado para os lados de Jorge Jesus. A paixão dos adeptos definha a cada derrota e há quem o confronte cara a cara pelas suas opções: a lua-de-mel parece que afinal não é eterna e os primeiros arrufos do matrimónio começam a vir à tona. Na madrugada que se seguiu à humilhação no Dragão, dois adeptos criticaram o treinador pelas suas opções e a resposta dele foi esta: "Coragem tiveram os que foram ao Dragão!" Tudo bem. Só que esses sócios tinham ido ao estádio do FC Porto e mostraram-lhe o ingresso como comprovativo - Jesus engoliu em seco e pediu desculpa. Ontem, no aeroporto, o técnico foi interpelado pelos mesmos benfiquistas quando a equipa seguia para as portas de embarque: "Mister, os que foram ao Dragão estão aqui a dar a cara outra vez. E achamos vergonhoso ir a Angola durante a semana numa altura destas." Ao ouvir isto, Jesus encolheu os ombros, pediu calma por lá estarem "jornalistas" e acabou por ser um responsável do clube a encerrar o assunto, explicando-se ao par de sócios: "Há aqui jogadores que não sabem o que é o Benfica e quando se apercebem da dimensão não conseguem lidar com a pressão." De Luís Filipe Vieira, nem um palavra.

Não são só os adeptos a torcer o nariz ao raid encarnado a Angola por ocasião das comemorações do 35.º aniversário da independência do país - aos jogadores e equipa técnica também não caiu bem a decisão presidencial de forçar a equipa a um desgaste suplementar e desnecessário. A viagem relâmpago a África está contextualizada numa suposta despedida oficial de Mantorras (no jogo Angola-Benfica, hoje às 19h) aos relvados e num encaixe chorudo para os cofres da Luz - 1,4 milhões de euros, pouco menos do que duas vitórias na Liga dos Campeões. Que é o que se pede a Jesus neste momento crítico: ganhar ao Schalke 04 (na Luz) e ao Hapoel (em Telavive) garante a passagem aos oitavos-de-final da Champions, um dos objectivos mínimos para quem até falou em conquistar a competição em Wembley. Se a meta não for alcançada, a contestação interna aumentará e Jesus ficará em palpos de aranha, agarrado à cláusula de rescisão astronómica (5 milhões de euros, pelo menos) que acordou com o clube. E é por isto e pelo capital de confiança que (ainda) tem junto de Vieira, que o despedimento de Jesus é cenário distante. Mas caso o Benfica decida prescindir do treinador, a solução passa pela entrada em cena do agente Jorge Mendes que procurará colocar Jesus no estrangeiro, satisfazendo ambas as partes.

ENTRE MUROS Jesus tem um estilo e o estilo é este: aperta com os jogadores até mais não, grita com eles em alta voz e muitas vezes insulta-os. Os jogadores que treinou no passado já se queixaram das "orelhas a ferver no treino" mas sempre lhe elogiaram a capacidade táctica; os futebolistas que dirige no Benfica dizem o mesmo dele. Ou diziam. 

Este ano, já se viu Luisão, de braçadeira, a discutir com Jesus em pleno relvado; já se viu Cardozo desagradado por não sair de campo quando se encontra esgotado e o resultado construído ("O descanso só faz é mal", diz Jesus); e Saviola com ar de poucos amigos sempre que é substituído. No futebol, como na vida, quando se ganha, tudo se suporta mas o inverso também é verdade. Nesses momentos questionam-se as opções tácticas, os métodos, os tiques e a cabeça começa a pesar mais do que as pernas. O Benfica é a formação mais indisciplinada da Liga, com 37 amarelos e dois vermelhos directos - contas feitas, as águias não podem contar com Luisão, Maxi Pereira e Carlos Martins para o encontro com a Naval (domingo). 

MEDO DO LOBO MAU Na preparação para o jogo do FC Porto, ficou evidente a preocupação de Jesus em montar um esquema que anulasse Hulk, como se o Incrível fosse lobo mau. Em 2009/10, foi Peixoto quem o defendeu na vitória caseira com o golo de Saviola - nem um nem outro jogaram no passado domingo mas um e outro tinham sido titulares nos últimos encontros. Como escreve o "Record", a coisa não caiu bem a Peixoto, a Saviola e nem aos restantes elementos do balneário que viram um Jesus medroso em vésperas de clássico.

 

Via Ionline

03
Nov10

Pedroto e Pinto da Costa. E pronto, a dupla entra em acção

olhar para o mundo

Pedroto e Pinto da Costa... o inicio da História de sucesso

 

É normal que associemos o ano de 1982 ao Mundial de Espanha. Ao espantoso Brasil de Telé Santana. À inacreditável Itália de Rossi. À crueldade do alemão Schumacher numa entrada duríssima sobre o francês Battiston. À estreia do já veterano camaronês Roger Milla. Mas 1982 é também o início de uma era do FC Porto, com o primeiro mandato de Pinto da Costa como presidente. E o primeiro campeonato realizado nestas circunstâncias é marcado pelas polémicas. Que, verdade seja dita, sempre existiram. O problema agora é que a contestação sobe de tom, o FC Porto intromete-se contra o poder da capital exercido por Benfica e Sporting e a RTP começa a transmitir os resumos todos, com golos, penáltis e lances duvidosos.

Em tempo recorde, a dupla Pinto da Costa-Pedroto alimenta ódios ou paixões. E divide o país ao meio. A bronca estala definitivamente num FC Porto-Benfica, a sete jornadas do fim. Na semana anterior, o FC Porto empatara no Estoril (1-1). A 12'' do fim, penálti contra o Estoril e expulsão de Vítor Madeira. Durante 11 minutos, protestos contra o árbitro Graça Oliva e empurrões para lá e para cá. Com os ânimos mais serenos, Gomes atira... e Manuel Abrantes defende. Só que Vítor Madeira ainda estava em campo. O FC Porto pede repetição do penálti, o árbitro resolve com uma bola ao solo! Pedroto está irado. E lamenta: "Este Estoril correu mais que sei lá o quê. Não compreendo como não houve controlo anti-doping. Na Amora (1-2) e em Setúbal (1-3) foi a mesma coisa."

É neste clima de suspeição que se chega ao clássico decisivo para o título. A 27 de Março de 1983, FC Porto e Benfica estão separados por quatro pontos. E assim continuam depois de 90 minutos sem golos, apesar de Gomes falhar (novamente) um penálti. Fora do relvado, a bronca do costume com algumas nuances. Eriksson, primeiro, manteve a sua pose de gentleman. "Tivemos sorte, sobretudo no penálti, mas lutámos pelo 0-0." Depois o sueco foi aos arames quando Pedroto voltou a destapar o assunto doping. "Sem querer insinuar o que quer que seja, fomos descriminados mais uma vez. Houve controlo na Luz [3-1 para o Benfica]. Aqui já não houve. Nós pedimos, mas alguém recusou..." Sven-Goran reagiu. Com diplomacia mas ligeiramente incomodado. "Doping no Benfica só por cima do meu cadáver. Se alguma vez um jogador for dopado, aqui, no Benfica, ou sairá ele ou sairei eu." 

Também sem perder a pose, Pedroto contra-atacou. "O Benfica vai ser campeão? Sim, já o era antes de começar o campeonato. Na semana em que perdia pontos, os árbitros erravam contra nós. Num sábado, empataram no Bessa [2-2]. No dia seguinte, o Sporting-FC Porto acabou cirurgicamente 3-3, com dois penáltis para o Sporting. Sem esquecer que o Benfica veio jogar aqui às Antas como o Alcobaça [último classificado da liga]." Fim. Antes fosse. A confusão continua. Próximo capítulo: hoje, amanhã, depois, sábado, domingo...

 

Via Ionline

14
Set10

Apelo para as bandas do Estádio da Luz

olhar para o mundo

Berrem bem alto, estrebuchem com muita espuma, façam voodoo ao Laurentino, boicotem os jogos fora, desistam da taça da liga, matem os árbitros, incendeiem autocarros, soltem os cães, batam em pessoas nos aeroportos, cuspam na olivedesportos, rezem a Jesus, façam peregrinações, convoquem os seis milhões, mas, por favor:NÃO TIREM O ROBERTO DA BALIZA.

 

Via Pobo do Norte

04
Set10

Adeus do 'bom gigante' com 1,91m de bondade

olhar para o mundo

O adeus de Torres, o Bom Gigante

 

Da cabeça do 'bom gigante' saíram muitas bolas, às quais Eusébio respondia com golos doBenfica. E o altruísmo de José Torres no relvado tinha correspondência na boa disposição fora dele. (Veja vídeo SIC no final do texto)

 

 

Estádio de Wembley, 27 de junho de 1966. De cabeça, o 'bom gigante' desfeiteou o mítico guardião soviético Lev Yashin, e deu a Portugal o 3.º lugar no Mundial de futebol. Longe dos tempos de glória, José Torres morreu hoje, aos 71 anos.

O seu 1,91 metros de altura e a bondade, reconhecida pelos companheiros, valeram-lhe a alcunha de 'bom gigante', numa carreira que durou 23 anos, que o tornou uma figura incontornável do "glorioso" Benfica da década de 60 e dos 'magriços' do Mundial de 1966.

Gorada a hipótese da presença na final, em Wembley, José Torres marcou o golo que consolou Portugal quando o encontro estava empatado 1-1, ainda com as lágrimas de Eusébio bem presentes na memória, após o afastamento da final, às mãos da anfitriã Inglaterra.

Melhor marcador em 1962/63

 

José Torres chegou ao Benfica com 20 anos, depois de se ter iniciado no futebol no clube da cidade onde nasceu, Torres Novas, a 8 de setembro de 1938. Na Luz, enfrentou a forte concorrência de José Águas, titular indiscutível do ataque 'encarnado', mas acabou por conseguir "saltar mais alto" e foi o melhor marcador da época de 1962/63, com 26 golos.

Da cabeça do 'bom gigante' saíram muitas bolas, às quais Eusébio respondia com remates para o fundo das redes. E o seu altruísmo no relvado tinha correspondência na boa disposição fora dele.

"Sonhava de noite para fazer dia", lembra José Augusto, seu habitual companheiro de quarto, cúmplice nas partidas arquitetadas para pregar aos colegas de equipa.

Fora dos títulos europeus

 

Apesar de já integrar o plantel do Benfica, José Torres não jogou nas competições europeias nas épocas de 1960/61 e 1961/1962, nas quais o Benfica se sagrou campeão europeu. Nas épocas de 1963, 1965 e 1968 teve um papel importante na presença dos 'encarnados' nas finais europeias, mas não conseguiu fazer a festa.

Para a história, fica também uma frase. "Deixem-me sonhar", disse José Torres quando poucos acreditavam no apuramento para o Mundial de 1986. Carlos Manuel fez a vontade ao então selecionador, com o famoso pontapé de Estugarda, que colocou Portugal no Mundial do México.

Ironia, ou não, o sonho acabou por se transformar no pesadelo de Saltillo, devido às convulsões no seio da equipa nacional que marcaram a presença lusa.

14 golos por Portugal

 

José Torres estreou-se na seleção portuguesa em 1963, numa derrota frente à Bulgária (0-1), e despediu-se 10 anos depois, precisamente frente à mesma equipa, que marcou também a despedida de Eusébio e Simões.

Ao serviço da equipa nacional apontou 14 golos, três dos quais na fase final do Mundial de Inglaterra em 1966, onde alinhou nos seis jogos da competição, na qual a seleção conseguiu a sua melhor classificação de sempre, o 3.º lugar.

O 'bom gigante' deixou o Benfica em 1971, rumo ao Vitória de Setúbal, onde esteve até 1975, ano em que rumou ao Estoril-Praia, clube no qual terminou a carreira, em 1980, então com 42 anos, com um saldo total de 217 golos em 384 jogos.

Fim de vida atribulado

 

Como treinador, função que chegou a acumular com a de jogador ainda no Estoril, orientou o Estrela da Amadora, o Varzim e o Boavista.

Apaixonado pela columbofilia (nos últimos tempos era Chalana quem ajudava a cuidar dos seus pombos), José Torres enfrentou um drama pessoal nos últimos anos de vida devido à doença de Alzheimer, à qual se juntaram problemas financeiros. Alvo de homenagens e festas de angariação de fundos, o 'bom gigante' viveu o fim de vida praticamente na miséria.

 

Via Expresso

11
Mai10

As melhores frases do Jorge Jesus desde que está no Benfica

olhar para o mundo

As melhores frases do Jorge Jesus na fase Benfica

 

17 Junho  - Apresentação
"Quero fazer parte da história do Benfica. Quero ganhar títulos no Benfica. Vim para o Benfica não por questões económicas. Vim com um projecto desportivo. Vim porque acredito no projecto desportivo. Vim para o Benfica com a certeza e a convicção de que vou ser campeão nesta casa."

"Sei que só três portugueses é que ganharam o título [no Benfica] mas também quero acrescentar que vou ser o 18.º. Só 17 é que ganharam o título."

"O Benfica, em termos individuais, tem grandes jogadores e como faço em todos os clubes onde tenho passado, os jogadores do Benfica para o ano vão jogar o dobro do que jogaram o ano passado. Só isso. E o dobro se calhar é pouco. "

1 Agosto - Torneio Cidade de Guimarães após 4-0 ao Portsmouth
"Não entramos em euforias. Os jogadores do campeonato português são evoluídos tacticamente e os jogos vão ser mais difíceis"

15 Agosto - Véspera da estreia na Liga frente ao Marítimo
"O Benfica cresceu mais neste curto espaço do que eu pensava. A  equipa já adquiriu processos que eu não pensava ser possível num período tão curto. E ainda vai melhorar. "

30 Agosto - antes do 8-1 ao V. Setúbal e numa altura que tinha apenas dois golos em dois jogos
"Vamos para a terceira jornada. Se tivermos um golo por jornada, no final das 30, será um 'score' que não é o ideal, mas rentabiliza. Agora, se daqui a 10 jogos só tivermos três golos, temos razões para nos preocuparmos e pensar em modificar alguma coisa"


2 Setembro - Insatisfeito com o golo sofrido no 8-1 ao V. Setúbal

"O objectivo é terminar com pouco golos sofridos. É assim que se ganham campeonatos: a marcar mais golos e a sofrer menos".


19 Setembro

"É subjectivo fazermos juízos de valor neste momento. Concordo com o Jesualdo quando diz que o Benfica está mais forte que no ano passado, e talvez também concorde quando ele diz que não estamos mais fortes que eles. Temos os mesmos pontos e estamos os dois atrás do [Sp.]Braga"


20 Setembro - Após vitória em Leiria por 2-1

"A equipa foi guerreira, pois quando não se pode de uma maneira, tem de ser de outra. O campo também não estava muito bom e isto prejudicou. Mas é com este espírito que se fazem os campeões"

25 Setembro - Questionado com as críticas do excesso de penáltis que o Benfica tem beneficiado
"Acho que não temos sido beneficiados. Têm sido decisões bem tomadas pelas equipas de arbitragem. Também já sofremos grandes penalidades e não as discutimos. Temos estado a aceitar todas as decisões."

26 Setembro - Em resposta a Aimar, que afirmou ter sentido a equipa nervosa contra o Leixões
"Não tenho esta opinião [discordando de Aimar]. O que houve é que um jogador que tem alguma influência no jogo da equipa, este sim estava um pouco ansioso, não a equipa. O Aimar tem outra qualidade de jogo, mas quis fazer as coisas muito depressa, de uma forma muito rápida e isto fez com que ele perdesse alguns passes."

3 Outubro - Elogios a Manuel Oliveira
"O futebol está sempre a evoluir, o Manuel de Oliveira nos anos que era meu treinador já era um criador da táctica, ensinou-me muito e algum do conhecimento que tenho hoje devo-o a ele"

17 Outubro - Quando apresentou várias alterações no jogo contra o Monsanto
"Não há suplentes no plantel. Há um treinador que escolhe os melhores e não há um onze padrão no Benfica."

22 Outubro - Após a euforia da goleada ao Everton
"Sentirei orgulho se ganhar títulos no final da época. Temos objectivos para atingir e só se os conseguir é que sentirei orgulho"


25 Outubro - Falando do jogo com o Nacional (6-1)

"Não vai ter muitos golos"


26 Outubro - Incomodado com as notícias da polémica com Manuel Machado, treinador do Nacional
"Não jogámos em túneis, jogámos no campo. O jogo teve noventa e poucos minutos e na segunda parte fizemos quatro golos. No campo é que ganhámos"


30 Outubro - Antes do encontro com o Sporting Braga, que viria a perder 0-2
"O Benfica é muito criativo tacticamente. No sistema que os outros (adversários) possam implementar nunca vão ter uma noção exacta dos posicionamentos do Benfica, que nunca são da mesma forma"

31 Outubro - Após a primeira derrota no campeonato, em Braga por 0-2
“Jogámos contra um bom adversário, que já tinha ganho aqui também a outro nosso concorrente ao título que era o Porto. Sabíamos que era um jogo extremamente difícil. O facto de o Braga marcar o primeiro golo teve alguma influência em termos práticos e também emocionais. A equipa do Braga é uma boa equipa mas o Benfica, depois de ter sofrido o primeiro golo, foi à procura do empate. Conseguiu com o Luisão, com um golo legal... Não foi legal porque o árbitro invalidou mas sei que foi porque já vi as imagens"


9 Novembro - Após vitória sofrida com a Naval, com um golo de Javi García no final
"Foi uma vitória de uma equipa campeã”


28 Novembro - Após empate a zero em Alvalade, falando da época
"Marcámos 31 golos e o resto são peanuts"

6 Dezembro - Após 4-0 à Académica
"Quem trabalha nesta casa só tem um objectivo. Já disse isto várias vezes e não vale a pena estar sempre a repetir. Todos os jogos são para ganhar. E se ganharmos mais vezes que os outros, nomeadamente o Sp. Braga e o FC Porto, podemos chegar ao título. Queremos estar no topo, mas ainda não estamos lá. É o Braga quem lidera porque nos derrotou"

19 Dezembro - Antes do Benfica-FC Porto
“Os nossos adeptos fazem a diferença. Não só na Luz como também nos jogos fora. Precisamos de um apoio condicional e apaixonado, como é característico deles."

20 Dezembro - Após 1-0 ao FC Porto
“Vencemos com raça de campeão. Os jogos ganham-se com atitude e enquanto houve jogo foi uma excelente partida”

23 Dezembro
"Devo confessar que já recebi a melhor prenda, aquela que mais desejava este ano. O que mais queria era a vitória sobre o FC Porto. Essa era a grande lembrança que ambicionava ter. Felizmente o Pai Natal, melhor dizendo, os meus jogadores, conseguiram oferecê-la"

27 Dezembro
"Conseguimos conquistar a confiança de todos à custa do bom futebol que temos praticado, e da grande qualidade de jogo."

"A equipa vai ficar mais forte na segunda volta porque vamos ter hábitos mais comuns e nos conhecemos melhor"

23 Janeiro
"A onda do Benfica está muito forte”

6 Fevereiro - Após empate a um golo em Setúbal
“Fizemos um autogolo e falhámos uma grande penalidade. Isto deixou-nos um pouco desiludidos, custa sempre"

22 Fevereiro
"Pela qualidade que temos demonstrado na temporada, exigem ao Benfica três factores: vitória, golear e nota artística, mas isso é na patinagem artística. Estamos cansados é de ganhar muitas vezes"

27 Fevereiro - Após goleada em Matosinhos (4-0) e antes do Sporting-FC Porto
"Se posso prometer o título? Desde que entrei nesta casa sempre acreditei que o Benfica podia ser campeão."

“Bem, para ser sincero, tenho de dizer que vou agora puxar pela vitória do Sporting”


7 Março - Após 3-1 ao Paços de Ferreira
“Nunca faço análises ao desempenho dos árbitros e este jogo acho que até foi fácil para o árbitro, porque não teve casos. Mas curiosamente os amarelos que mostrou, tirando o do Di María, foi a jogadores que ficaram ‘no risco'. Concordo com ele na jogada do Saviola, não há grande penalidade, mas houve contacto e por isso o jogador caiu. Mostrar um cartão amarelo porque houve contacto? Os árbitros têm de ser menos teóricos e mais práticos. Têm de ler menos livros e perceber mais de futebol!”

20 Março
"Só falo pelo Benfica. O meu grande objectivo é o campeonato. Tínhamos quatro provas para disputar no início da época; agora temos três possibilidades e queremos ganhá-las. Sou um treinador ambicioso, estou numa fase importante e quero ganhar mais”


21 Março - Após conquista da Taça da Liga
"Quero dedicar este título ao meu pai"


26 Março - Comentando a nomeação para o Benfica-Sp. Braga
“O Pedro Proença é um bom árbitro. Tecnicamente tem muita qualidade nas suas apreciações, disciplinarmente também, por isso creio que vai conjugar-se com as equipas em campo para proporcionar um bom jogo de futebol"


27 Março - Após triunfo sobre o Sp. Braga
"Só me sentirei mais perto do sonho quando as jornadas ditarem que o Benfica já é campeão nacional. Em duas jornadas tudo se pode alterar, por isso temos de trabalhar como até aqui"


18 Abril - Após vitória em Coimbra por 3-2

“O Benfica está a um pequeno passo do título, um passo decisivo e que é o mais difícil. Era importante não perder este jogo e continuamos com uma vantagem de 6 pontos sobre o Sp. Braga"


24 Abril - A duas semanas do título
"Ainda não fomos campeões e não podemos mandar os foguetes antes da festa"

 

 

Via Ionline

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